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Vi o jogo na rtp1 e no festejo do golaço de RS apareceu eufórico AC, bracejando feliz da vida. Os emigrantes que foram ao estádio não tiveram cobertura, mas a alegria deles seria tão genuína quanto a dum PM que tem a Europa em brasa mas vai de avião e hotel ao futebol a 3000 km do seu gabinete (de trabalho, entre parêntesis). A RTP não mostrou uma única vez AC preocupado com o desenlace, porque este PM não tem angústias: irradia sorrisos e piadolas frescas e é q.b! E o catraio paisano pergunta que é isto de propaganda, ou de comunicação, e quem nos toma por tolos e nos dá calduços sem sequer acreditar que nós não queremos que nos tratem assim, e vamos festejar um dia a queda destes profissionais da politiquice, porque a Política, deveriam sabê-lo, é outra coisa...
Schäuble é o menor dos nossos problemas: estamos de novo à beira do abismo e a pior das opções é fingirmos que está tudo bem como faz o Professor Marcelo. "Um país que tem uma dívida pública de 129% do PIB e deverá crescer em torno de 1,5%, na melhor das hipóteses, está sempre em risco de perder o acesso aos mercados para se financiar."
Temos um novo ministro da cultura, que pouco aparece, e quase nada diz do que faz ou pretende fazer, e menos ainda sabemos que ele vai daqui a ali para enfim tomar conhecimento — ele que vem de fora, da diplomacia pacata e diríamos irresponsável (sem ofensa!) — do estado das coisas nos equipamentos sob tutela ou domínio estatal. Uns dirão que o barco vai em velocidade de cruzeiro, outros que se afunda inexoravelmente sob o peso da burocracia e do custo dela. A melhor maneira é apalpar e sentir a pulsação do corpo ainda vivo, mas inerte, que espera um golpe de misericórdia ou uma sobredose energética que o salve da apatia.
Seja como for, louve-se quem persiste no que acredita — num grupo de teatro, numa editora por crowdfounding...
Hoje, ao final da tarde, para os lados de Belém, houve o chamariz do croquete e do copo de vinho, a que acorreram muitos, por gosto, necessidade ou prevenção.
O poder (mesmo quando aparentemente privado) gosta sempre de saber «quem está» debaixo da sua asa ou tutela, e terá caderninho de anotações preparado para quando achar que deve punir ou beneficiar este ou aquele. E não se descuida nessa função hegemónica da qual depende para aparentar como normalidade a sujeição estabelecida.
Como esquecer que AC os chamou para um almoço eleitoralista e eles lá foram, vergonha total duma cultura livre?
Hoje tem outros que façam o mesmo por ele, porque o controlo nunca acaba... Antes pelo contrário, numa sociedade enfraquecida.
Seis meses depois, o recuo da extrema-esquerda nas eleições em Espanha é um ténue sinal de esperança nesta Europa crispada e sem norte, em evidentes dificuldades com o ajustamento a uma ordem económica cada vez mais global, que assim se torna pasto das franjas mais demagógicas e populistas.
O Governo fez o brilharete do costume. Muito consenso, muitas soluções conciliadoras. Muitas fotografias de acordos. Mas espremido o que é o acordo? Até 3 de Agosto vão os lesados desatar a pôr acções em tribunal a torto e a direito, umas absolutamente mais justas e outras mais disparatadas, não importa, desde que haja um papel a dizer que a acção entrou em tribunal, pois essas acções em tribunal contra o universo GES/BES serve para vender o hipotético crédito ao Fundo de Resolução. O que vai acontecer é que a grande maioria das acções judiciais não vão ser ganhas pelos lesados, logo aquilo que o Fundo de Resolução, leia-se os bancos, vão comprar aos lesados é palha. Os bancos, que António Costa tanto quer proteger vão levar com esta pesada factura quando as acções se desenrolarem nos tribunais.
De quanto é que estamos a falar?
Esta é a solução para os mais de dois mil clientes lesados do BES que investiram 432 milhões de euros em papel comercial do GES e que passará pela criação de um veículo que adiantará dinheiro aos lesados em troca dos direitos judiciais de quem já avançou para os tribunais. Em causa está uma espécie de “fundo de indemnização” que poderá ascender a valores da ordem dos 250 milhões de euros e que será financiado por duas vias: por empréstimos, nomeadamente do Fundo de Garantia de Depósitos, e por uma compensação através do Fundo de Resolução que será paga ao longo de 5 a 10 anos.
Quanto ao modo como será financiado este fundo de indemnizações, a estratégia passa por o dinheiro vir do Fundo de Resolução bancário, que depois irá receber o empréstimo concedido em função das compensações que venham a ser decididas na Justiça. Em caso limite, poderão não ser suficientes para amortizar o empréstimo ao Fundo de Resolução que, nesse caso, teria de assumir essa perda. No entanto, há outra questão a resolver, uma vez que de momento o Fundo de Resolução não terá dinheiro para financiar o fundo de indemnizações. O cenário em cima da mesa é esse dinheiro vir do Fundo de Garantia de Depósitos. No entanto, segundo a proposta, enquanto o pagamento pelo veículo do empréstimo do Fundo de Resolução é contingente, o empréstimo do Fundo de Garantia de Depósito tem de ser obrigatoriamente reembolsado pelo Fundo de Resolução, receba este o dinheiro do veículo ou não.
O Fundo de Resolução bancário tem como participantes os principais bancos a operar em Portugal, que vão ser no fim quem vai ficar com as perdas.
Vão já em 10 mortos e cerca de 60 feridos. Um dos terroristas, além de se fazer explodir, disparou e atingiu pessoas com uma kalashnikov. Mais uma... Que novidade - dirão. Pois, o problema reside precisamente em a novidade ser nenhuma.
Ocorre-me ainda - agora sim, um facto inédito - as medidas ameaçadas pelas autoridades, neste Europeu de futebol, contra os adeptos e arruaceiros russos estarem na origem de um quase incidente diplomático. Fossem chatear outros que não os donos da Ucrânia e demais periferias.
E somo a tudo isto o papel dúbio, com o seu quê de genocida, dos bombardeamentos das tropas de Putin na Síria. Assim como quem não perde o sono com os resultados da proeza.
Para concluir: o armamento sovietico mantém-se em boas mãos. A própria Rússia mantém todos os seus tiques imperialistas. E a nossa Esquerda, especialista em descidas da Avenida da Liberdade, mantém o seu amor às boas causas, sobretudo a da paz no mundo.
Ou muito me engano ou o governo está a jogar com os atrasos nas devoluções do IRS, pagamentos a fornecedores (i.e. indústria farmacêutica) e outras artimanhas para maquilhar as contas públicas. Esta forma desonesta de austeridade não retrai a economia?
Nos primeiros cinco minutos do jornal das 20 horas de ontem, dedicados aos resultados das eleições espanholas a Sic conseguiu não referir o PP de Rajoy (que ganhou com maioria reforçada).
Em vez disso, a Sic «noticiou« que o Podemos era agora a segunda força política em Espanha (que não era e que acabara de perder 1 milhão de votos na sua aliança com os comunistas).
E «noticiou» ainda a Sic que agora havia um «bloco progressista» em Espanha (supondo que PSOE e aliança Podemos / IU tinham a maioria para governar, que era apenas um delírio tonto).
Se fossem jornalistas, e não meros moços de fretes, os autores destas notícias e comentários de Madrid em directo sentir-se-iam ridículos.
Se não fossem já estúpidos, sentir-se-iam isso mesmo.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão. Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Contudo, não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a Lei se resume nesta palavra: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo». Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros. Por isso vos digo: Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne. Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito e o Espírito desejos contrários aos da carne. São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis. Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.
Palavra do Senhor.
Não evitou a (lamentável) vitória do Brexit, mas proporciona boa disposição.
Sobre a vitória do Brexit recomendo ler aqui
Após mais de 24 horas a ouvir e ler comentários na televisão e nos jornais sobre o Brexit, não sei se me deva confortar ou ficar desconfiado por me descobrir subitamente entre tantos e tantos improváveis conservadores. Compreende-se que o debate (coisa que implica contraditório) em Portugal não tenha pernas para fazer caminho, só temos a ganhar com a União Europeia: não temos problemas de nacionalidade, não estamos "ameaçados" por fluxos massivos de imigrantes ou refugiados e jamais seremos chamados a pagar os desmandos orçamentais dos países do norte.
Diante de um dos mais visitados museus do país por turistas, o Museu Nacional do Azulejo, na Madre de Deus, a passagem de peões está tão apagada, que vale a pena perguntar que consideração efectiva tem por esse turismo tão útil aos seus cofres a Câmara Municipal de Lisboa? E já nem falo dos alfacinhas...
A matinal surpresa (só para quem não atentou na campanha ontem porta a porta da facção perdedora...) Brexit; as imediatas declarações independentistas de escoceses e irlandeses do Norte; o entusiasmo referendário de Marine Le Pen e o pânico de Hollande; o ministro Santos Silva invocando a nossa antiga aliança com os britânicos (sim, nesta hora convém esquecer o Ultimato de tantos préstimos à República); e um súbito propósito espanhol de co-soberania sobre Gibraltar...
Isto tudo num dia só! Para onde voamos?
Os votos de que se vivam tempos interessantes hão-de ser, de facto, a pior maldição, e a vitória do Brexit no referendo do Reino Unido promete os tempos mais «interessantes» que poderíamos desejar ou temer, conforme o gosto. Com o voto de saída britânico a Europa é agora um comboio cujas carruagens querem, cada uma delas, seguir uma direcção diferente. E dentro de cada carruagem dissidente estarão grupos com programas antagónicos.
No epicentro do terramoto, primeiro: Londres, Escócia e Irlanda votaram pela permanência; contra a permanência votou, grosso modo, o resto do país. E Escócia e Irlanda quererão agora, no mínimo, ter protagonismo nas concertações para a saída, e, no máximo, um Scotexit ou um Irishexit do Reino Unido.
Na Europa continental as pulsões de discórdia vieram expeditas à boca de cena : aplausos à saída vindos da extrema-direita francesa por causa da imigração, aplausos da extrema esquerda grega e portuguesa que quer menos disciplina orçamental e mais «solidariedade», avisos vindos da Europa do Norte cujos povos estão fartos da indisciplina orçamental dos outros e da «solidariedade» com eles. Em Espanha, aguarda-se o forte ressurgir dos independentismos catalão e basco.
E da apagada e vil governação portuguesa veio a reacção previsível, pequena e oportunista: a partir de agora, dizem-nos Costa, César e Silva, ficamos a saber que qualquer desgraça económica deve-se não às políticas internas suicidas, mas a caprichos ingleses e a insuficiências europeias.
Ou seja, com a inflamação inevitável das pulsões contraditórias nacionalistas e solidaristas, isolacionistas e liberais, populistas de direita e esquerda, orçamentalistas ou solidaristas a Europa ficará à mercê de todos os oportunismos e pressões.
Enganei-me nas minhas previsões, fruto talvez dum desejo de ver o meu país fazer parte dum clube digno do Reino Unido - mesmo que com um pé de fora. Com o Brexit adivinham-se grandes desafios não só para os britânicos mas para a União Europeia que vai enfrentar fortes pressões populistas para a desagregação. Mas convenhamos que o estado a que isto chegou é (também) o resultado da muita demagogia utilizada em tempos de crise pelos partidos que na ansia da capitalização do descontentamento não hesitam e menosprezar ganhos obtidos na UE e endossar-lhe a factura por falhanços próprios e frustrações nestes tempos de inevitável ajustamento. Certo é que a UE não se pode tornar num grupo de pedintes contestatários. “There is no Alternative”? Pelos vistos há o Brexit.
Está de frente para a serra do Montesinho, junto à saída da Cidadela de Bragança. É um lugar de passagem, Espanha é logo ali. Estacionam matrículas de nacionalidades diversas, grupos de motards... É sobretudo um lugar de paragem.
E um poiso de «petiscos, vinho e conversa», como se inscreve na tabuleta da Tasca do Zé Tuga. Cá fora, grelha-se e assa-se. Depois é a esplanada e o interior fresquinho, catita. A posta tem a marca da casa, mas em viagem assenta mais leve o garnizo - um garnizé por boca, escancarado em cima do assador - e uma salada russa como acepipe. E a conversa também se instala à mesa, além dos perdigueiros (com direito de entrada) e da pesca no Sabor, creio que qualquer outro poderia ser tema.
Luís Portugal já veio a Lisboa ganhar uns prémios culinários e apresentar na televisão as suas proezas gastronómicas. Depois tornou à terra. A sua Tasca aproxima Bragança, lá no alto, das tardes folgazãs de que todos gostamos.
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