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Deus nos guarde na Europa

por José Mendonça da Cruz, em 17.02.16

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À Europa devemos alguma rédea posta nos desvarios de Costa e C.ª muito limitada. Hoje, ficámos a dever ainda por cima um acto de Justiça do Tribunal Europeu.

«Injustiça», «ilegalidade», «violação dos direitos humanos» -- foi assim que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, por decisão unânime dos seus sete juízes, classificou a decisão dos tribunais portugueses no caso da Sr.ª D. Liliana Melo, a quem os juízes portugueses mandaram que laqueasse as trompas para não ter mais filhos, visto ser negra e pobre, e, entretanto, retiraram os sete filhos que ela amava e a amavam a ela, para os entregar a instituições públicas. Além de credora da reposição da injustiça, da ilegalidade, e da violação de que foi vítima por parte de orgãos do Estado português a Sr.ª D. Liliana Melo (não «a Liliana») fica credora ainda de 15000 euros por danos morais. Pena não ser de muito mais, e também de um raio que os partisse.   

O desnorte da União Europeia

por Maria Teixeira Alves, em 17.02.16

Os "sábios" da União Europeia, depois do "sucesso" da aplicação do bail-in (uso do dinheiro dos clientes) aos bancos, não acham nada melhor do que aplicar esta regra à dívida soberana. Se nos bancos já cria os problemas que cria (os investidores privados perderem os seus investimentos para salvar o capital do banco), imagine-se o que será se os privados com Obrigações do Tesouro, ou outros instrumentos de dívida do Estado, forem chamados a perdoar a dívida em caso de "falência" do país. 

Vamos por partes. Os "sábios", que na verdade são alemães, querem pôr os credores privados a suportar as reestruturações de dívida soberana nos estados-membros, em caso de risco de incumprimento. Em caso de crise de financiamento a condição prévia para o recurso ao Mecanismo Europeu de Estabilidade é uma análise prévia à sustentabilidade da dívida. Mas no caso de dúvida sobre essa sustentabilidade "os sábios" (e que sábios!) propõem como primeira opção uma extensão das maturidades da dívida que é detida pelos credores oficiais (por ex: FMI, BCE, CE). Por exemplo num caso como o grego, um próximo resgate poderá passar por extensão das maturidades de pagamento dos empréstimos concedidos por entidades oficiais.

Mas em situação de sobreendividamento, seria, se as propostas forem implementadas, aplicado uma redução nominal do valor da dívida em mão dos privados, um hair-cut da dívida, a par com um programa de ajustamento macroeconómico supervisionado pelo MEE. Esse programa vai obrigar o país "resgatado"  a consolidar as contas públicas e a implementar reformas na legislação laboral, e outras.

Os alemães não se ficam por aqui. Para evitar a elevada exposição dos bancos a esta dívida soberana (que se aproxima cada vez mais da categoria de bomba-relógio), os mesmos "sábios" defendem a imposição de limites para os bancos nacionais comprarem dívida pública doméstica.

Antevêem-se grandes alterações à União Europeia. Poderão os países periféricos continuar a sobreviver com estas regras da União Europeia? Poderão os países periféricos evitar um short de obrigações do tesouro para os credores evitarem serem apanhados num bail-in para resgatar o país? É que se esta regra chegar a ser implementada os países excessivamente endividados ficam à mercê de um ataque especulativo. Para além de poderem mesmo sofrer de falta de investidores privados para a sua dívida.

 

Que Deus nos ajude

por João Távora, em 16.02.16

O filicidio de Caxias que hoje nos agride nas notícias, exige um pouco de pudor e reserva nos comentários - pela sanidade daqueles que lhe têm de sobreviver. Por mais que o nosso horror e incredulidade exija explicações simplistas ou bodes expiatórios. Depois, há fenómenos para os quais as "explicações" de pouco servem - a realidade demonstra-nos que neste fenómeno que é a Humanidade, cabe o divino e o diabólico, a luz mais radiante e a sombra mais aterradora. Uma luta sem tréguas.

O calcanhar de Costa

por João-Afonso Machado, em 16.02.16

Escrevi aqui, antes das Legislativas, seria uma grande vitória para Portugal cerca (para mais...) de 30% dos votantes não se deixarem embalar no canto da sereia, assim mantendo a confiança na tão fustigada coligação da Direita. Pois bem, só pode estar relacionado com tal a inédita atenção ora dedicada ao pagode orçamental de que o Governo de Costa continua a ser protagonista.

A Esquerda, sempre capaz de argumentar, explica esta realidade nas formas mais espantosas, desde o medo ao anti-patriotismo, sem esquecer o feroz imperialismo de Bruxelas (aliás de uma - a má - das duas Bruxelas que o seu dogmatismo concebeu...) e de Berlim.

A grande vitória de Portugal confirma-se, por isso, na ausência de adesões a estes delírios por parte de cada vez mais eleitorado. Ao ponto de Costa se estrear no You Tube blá-blando as excelências do seu arroz com bicho. Sem, contudo, resultados que não sejam o óbvio: o ridículo da figurinha, do inefável cromo.

Costa, demonstra-o a campanha eleitoral, é péssimo comunicador. Embrulha-se nas palavras, dá evidências de lição mal estudada, total incapacidade para, ao menos, decorar ou copiar. Costa é somente bom -  de uma extraordinária criatividade, reconheça-se -  na negociata e na intrigalhada. A coerência é princípio que, se não ignora, despreza em absoluto. Não será a actual Oposição capaz de se fazer ouvir mais alto na denúncia desta sua faceta? Em nome, sobretudo, de uma sã adversidade política com o seu sucessor?

 

 

 

Chapéus (já não) há muitos

por João Távora, em 16.02.16

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Há ícones que custam ver desaparecer na voragem do “progresso”. Um deles é o anacrónico chapéu do Bobbie - o tradicional polícia inglês - que ainda podemos ver a uso na prodigiosa série policial britânica "Inspector Morse" por estes dias em reposição na Fox Crime. A não perder.

Hoje sou Gaspar Castelo-Branco

por Vasco Mina, em 15.02.16

Faz hoje 30 anos que Gaspar Castelo-Branco foi assasinado, à porta de sua casa, pelas FP-25 de Abril. O seu filho Manuel, de quem sou amigo, escreve aqui um testemunho que não pode deixar de ser lido. As FP-25 de Abril foram uma organização terrorista. Mas eram da esquerda revolucionária e pr isso foram todos absolvidos apesar de os crimes terem sido provados em Tribunal. Mais vale tarde do que nunca mas não deixo de colocar a questão: Porquê tanto tempo sobre este assassinato? 

Hoje sou Gaspar Castelo-Branco

Ferro Rodrigues quer atribuir o título de deputado honorário aos mais de 150 deputados ainda vivos.

 

«O título de deputado honorário está previsto desde sempre no artigo 29º do estatuto dos deputados. Segundo se lê na regulamentação, o título é “atribuído por deliberação do plenário, sob proposta fundamentada subscrita por um quarto dos deputados em exercício de funções, aos deputados que, por relevantes serviços prestados na defesa da instituição parlamentar, tenham contribuído decisivamente para a sua dignificação e prestígio”. Embora esteja previsto nos estatutos, o título nunca foi atribuído a ninguém.»

(sublinhados acrescentados)

 

Estes socialistas não percebem que, ao nivelar tudo pelo mesmo, apenas retiram dignidade e prestígio ao título.

A vista é agradável

por Vasco M. Rosa, em 15.02.16

O director da CGTP fala aos jornalistas sobre políitca de direita e de esquerda na varanda dum dos edifícios mais estratégicos da bela cidade de Lisboa debruçada sobre o Tejo. Qual o valor de mercado daquele edifício ocupado no fulgor de Abril e do prec? Valia a pena saber...

Por «estranha coincidência» não foi um edifício construído pela central sindical, no regime de voluntariado militante que faz da festa musical dum jornal sectário um acontecimento cultural, embora poucos além dos militantes se lembrem que essa folha partidária existe e é voz oficial dum partido coligado ao governo actual. 

Mas se o directório da CGTP decidisse abandonar essas instalações e instalar-se em Vila Franca de Xira ou em Almada, podia com o valor da transacção criar um fundo de alguns milhões de euros de apoio aos desempregados (sindicalizados e não sindicalizados — que também são gente...) de modo a evitar sarilhos grandes e pequenos entre a população trabalhadora. Ah, seria uma atitude e pêras!

Só que a atitude — e as pêras! — acabariam por ser desagradáveis a uma central sindical que deve a sua existência a quaisquer indícios de incomodidade popular, e que, para incendiar lutas políticas, nunca propiciou quaisquer formas de mutualismo, contrário à guerra política que ela deve fomentar para benefício do Partido, de que depende e que também alimenta.

O sr. AC é um estalinista dos sete costados, instalado no «palácio» dum burguês que os seus antecessores  destronaram num dia em que tudo lhes  foi permitido. Não tem qualquer incómodo com esse facto. A vista é agradável e o sol é para todos.

Mesmo que nem todos façam o sol girar de nascente a poente...

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O pobre do cidadão ouve e vê Mário Centeno -- as previsões fantasiosas em que se sustenta, as certezas que afinal revê, os erros em cascata a que apõe sucessivas erratas, a ligeireza com que diz, contradiz, e se deixa contradizer -- e, perplexo, interroga-se sobre qual é o dito que melhor se ajusta ao personagem: doesn`t have a clue? Il dit n`importe quoi? O rosto é o espelho da alma? Ou, como sugeriu certeiramente Miguel Morgado selon Groucho Marx, estes são os meus valores, se não gostarem, tenho outros?

Não sei. Talvez uma soma disso tudo.

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O pobre cidadão conhece o proverbial cãozinho, quieto, fiel, posto num enlevo com a voz do dono, e parece-lhe que a imagem incute a ideia de fidelidade indefectível e extremado amor. Há quem diga que os nossos media são assim com a esquerda. Mas, depois, o pobre cidadão contempla o zelo com que televisões e imprensa protegem e apoiam as governações socialistas (a forma como põem o escrutínio entre parentesis, a persistência com que omitem factos, declarações ou dados que constituam contradição, o desvelo com que procuram notícias desfavoráveis aos opositores) e fica a pensar se a comparação mais justa dos comportamentos e hábitos sociais de cães e de media não deverá ser um pouco mais grosseira e literal.

Não sei. O meu cepticismo em relação aos media é grande. Ao contrário dos media e dos serventes de redacções que temos, eu continuo céptico -- fruto, sem dúvida, de ainda estar «ressabiado» com quem não aprendeu nada, viver no «casulo» dos que acham que os mesmos erros têm as mesmas consequências , e ainda não ter feito o «luto» do arranjismo de Costa.

E, no entanto, até este meu cepticismo se deixou ainda chocar pela indiferença, a abulia, o silêncio com que foram recebidas as declarações do alegado ministro das Finanças sobre rendimentos e privilégios.

Disse Centeno que qualquer português que tenha um rendimento bruto mensal de 2000 euros (rendimento bruto, disse ele) é altamente privilegiado (altamente privilegiado, foi o que ele disse). A Centeno, não lhe tremeu a voz ao dizer isto -- e dada a enormidade do erro político, isso é surpreendente. Na comunicação social nem se ergueu uma caneta, nem alguém estremeceu -- e isso não surpreende, porque as declarações de Centeno, sendo graves, são extremamente reveladoras. Os fiéis devem, portanto, calá-las.

O que estas declarações de Centeno revelam, em primeira análise, é que o homem é um desastre político e intelectual ambulante, pois revelou tão claramente como são desiguais a ambições que tem para si quando comparadas com as que tem para o país.

O que as declarações revelam é que o homem, sendo um desastre intelectual e político, no entanto é um socialista de alma e coração. Porquê? Porque o mesmo Centeno que considera «altamente privilegiado» qualquer português que ganhe mais de 2000 euros (brutos) mensais, independentemente do valor acrescentado e da dificuldade do que faça -- industrial, prestador de serviços, agricultor, cientista, exportador -- é o mesmo Centeno que aufere de vencimento mensal 45% do vencimento do Presidente da República, ou seja, mais de 3000 euros, a que acrescem ajudas de custo e bónus diversos. E, nisto, o Centeno socialista vem na esteira de outros notáveis da agremiação, os quais sonham com a modéstia remendada para o povo, mas se indignam se tiverem um Citroen em vez de um Mercedes (como Soares), se lhes sugerirem a indignidade de um Renault Clio (como Assis), ou que, do alto do banco traseiro do Audi A8 e do Mercedes série S «de serviço», recomendam aos outros os transportes públicos (como Costa).

cropped-2-cows1.jpgO que as declarações de Centeno revelam e confirmam, por fim, é a falta de ideias, de instrumentos e de ambição do programa dos socialistas para o país: o limiar da pobreza colocado, supõe-se, por volta dos 500 euros mensais; o sucesso, o crescimento e a modernidade consagrados em redor dos 1200 euros mensais; e a censura de tudo que fique (para os outros) acima disso. Acima disso temos -- segundo eles, mas não para eles, e independentemente da riqueza produzida -- privilégio ou, pior, «alto privilégio».

Será que os media se calaram porque cheiraram isto e gostaram?

Não sei.

Será que são estes os altos sonhos dos portugueses?

Nas próximas eleições saberei.

 

Costa e a concórdia do Expresso

por José Mendonça da Cruz, em 14.02.16

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Há cerca de um ano que não comprava nem lia o Expresso. Comprei este fim-de-semana e li. Li, primeiro, a entrevista lamentável de um oportunista sem escrúpulos -- em linguagem popular um «chico-esperto» -- que, como todos os chico-espertos e oportunistas sem escrúpulos, pensa mal, fala pior, age aleatoriamente, mas acha a maior das graças a tudo o que faz, pensa e diz. Diz o lamentável Costa -- retratado na capa, mas sem os beiços untados -- que o PSD deve sair do «casulo» e a direita deve fazer o «luto».

O baixo nível ético, intelectual e político da graçola não precisaria de ser explicado a ninguém. Excepto, talvez, ao próprio Expresso. Na página 2, e não apenas, Costa lá encontrou um fiel. Nessa página, Pedro Santos Guerreiro (que ao sair do Jornal de Negócios deixou à mostra que a qualidade do Jornal de Negócios se devia a Helena Garrido, e não a ele; que agora, no Expresso, vai explicando na pág. 2 que gostava de ser vizir no lugar do vizir, o irmão sério de A. Costa) lá vitupera «a direita» por discordar e criticar o governo, ou, como ele diz, por de forma «lamentável» acreditar que as medidas da geringonça vão ser fatais para a economia e o país. Nessa pagina (onde, em tirocínio para assessor do PS também escreve Bernardo Ferrão), PSG vem recomendar, em defesa dos seus amores e como bom democrata de uma só mão, que a oposição aos socialistas os aplauda ou então se cale. 

Retomo, portanto, a saudável prática de não comprar nem ler o Expresso (as citações bastante completas dos textos de Miguel Sousa Tavares, Henrique Raposo e Henrique Monteiro, que continuarei a ler em blogs, resultarão em que não perco praticamente nada que valha a pena).

É meu dever confessar, porém, que esta edição me proporcionou um momento de grande prazer: foi, primeiro, a leitura do livrinho/oferta da série Cultura, «O Poder da Linguagem e da Escrita», de Dietrich Schwanitz, numa boa tradução; e, depois, o gozo de verificar como a escrita inteligente, didáctica, acutilante e irónica do autor contrasta com a insuportável presunção, codificação e cinzentismo de todo o caderno cultural (que Schwanitz objectivamente escarnece), de quase todo o caderno económico, e de muito do 1º caderno.

Foi bom, mas por agora basta. Lá me privarei do Expresso, longamente, outra vez. Com votos, porém, de insucesso às ambições de Guerreiro, persistência aos delírios de Nicolau, melhoras dermatológicas e intelectuais ao proprietário do orgão e suas parábolas equinas, e sinceros desejos de boa sorte ao Costa inteligente e sério. 

 

Os consumidores mentiram a Costa

por João-Afonso Machado, em 14.02.16

Numa semana fértil em visões do que é a Esquerda a mandar, refulgiu o episódio dos consumidores demagógicos. Esses que correram a encher os depósitos dos automóveis e contradisseram o Governo, garantindo o dinheiro estar a fugir mais dos seus bolsos.

Esses que, atrevidamente, não gostaram do imposto sobre o combustível a cair-lhes em cima pela calada da noite e, anti-patrioticamente, denunciaram aumentos de preços superiores aos contabilizados pelo pobre Centeno. Porque o que vale a verdade das carteiras contra a verdade dos carteiristas?

Façam os senhores consumidores o favor de respeitar os ditâmes oficiais, os da Esquerda, por definição sempre sempre ao lado do povo. Não vá a menina Marisa irritar-se e começar a engrossar a voz...

 

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Vale a pena ler a explicação da Câmara Municipal de Barcelos sobre o fundamento da decisão de cancelar o desfile de Carnaval. Sendo uma Câmara de gestão PS conviria que os socialistas enviassem este texto ao Ministro da Educação para que ganhe consciência da importância da exigência no ensino da língua portuguesa. É fundamental que todos entendam o que se escreve!

A comunicação social que temos:

por Vasco Lobo Xavier, em 14.02.16

É perguntado a António Costa: “A derrota nas presidenciais foi saborosa?”

 

E António Costa responde “O PS não formalizou o apoio a nenhuma candidatura e nenhuma delas saiu vencedora.”

 

E a coisa fica por aqui, passa-se a outra questão.

 

Há um tipo, supostamente jornalista, que faz uma pergunta destas, recebe uma resposta daquelas, que ninguém percebe o que quer dizer, provavelmente nem o próprio que respondeu e possivelmente o que perguntou, e seguramente o conjunto dos leitores do jornal, e a coisa fica por aqui.

 

Repise-se:

Pergunta do jornal: “A derrota nas presidenciais foi saborosa?”

António Costa responde: “O PS não formalizou o apoio a nenhuma candidatura e nenhuma delas saiu vencedora.”

 

Estamos conversados.

Coisas em que ninguém repara:

por Vasco Lobo Xavier, em 14.02.16

Há uns anos atrás, já depois da bancarrota-Sócrates e quando tinha de gerir a falência do Estado e o memorando negociado e assinado pelos socialistas, Pedro Passos Coelho falava para crianças num ambiente infantil e disse que “os portugueses não eram piegas”. A comunicação social e a então oposição da esquerda e extrema-esquerda assumiram-se como crianças infantis e julgaram que ele estava a falar para elas, divulgando diariamente a coisa, caricaturando-a e deturpando-a, pelo que para a História passou que Pedro Passos Coelho teria acusado os portugueses de serem piegas, o que é uma descabelada e deliberada mentira.

 

Há uma semana atrás, António Costa anunciou que para comprar o apoio da extrema-esquerda, aquisição necessária por ter perdido clamorosamente as eleições legislativas, tinha de aumentar tanto a despesa do Estado que, para isso, necessitava igualmente de aumentar brutalmente os impostos sobre, de entre outros, os produtos petrolíferos, sobre o tabaco e ainda o imposto de selo, com efeitos particularmente negativos no crédito das pessoas.

 

E, zombando sorridente pelo largo, sempre com aquele ar de galhofa que o caracteriza (mais parecendo o de quem acabou de sair de um excelente e bem regado repasto), com o anúncio desses impostos que decidiu aumentar disparou também aos portugueses dizendo que eles deveriam utilizar os transportes públicos (quando estes não estiverem em greve, imagino eu…), fumar menos ou mesmo acabar com o vício, e deixar de recorrer ao crédito (viver com o que tenham, coisa que o Estado socialista se recusa a fazer).

 

Isto é gozar com o pagode! Isto é gozar com todos e principalmente com os pobres, com os que menos têm. Isto é gozar com os que não têm outra possibilidade que não a de gastar gasolina ou de recorrer ao crédito, ou com aqueles que têm o vício do cigarro. E gozar com todos com um sorriso na boca e de consciência tranquila. Deve ter-se achado um piadão, o brincalhão galhofeiro.

 

As atitudes que descrevi não são comparáveis. Mas a atitude da comunicação social perante as duas situações é. Perante a segunda, a comunicação social assobiou para o lado, achou natural, não se incomodou, é a comunicação social que temos. Cega, surda, muda e burra. Mas o Bloco, os Comunistas, que tanto se esganiçaram antes, também não reagiram. Parece que apoiam o divertimento de Costa, a pilhéria de Costa, a graçola de Costa. Que se lixem os portugueses.

 

Quem não tem dinheiro não tem vícios. Só o Estado socialista, apoiado pela extrema-esquerda. E ainda goza.

 

Domingo (1º da Quaresma)

por João Távora, em 14.02.16

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.

Da Bíblia Sagrada

 

No caminho da maturidade.

por João Távora, em 13.02.16

Ao contrário de uma peste ou maldição, sob a perspectiva da política tida no seu sentido mais elevado, digamos nobre, tenho para mim que uma dose de liberalismo deveria ser transversalmente no espectro partidário português uma causa patriótica, um contributo para o lento processo de viabilização do nosso pequeno rectângulo.

Acontece que a possibilidade do sucesso desse liberalismo, em dose maior ou menor no modelo de gestão da rés-pública, está directamente ligada à autonomia e maturidade das suas gentes, famílias e toda a sorte de instituições por si prestigiadas. Assim se explica o fado Portugal atrasado e socialista. Ou a importância do Pote.  

Coisas em que ninguém repara:

por Vasco Lobo Xavier, em 13.02.16

Este fim-de-semana andam por esse país fora uns 16 ou 17 Ministros deste governo apoiado pela extrema-esquerda a apregoar pelos socialistas dos diferentes distritos, para que estes e a comunicação social amiga façam o devido eco, que prefeririam a versão inicial do Orçamento do Estado.

 

António Costa tem dito o mesmo e ainda hoje o faz numa entrevista a um semanário.

 

E não há uma única alma minimamente iluminada que lhes contraponha que a versão inicial do OE era, a um tempo, uma tentativa de logro a Bruxelas e a manifestação de incompetência técnica. E, de qualquer das formas, uma impossibilidade, uma fábula, algo de irrealizável e de imediato chumbado pelos nossos parceiros europeus.

 

Os socialistas preferem a fantasia ou a fraude (o que não me surpreende nada), afirmam-no sem pejo algum, e a macacada que os ouve, os entrevista e lhes dá eco engole o disparate sem tugir nem mugir. É a comunicação social que temos.

Desde a apresentação do Esboço Orçamental até hoje, temos assistido, diariamente, à disponibilização de novos dados. Cada nova versão mais carregada de impostos e bem diferente da anterior. Hoje, qual cereja no topo do bolo, é divulgada uma pequena errata de 46 páginas em que, entre várias alterações, se afirma que a carga fiscal se manterá (apesar de várias vezes, nestes últimos dias, ter sido afirmado, por Mário Centeno e António Costa, que a mesma sofreria uma redução). Para quando a versão definitiva do documento? É que de errata em errata caminha o OE para o erro total!

Coisas em que ninguém repara:

por Vasco Lobo Xavier, em 12.02.16

A extrema-esquerda que nos governa, PS, BE e CDU, com muitas ajudas de outros campos, decidiu reaprovar no Parlamento (um dia destes retiro-lhe a maiúscula…), sem qualquer tipo de debate público digno desse nome, o diploma que permite a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.

 

Parece que é um direito dos homossexuais ao qual as crianças já em crise, por orfandade ou vítimas de outros problemas igualmente graves, crianças que o Estado e a sociedade deveriam proteger, terão de se submeter. Seja: dura lex sed lex.

 

Pergunto-me se os próprios homossexuais trocariam o relacionamento de que beneficiaram em crianças pelo contacto com os seus pais e mães, se trocariam a educação e convivência com os pais e mães que tiveram, se trocariam, enfim, o seu pai ou a sua mãe para terem apenas um par de pais ou um par de mães. Se isso seria melhor do que tiveram. Pergunto-me. Prefeririam eles terem tido em criança dois pais ou duas mães? Abdicariam de qual? Do pai ou da mãe? Já lhes disseram? Como reagiram os/as pobres coitados/as preteridos/as?

 

Gostava de ter visto esta minha dúvida em debate mas a maioria da geringonça não permitiu.

Directos, já !

por José Mendonça da Cruz, em 12.02.16

Estar aqui sem ver o Benfica-Porto é ignominioso! O sentimento de exclusão é intolerável! O invertebrado, as desengraçadinhas e a múmia (e a senhora da melancia) têm que pôr cobro a este abuso dos mercados de direitos desportivos! Abaixo os privilégios! Pelas amplas liberdades televisivas! Morte ao neoliberalismo clubista! Prisão para os agiotas do desporto! Directos para todos, já!



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