Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ouvi distraidamente na SIC N uma das irmãs Mortáguas a discutir com Miguel Morgado e dizia ela que o PSD e o CDS não podiam criticar este OE, não tinham "autoridade moral" (seja lá o que ela entenda por isso) para criticar porquanto tinham feito a mesma coisa, cortes e aumentos de impostos.
Eu acho simplesmente extraordinário! Admite então Mortágua que este governo, com o apoio do BE e do PCP, está a fazer a mesma coisa que o anterior?!?... E aplaude e defende-o?!? É fabuloso...
Perca ou ganhe, Donald Trump conseguiu levar à cena na América a mesma lição que na Europa é Marine Le Pen que encena, e em Portugal é a abstenção que põe em palco: os eleitores estão fartos do discurso redondo e politicamente correcto que se obstina em negar medos e problemas, ignora com soberba as ambições da classe média, e se atém a proclamações vazias (e contra toda a evidência) de que tudo está bem e estará ainda melhor. O discurso de Hillary Clinton pode ser sereno e razoável; o problema é que já foi ouvido, igual, igualzinho, centenas de vezes (e papagueado mais ou menos raivosamente pelos media, lá como cá). Os resultados é que são insatisfatórios.
Veremos o que decidem os eleitores americanos, veremos o que decidem os eleitores franceses, e se alguma coisa foi aprendida. Por cá, veremos se os números crescentes da abstenção por fim acordam alguém.
"A função pública começou a ver repostos os salários, o salário mínimo poderá aproximar-se dos 557 euros em 2017, os impostos aumentaram, mas por via indirecta, o que dá alguma margem de manobra aos consumidores. ... estas medidas bastaram, segundo o investigador Jorge Malheiros, para gerar "um certo capital de esperança" que fez diminuir o número de portugueses que todos os anos saem para trabalhar lá fora".
O Público, com certeza para ilustrar o meu post anterior sobre a forma como os jornais fazem a intermediação entre produtores e consumidores de informação e sobre a forma como boa parte da academia se demite do rigor académico no debate público, produziu esta pérola, reforçando a ideia no editorial:
o que explica os fluxos migratórios de 2015 são as decisões tomadas em 2016 e o capital de esperança criado por essas decisões.
Devo dizer que acho fascinante esta ideia da esperança retroactiva, é todo um mundo novo que se abre para mim.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
aviso aos comunistas trotessequistas do BE: o jude...
O HPS é uma analista e peras, para além das altera...
Há um erro óbvio no cartaz; Montenegro não deveria...
O conselheiro anacleto ( premonição queirosiana r...
E se um desconhecido lhe oferecesse flores?