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Rio

por João Távora, em 23.07.15

Como os meus amigos sabem sou objector de consciência no que respeita à disputa das presidenciais, mas ao ouvir com atenção Rui Rio tomei nota de como dentro da facção que representa tem um discurso bem menos equívoco que o de Marcelo.

Não vale a pena, será sempre assim

por João-Afonso Machado, em 23.07.15

PALÁCIO BELÉM.JPG

 

Mesmo os menos argutos já compreenderam que nas actuais circunstâncias qualquer governo de iniciativa presidencial nunca teria mão na condução dos negócios da sua esfera. E o mesmo se dirá de um Executivo não apoiado por uma maioria parlamentar.

No fundo, a esta constatação - que, insisto, é do mais elementar bom senso - se resume a mensagem de ontem de Cavaco Silva. Um infeliz amordaçado, ainda assim tanto escandalizando a Oposição inteira, muito comadre, muito arrepiada com o seu pretenso apelo ao voto na coligação PSD/CDS.

A História presidencial recente está repleta de rasteiras que Eanes, Soares e Sampaio pregaram a governos do agora chamado «centro-direita», Suscitando a indignação dos visados, tal qual ontem e hoje os partidos de Esquerda têm prodigalizado acusações e críticas a um Cavaco Silva que - penso eu - já só não quer acabar o seu mandato às voltas com equações impossiveis de resolver.

O mais importante nisto tudo é a verificação do óbvio: o «presidente de todos os portugueses» nunca passará de uma miragem. A Direita e a Esquerda fizeram-se para andarem desentendidas e o Centro (de Freitas do Amaral...) e o Centrão, nem carne nem peixe, esboroam-se sempre pelos motivos mais fúteis.

Talvez esse atávico desentendimento pudesse ser apenas ideológico. Civilizado, portanto. Infelizmente, o genuíno político português respira intriga, maledicência, mentira e teatralismo. Não sobrevive sem vitimizações, mudanças bruscas de discurso e encostos de conveniência. É um mãozinhas, um leva-e-trás. Um melga que não há meio de ir embora.

Para evitar incongruências...:

por Vasco Lobo Xavier, em 23.07.15

Talvez Juncker não devesse dar entrevistas ao le soir; no limite só ao midi e nunca depois disso...

Ao menos isso

por Maria Teixeira Alves, em 22.07.15

PSD e CDS aprovam taxas moderadoras no aborto

Era uma vergonha as benesses que eram dadas para matar embriões. Uma vergonha!

Abortando argumentos mortos à nascença:

por Vasco Lobo Xavier, em 22.07.15

O PS, o Bloco e a CDU criticam com a violência do costume as ligeiríssimas alterações que a maioria eleita democraticamente aprovou na Assembleia da República à lei do aborto. Não compreendo nenhuma das suas críticas (e menos ainda a violência que agora os une em desespero).

 

São, em primeiro lugar, contra o apoio psicológico relativamente a uma decisão que deve ser extremamente difícil e merece todo o apoio psicológico (e outros) que se possa oferecer à mulher para a melhor decisão. Sempre se trata da vida do seu filho. Não conseguem explicar porquê, não conseguem explicar a razão pela qual serão contra, a não ser pelo desejo mórbido de que a criança morra com mais facilidade e a mulher se venha a arrepender mais tarde e mais arduamente de não ter ponderado suficientemente no acto que se preparava para praticar. Quando já for tarde. Tragicamente tarde. Apoio psicológico que aliás defendiam aquando da campanha do referendo pela liberalização do aborto.

 

O PS, o Bloco e os comunistas e verdes são, em segundo lugar, contra o facto de aquela pessoa que pretenda abortar pague taxas moderadoras e também não conseguem explicar porquê. Não consigo perceber que uma pessoa que involuntariamente tenha de se servir do SNS deva pagar taxa moderadora e aquela que, voluntariamente e por decisão própria, recorra ao SNS, não tenha de pagar essa taxa. E não me venham com a aldrabice de que a aplicação da taxa moderadora empurra as pessoas para os abortos sem condições, pois toda a gente sabe que esses são muito mais caros do que as taxas moderadoras. Só desonesto argumenta tal coisa e só imbecil a aceita.

 

A terceira razão de crítica dos partidos de esquerda é a mais deliciosa. Eu sei que o assunto é sério mas eu escangalho-me a rir sempre que a oiço. Ainda hoje Isabel Moreira, pelo PS, espumava na AR o argumento. Trata-se esta decisão da coligação de uma medida eleitoralista, apenas para "caçar votos!"

Ora bem. Se é uma medida eleitoralista porque ganha votos é porque se trata de uma medida que democraticamente a população aplaude e pretende; e por isso dará votos e merecerá a qualificação de eleitoralista.

E se se trata de uma medida que a população portuguesa democraticamente aplaude e pretende, como o reconhece Isabel Moreira e os restantes partidos de esquerda com esta acusação de eleitoralismo, que motivo e legitimidade terá essa esquerda para, qual Estaline, impor a todos as suas ideias quando são contrárias às dessa maioria democrática da população?

 

.

Das "Memórias de um Átomo"

por João-Afonso Machado, em 22.07.15

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«O Conselho de Ministros reunira de emergência dado o despropósito das massas, a galgarem o escadório de S. Bento. Presentes, António Costa, o Chefe do Executivo, e os titulares das pastas do Trabalho, Emprego e Colectividades, Jerónimo de Sousa, e da Igualdade, Solidariedade e Direitos dos Animais, Mariana Mortágua. Invocando cada um a sua justificação, os restantes 22 ministros haviam-se escusado comparecer.

Não obstante os falsos rumores levantados pela Imprensa, verificou-se uma convergência unânime de opiniões: era absoluta a divergência de opiniões entre os parceiros da coligação. Essa a razão porque o 1º Ministro se vira obrigado a convocar os camaradas...

- Perdão! O tratamento de «kamarada» é exclusivo dos militantes do PC!

- Mas eu tratei-o apenas por «camarada»...

- Ah, está bem! Eu pensei ter ouvido «kamarada»

- Camarada e kamarada, o descontentamento popular resulta apenas das medidas austeritárias contra os direitos dos animaizinhos. Acabemos já com as touradas...

- Mas, camarada...

- Outra vez?

- Camarada: eu disse c-a-m-a-r-a-d-a!

- Bom...

- Camarada, se extinguimos as touradas lá se nos vão Santarém, Évora, Lisboa, talvez Setúbal, Portalegre...

- E Pirescoxe, kamarada, avante! com outros temas. Olhe mas é o salário minimo, uma vergonha! Os ricos que paguem a crise!

- Pois kamaradas - digo camarada e kamarada - verifico agora que as mulheres se encontram em minoria nesta reunião. Proponho o seu adiamento até que alguma camarada ou kamarada compareçam e desempatem esta desigualdade.

- Já agora há de pedir ao seu kamarada ministro da Fazenda, o Luis Finanças, isto é, ao contrário, o Fazenda das Finanças para vir também.

- Camarada e kamarada, os direitos dos trabalhadores são inadiáveis!

- Também os dos bichinhos, kamarada, mas os meus secretários de Estado dos Animais em Cativeiro, o Dr. João e a Dra. Catarina, não há meio de se entenderem e apresentarem o seu Livro Negro do Zoo...

- Então, camaradas, suspendamos os trabalhos por hoje. Aliás, tenho um almoço com o subsecretário de Estado das Auto-estradas dos Sul, o camarada Pedro Silva Pereira.

- Kamarada, não, camarada, camarada.

- Sim, sim, c-a-m-a-r-a-d-a...».

 

(Com a aquiescência do meu bom Amigo J. da Ega, a quem mui grato sou).

Passos às tantas

por João-Afonso Machado, em 21.07.15

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Se Passos Coelho disponiblizou os seus bons ofícios nos propósitos negociais de Lula? É certo, os tempos que correm não aconselham se ponham as mãos no fogo por alguém. Mas a notícia vem de passeio com outras proezas em terras lusas do fabuloso brasuca e não parece levar a lugar algum. Senão a um intencional desafogo de Sócrates  & Cª...

A comparação entre um e outro - Sócrates e Passos - apela mais aos sentidos do que às palavras. É vê-los e ouvi-los. É como destrinçar Paris de Massamá.

(Massamá? Como lá se chegará? De comboio, pela Linha do Corgo, não?).

De resto, os exitos de Duarte Lima, Dias Loureiro, Isaltino, serviram para exemplo. Passos goza ainda de uma outra imunidade: não é amigo de Soares. Curiosamente, a sua inexperiência política fazia-o parte do plano de regresso de Sócrates, confrontado com a impossibilidade de financiamento externo em 2011 e as agruras do PEC-IV. Mas Passos aguentou a legislatura e tudo suportou, incluindo Portas e a Intersindical (que ao intervalo se refrescou com a substituição de Carvalho da Silva por Arménio Carlos).

Agora disputa com Costa, quase de igual para igual, as próximas eleições. E obriga os socialistas a prodigios de imaginação para se agarrarem a algo que os transforme em alternativos. Talvez por isso Passos seja merecedor de se ir lá, em Outubro, dar-lhe um votozito.

Começo a pensar de que...

A coligação estaria melhor nas sondagens...

por Vasco Lobo Xavier, em 21.07.15

... se Paulo Portas desse mais entrevistas.

 

Ainda por cima ele não está a dizer nada de extraordinário, apenas evidências.

Pontapé no «Dr. Medina»

por José Mendonça da Cruz, em 20.07.15

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Grande momento televisivo, às 22,10, na TVi24, que decidiu terminar o programa Olhos nos Olhos, de Medina Carreira, 20 minutos antes da hora habitual, sem se lembrar, porém, de informar disso mesmo Medina Carreira.

«Mas acaba já porquê?», perguntava Medina Carreira.

«Ninguém me avisou», dizia Medina Carreira.

«Ah, você ia a galope, não tinha percebido porquê», apodava muito justamente Medina Carreira.

«Olhe que o próximo programa é sério», tentava Medina Carreira prevenir.

Despachado o programa antes da hora, lá pôde a Tvi24 dedicar-se à ingente tarefa de discutir transferências no futebol.

O aborto do Tribunal Constitucional

por José Mendonça da Cruz, em 20.07.15

Então, se eu bem compreendo, e segundo o Tribunal Constitucional:

- se um homem disser «Quero ser pai, quero esse filho, não quero que a mãe do meu filho aborte e o mate», não se deve ligar ao homem, e o filho deve ser abortado à vontade;

- mas se um homem disser «Não quero ser pai, não quero esse filho, a mãe do meu filho que aborte e o mate», não se deve ligar ao que o homem diz, igualmente, e o filho não deve ser vítima de aborto, e o pai tem que ser pai à força.

É isto?

Mas agora a sério...

por José Mendonça da Cruz, em 20.07.15

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... entre os telespectadores, entre as própria chefias da Sic, não se compreende à evidência a diferença que vai entre os lugares-comuns e as crenças balbuciadas da Grécia pelo inefável Anselmo, e as reportagens de uma senhora jornalista como Cândida Pinto, que devia lá ter estado desde o início?

A mão canalha do PS na comunicação social

por José Mendonça da Cruz, em 20.07.15

Está em curso uma campanha canalha contra o primeiro-ministro lançada pela Lusa e abraçada alegremente por Sic e Tvi (e até por um burro no Observador). Lança a campanha canalha que Passos Coelho foi influenciado por Lula para favorecer a construtora brasileira Odebrecht na privatização da EGF.

A campanha canalha ignora que foi a portuguesa Mota-Engil que ganhou a privatização. Ignora também o desmentido expresso de Passos Coelho, que afirmou que Lula não veio meter nenhuma cunha. E ignora, sobretudo, as ligações notórias e antigas entre Lula e Sócrates e Vara.

A campanha canalha abre notícias dizendo que «Pedro Passos Coelho está no centro do furacão», uma coisa suficientemente vaga para não ser desmentida, mas suficientemente canalha para julgar que produz estragos.

Foi a isto que conduziu o estado de apatia da direita enquanto o PS conquistava a comunicação social.

A tempestade perfeita

por João Távora, em 20.07.15

decapitation-d-Olivaro.jpg

Ao contrário das mais antigas democracias europeias, a arquitectura da república portuguesa está edificada para favorecer a conflitualidade entre instituições.

Não só as prerrogativas do “semi-presidente” da facção triunfante o convidam ao choque com o Parlamento (a sua dissolução, no limite), como o sistema eleitoral saído da nossa última revolução não favorece as maiorias, pelo contrário, promove a instabilidade política. Perante o impopular ajustamento económico que inevitavelmente se vai prolongar pela próxima legislatura, o quadro pode tornar-se verdadeiramente aterrador: imagine-se que à eleição de um governo minoritário e à proverbial incapacidade dos grandes partidos gerarem consensos, se junta um presidente lírico e “interventivo”. Para evitar uma tempestade perfeita que nos atire para uma sequela de mau gosto da tragédia grega, resta-nos confiar na sabedoria dos portugueses que várias vezes já nos surpreendeu com improváveis maiorias absolutas. Só assim se evitará o caos duma legislatura com os políticos às turras, mais preocupados com vantagens imediatas para as suas tribos que com o interesse público.

 

Publicado originalmente no Diário Económico 

O socialista Hollande, e a sua equipe, propõem que o caminho da União Europeia passe por um Governo, um orçamento e um Parlamento comum. Mas apenas constituído pelos países fundadores: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda.

Ainda bem que foi Hollande a avançar com a ideia, se fosse a Angela Merkel era logo apelidada de nazi.

 

Reparem na notícia do Expresso:

«Revigorado com o seu recente papel determinante para a continuação da Grécia na zona euro, o Presidente francês François Hollande desenvolveu este domingo as suas propostas para “relançar a Europa” – a criação de um Governo da zona euro, com um orçamento comum e um Parlamento específico.

O chefe de Estado – que se exprimiu através de um artigo publicado no semanário “Journal du Dimanche” – falou no nascimento de uma “vanguarda” na zona euro “com os países que o decidirão”, mas sem desenvolver os contornos exatos das suas ideias.

Acabou por ser Manuel Valls, primeiro-ministro francês, que se encarregou disso, falando em Avignon, à margem de um festival de teatro a que assistiu na tarde deste domingo. Para ele, a “vanguarda” será composta pelos “países fundadores da União Europeia: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda”».

A força impositiva de uma causa perdida

por João-Afonso Machado, em 20.07.15

Um quarto de século depos, a Esquerda conseguiu impor o esquecimento das vergonhas vivenciadas para lá do Muro de Berlim. Com o mesmíssimo desplante com que rasgou a página do PREC português. E apagou da fotografia Brejnev, Honecker, Fidel, Tito, Cunhal... Apenas restou Salazar, como pedras lançadas aos que não afinam pelo mesmo diapasão.

Ao melhor estilo estaliniano: militarista se vier a propósito, pacifista quando as "massas" ainda não despertaram.

Mas obrigada por força das circunstâncias históricas a engavetar o socialismo, a Esquerda agarrou-se - "nacionalizou, dela" - a generalidades como a Liberdade e a Solidariedade e susteve - "nacionalizada, sua" - a Igualdade. Curiosamente, não insiste na Fraternidade! Repescou o até então reformismo burguês da social-democracia e, entrelinhas, foi mantendo bem viva a cartilha da luta de classes (evitando, é claro, alusões a "operários e camponeses"). Alguns comportamentos que tinha por desviantes, e prejudiciais à sociedade comunista, transformou-os em estandartes da batalha pelos direitos das minorias.

Não tem um discurso capaz de se justificar. Opta, conforme as conveniências, pela vaia, pela vitimização, pela desconversa, pelo contra-ataque em jeito comparativo. Na maior desorientação ideológica, riposta tudo ideologizando. Assim nasceram o "neo-liberalismo" e outros labéus.

Logrou uma única experiência governamental europeia. A grega. Numa algazarra imensa e destruidora, mas capaz de nebular a aliança do heróico Syriza com o nacionalismo (afinal, um "salazarismo" local) do ANEL.

Ainda não contente, eterniza-se na rotulagem dos outros. Escandaliza-se se ouve criticas a decisões judiciais do seu agrado, intoleráveis violações ao princípio da separação de poderes; sai à rua na situação oposta, sob o pretexto de ingerências políticas nos tribunais...

Alguém recentemente comentou, a blogosfera surgiu como um espaço não controlável pela Esquerda (sempre conformadora da opinião pública) e por isso muito merecedora da sua atenção interventiva. Concordo em absoluto. Com a legitimidade de quem nunca teve pachorra para deambular pelos blogs da margem de lá - cujo direito ao disparate não contesto nem me apetece contrariar.

Viva o Krugman e a sua versatilidade

por Maria Teixeira Alves, em 20.07.15

Acabo de ler que Paul Krugman, – o economista gauche que defendeu o Governo da Grécia contra os malvados países europeus que financiam a Grécia, o economista que enalteceu o referendo-Varoufakis, que veio para os jornais dizer que votaria não no referendo que votava as medidas inerentes a um terceiro resgate, – vem agora reconhecer que afinal “talvez tenha sobrestimado a competência do Governo grego”, durante uma entrevista à cadeia de televisão CNN.

O prémio Nobel da economia norte-americano, Paul Krugman, que se destacou como um dos mais virulentos críticos das medidas de austeridades impostas a Atenas, reconheceu hoje ter “talvez sobrestimado a competência” do Governo grego. Vai mais longe, quando diz que "nem calculei que pudessem tomar uma posição sem ter um plano de urgência, caso não obtivessem a ajuda financeira que solicitavam", explicou. Descobriu a pólvora, afinal os gregos são inconsequentes, porque fazem braço de ferro sem ter alternativa ao que combatem. “Acreditaram que podiam simplesmente exigir melhores condições sem ter um plano alternativo”, disse o Krugman. Viva a versatilidade. Ora se o tinhamos levado a sério...

Falácias:

por Vasco Lobo Xavier, em 19.07.15

É uma enorme falácia dizer-se que este governo é que está a ser julgado uma vez que os governos socialistas anteriores já foram julgados em eleições anteriores. É que os efeitos negativos dos governos socialistas anteriores, com a bancarrota Sócrates à cabeça, ainda se mantêm sobre os portugueses. E isso tem de ser tido em conta.

 

Os governos têm quatro anos. As más decisões dos maus governos têm muito mais. As dos socialistas ainda não terminaram.

Domingo

por João Távora, em 19.07.15

Evangelho segundo São Marcos


Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

 

Da Bíblia Sagrada

A campanha eleitoral vai a banhos

por João-Afonso Machado, em 19.07.15

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 Estamos já em plena campanha eleitoral; pela frente um Agosto de falácia em mangas de camisa e bandeiras pelos areais, e um Setembro de maçadores cantares ao desafio. Sempre com a descarada impropriedade dos intervenientes, sobretudo os desesperados.

E entre estes, cada vez mais evidentemente, António Costa.

Contra todas as expectativas o Governo aguentou até ao fim da legislatura. Mais rapidamente se descontruiram os partidos da Oposição, excepcionando o imutável PCP. E mesmo este, indo a correr atrás do discurso mais produtivo. Ao longo de quatro anos, alguém se lembra em que águas se afogou o terror pelo fim do "Estado de Direito"?

(Esse mesmo - o dito "terror" - o antecessor do escandalo austeritário - se bem escrevo o neologismo).

São já os dias do "desemprego" chorado de terra em terra. A "divida pública" é excessivamente abstracta, ficar-se-á pelos estudios televisivos, não toca ao vivo.

Um pouco mais de Martim Moniz e Costa venderia o seu peixe. Mas consta a lota andar melhor avisada e já ninguém acredita na almejada maioria absoluta, a legitimação da sua traição a Seguro.

Como também ficou para trás, nos baús dos papeis velhos, a erudita questão da "perda de legitimidade democrática do Governo". Os sindicatos cansaram-se e resguardam-se agora pelas esplanadas...

Não, por esse lado, pela esquerda, não é caminho. Jamais.

Pelo outro... Quem sabe?, quem sabe? Quem sabe onde poderão levar as bojardas de Costa ou dos "caviares"?

O PS no multibanco (greek style)

por Maria Teixeira Alves, em 19.07.15

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Porque o humor é soberano

 



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