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Santos Silva é o maior entendido nacional em "ética republicana" essa matéria enigmática que lava tantas consciências encardidas. Deve ser bom a fazer "códigos de conduta".
Da próxima vez que me convidarem para alguma coisa (se convidarem!), vou logo perguntar qual é o valor do reembolso.
O valor e o prazo — se houver protesto ou denúncia...
E se alguém quiser incomodar-me depois, há de aparecer um homem com fama de inteligente que vai determinar, mui democraticamente, claro, que o caso fica encerrado.
(À las 5 de la tarde, como nas touradas, não sei se estão bem a ver...) A inteligência é isso!
Fazer parte duma associação republicana tem dessas vantagens: aparece alguém de cima que abafa tudo — não precisamos de nos preocupar.
Era mesmo de um "Código de Conduta" aquilo que os nossos governantes estavam a precisar. Outra coisa Dr. Santos Silva: se afinal não foi "nada de mais" a conduta dos secretários de Estado, porque devolvem o dinheiro?
Simplício Costa era, como qualquer ser minimamente civilizado sabe, a excelente personagem representada por António Silva em “O Costa do Castelo”. Um trapalhão trapaceiro e excelente guitarrista que acompanhava às cordas a fadista Rosa Maria (Hermínia Silva) e vivia numa pobre mas muito simpática e agradável pensão lá para as bandas de uma das colinas da capital. Com ele outros pensionistas honrados, humildes e amorosos, destacando-se a igualmente amorosa Luisinha, por quem André (Curado Ribeiro), pessoa rica e de condição superior, se toma de amores e por isso se torna também pensionista da casa, fingindo-se de motorista.
Os donos da pensão, como que pais e protectores de Luisinha, pobres, modestos e trabalhadores, aceitam na familiaridade André com quase a mesma alegria que Simplício Costa lhe aceita as suas boleias e cigarros. E, para o convencer a ficar na pensão (como se isso fosse preciso), Simplício vai-lhe falando das qualidades da mesma enquanto lhe fuma os cigarros do patrão.
Cena excelente é quando Simplício mostra a André a janela, a vista, a imagem magnífica que se observa da pobre casa, e conclui: “aqui é que devia ter sido feito o Estoril!...”
Isto passava-se com naturalidade em 1943 pois, se fosse agora, o Governo socialista de António Costa, apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, e ainda pela quase generalidade da comunicação social e dos comentadores, iria imediatamente taxar o IMI daquela pobre gente. Tempos…
Post Scriptum: eu sei que coloquei entre aspas duas frases diferentes para dizer o mesmo. Julgo tratar-se de uma técnica jornalística recente de alguns meios da comunicação social portuguesa a que me apeteceu aderir. Não que tenha querido alterar o sentido, como muitas vezes acontece na comunicação social, apenas citei de memória, de ambas as vezes, sem ter paciência de ir ver o fabuloso original.
A praia nacional está de prevenção. Vem aí a Autoridade Tributária e a sua operação Pé na Areia. Façam o favor de ver hoje o telejornal. O objectivo de mais esta iniciativa é a economia paralela, o tráfico de bolas de berlim. Os impostos a que se têm conseguido esquivar os vendedores de bolas de berlim.
Provavelmente iremos pagá-las com IVA (a que taxa?), embora pareça obvio que as bolas de berlim na praia são bens de primeira necessidade. E dai a estranheza, afinal Centeno reconhece, austeritariamente, que a solução para o nosso défice estrutural reside na bola de Berlim.
Por isso a sua sanha, agora, em recuperar o tempo perdido com a malta do caviar gauche.
Ao Allgarve, pressurosa, acorreu a Sic buscando Rocha de Andrade, secretário de Estado dos tributos e confiscos, para que repusesse a verdade sobre o novo imposto sobre vistas e exposição solar.
«Que não, que injustiça, que ignorância, essa novidade destina-se», disse o secretário ao pé de microfone imperturbável, «destina-se a que as pessoas paguem menos depois de pedirem revisão do valor».
É como vos digo, crianças: «Confiança». Confiança em que os eleitores serão tão obtusos como as rochas em derrocada das falésias do Allgarve onde relaxo.
Viva o Allgarve. Viva o fisco. Viva o relaxe. Viva a abjecta servidão da Sic.
O doutor Salazar havia de ter inveja da pobre imitação de ministro das Finanças que, segundo a imprensa cor-de-rosa, «relaxa no Algarve».
Não por causa do «calção de banho» -- isso não, que o doutor Salazar preferia atavios mais formais --, nem por causa dos banhos de mar -- que o doutor Salazar preferia só ver de longe --, nem por causa do relaxe -- que o doutor Salazar preferia não ter.
Não, o que o doutor Salazar havia de invejar era a possibilidade que a pobre imitação tem de tirar férias enquanto a sua tutelada AT continua a extorquir aos contribuintes IRSs por conta e IMIs, atazanando-os em férias ou impedindo-os de as gozar, do mesmo passo que nem se explica nem devolve o que extorquiu a mais. Como o doutor Salazar havia de apreciar tanta arbitrariedade, tanto come e cala, tanto poder e tanta ausência de direitos e defesas nos sujeitos desse poder.
O doutor Salazar bem tentou maquilhar a polícia política com nomes como Vigilância do Estado e Polícia Internacional, a fingir que a PVDE e a PIDE não eram a PIDE e a PVDE. Como ele havia de invejar esta Autoridade Tributária, empossada na omnipresença, no totalitarismo e no abuso de poder pelo tão celebrado Paulo Macedo, e agora posta à disposição de um PM malabarista e de uma pobre imitação de ministro das Finanças, para saber onde dormem, o que comem, por onde andam, onde estiveram, o que vestem, o que compram, onde trabalham, por onde passaram, quanto têm, quanto ganham, em que gastam, a que hora, a que dia, cada português e todos os portugueses. Ah, a inveja que teria o doutor Salazar!
O doutor Salazar tinha que destacar uma colecção de coronéis para praticar uma censura pedestre a fim de calar e omitir. Tanto trabalho para nada. Como ele invejaria a pobre imitação de ministro das Finanças e a pobre imitação de presidente do conselho de ministros que em vez de censura dispõem de lacaios prontos não apenas a calar (quando o dono manda) mas até a aplaudir (quando ao dono convém).
O doutor Salazar roer-se-ia de inveja. A pobre imitação de ministro das Finanças, essa, pode «relaxar».
Àqueles que se revêem numa Lisboa que honra a sua vocação e que faz da sua História uma marca distintiva da sua afirmação, assinai esta petição.
O velho padre da aldeia já andava intrigado com o afluxo de forasteiros que ultimamente rondavam o átrio da sua Igreja com o telemóvel em riste como se de um radar se tratasse. Já ouvira falar daquele "jogo" tão em voga, mas foi quando os irrequietos escuteiros lhe explicaram que não só o edifício estava rodeado por alguns "Pokémons raros" como na torre sineira que se erguia da residência paroquial estava localizada uma "PokéStop" que quase perdia a sua proverbial e evangélica paciência.
De tempos a tempos aparece pelos palcos José Sócrates a dizer barbaridades que ninguém na comunicação social toma como tais. Nunca percebi porquê, tal a sua dimensão.
Diz ele que se viu obrigado agora a pedir a subvenção política vitalícia, obrigação cuja necessidade não sentiu quando perdeu as eleições em 2011, depois de levar o país à bancarrota. Não sentiu essa necessidade porquê?!? Não trabalhava, não fazia pevide, não ganhava oficialmente um cêntimo, tal como hoje em dia, que razão haveria para não sentir tal necessidade?
É a comunicação social que temos.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
óptimo, pode alargar a área de fogo controlado par...
Maria,num terreno da minha família foi o Estado qu...
a ideia de que é impossível juntar várias parcelas...
Não sei responder
Se o pagamento é feito contra a demonstração de qu...