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Já cá faltava o homem para quem os resultados eleitorais são bons quando dão o governo aos socialistas, já cá faltava o irresponsável para quem o défice público era uma coisa de somenos cheia de vida para além dele. Já tardava a botar faladura o ex-presidente de todos os socialistas... Mas lá veio. Jorge Sampaio veio hoje explicar que está muito preocupado com «a situação nacional». O défice não o afligia. A bancarrota deixou-o indiferente. É a Justiça sem tons rosa que o preocupa?
Mesmo detido, Sócrates pretende continuar a manipular as massas...
O homem que, ainda em 2009, Soares queria pôr «lá onde ele está», na chefia do governo que levou Portugal à bancarrota, está lá onde ele está por graves suspeitas de corrupção, fraude fiscal agravada e lavagem de dinheiro. Culpa, diz Soares, dos «malandros» e «bandalhos» do Ministério Público, da Procuradoria, do TCIC, das polícias, dos meios de comunicação e supõe-se de todos os Portugueses que não sejam socialistas (porque, garante Soares, todos os socialistas discordam «desta bandalheira» supondo-se que preferiam a anterior).
O banqueiro que era «um rapaz» que «não tinha dinheiro» e por quem Soares intervinha junto de «son ami Mitterrand», o banqueiro que, ainda em 2009, considerava que tínhamos em Sócrates um dos melhores primeiros-ministros da Europa -- um primeiro-ministro que fazia PPPs financiadas pelo BES mediante acordos de leão e impedia OPAs incovenientes contra a PT -- está sob suspeitas igualmente graves. Como o país com Sócrates, o BES de Ricardo Salgado faliu. Com eles está a falir (Hosana!) o Portugal de Mário Soares.
(video 40 anos em 40 segundos com a devida vénia ao blog 31 da Armada)
António Costa conseguiu aparecer como salvador da pátria sem lançar uma concreta ideia salvífica que fosse.
Conseguiu atirar-se para uma candidatura a candidato do PS para candidato a Primeiro-Ministro, e vencê-la, sem abrir a boca.
Também sem piar passou a secretário-geral do PS, aclamado pelos socialistas.
Pelo que os seus deputados revelaram, decidiu entrar mudo e sair calado nos debates sobre o orçamento.
Foi detido Sócrates, de quem Costa foi número dois entusiástico, bem como os seus actuais ‘números dois’, e decretou sobre o assunto o silêncio total.
E preparava-se agora para um congresso silencioso e vazio de ideias, tentando passar pelos pingos da chuva, lançando os problemas para trás das costas, quando Sócrates resolveu incendiar o encontro socialista.
Primeiro com Soares, depois por si, Sócrates disparou a sua “canos serrados” e, muito ardilosamente, apelando a que o partido não se intrometesse (ele se defenderia sozinho, corajosamente) embora a questão fosse política. Vai ser impossível silenciar aquele congresso e manter a estratégia de mutismo que Costa desejava. Vai ser preciso tomar posição, vai haver debate.
António Costa e os seus socialistas esqueceram-se de uma coisa importantíssima: de estratégias e estratagemas, Sócrates preso sabe mais que os socialistas todos à solta.
Os meus sinceros parabéns aos amantes do estimulante Cante Alentejano, género que hoje já ouvi em dose que dava para um ano. Não é por nada mas agora para variar apetecia-me um Vira do Minho.
“A minha empregada é preguiçosa e inconsequente mas não rouba - coisa que por estes dias é uma grande vantagem”
Ninguém dá conta no meio de tantos casos que ocupam as príncipais notícias mas...as yields das Obrigações do Tesouro a 10 anos registaram 2,891% pelas 8h55 desta quinta-feira, segundo dados da Investing.com. Trata-se de um novo mínimo histórico nesta maturidade.
O IGCP, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, realizou esta quarta-feira uma operação de troca de dívida envolvendo 1748,5 milhões de euros, estendendo os prazos para 2021 e 2023. O IGCP reduz assim em 1,7 mil milhões a dívida a pagar em 2015 e 2016.Esta sim é uma verdadeira negociação da dívida pública!
Sócrates falou - ditou ao telefone - e o "comunicado" já chegou à Imprensa. E é mesmo ele, o Sócrates tentacular, quem fala, no disparar à toa de acusações e ameaças. Com o costumeiro remate vitimizante e heróico da reza. A coisa promete.
Que se trata de uma afronta, um ataque, uma conspiração do Ministério Público... Mas - esqueceu esclarecer - do M.P. enquanto Magistratura, no todo da Instituição? De algum Magistrado em especial? Querendo isto dizer que esses malandros estiveram de tocaia, aguardando a cessação de funções do Procurado-Geral, o amigo Pinto Monteiro? E o Juiz Carlos Alexandre abençoou a cabala, embelezou-a com a prisão preventiva?
E só agora o escândalo da violação do segredo de justiça, da coscuvilhice dos jornais e das televisões, da manipulação da opinião pública? E durante o seu consulado?, questionará Manuela Moura Guedes...
A coisa promete, ficou dito acima. Sobretudo, urge decifrar a sua enigmática expressão - «este caso resolve-se com a justiça democrática». Exactamente porque a Justiça se limita a ser justa. Apodá-la de «democrática» só pode subentender a política imiscuir-se no desempenho do Poder Judicial. Com o camarada Pedroso também foi assim.
Depois de uns dias detido sob vigilância, e mal foi posto à solta na prisão preventiva, o homem conseguiu pôr, em primeiro lugar, a ex-mulher a dizer que ele só queria uns quantos livros de filosofia em língua francesa.
De seguida, em menos de uma hora conseguiu transtornar de tal forma o Mário Soares que ele quase atacava em vernáculo os repórteres que por ali acampavam (felizmente a Constança Cunha e Sá tentou pôr água na fervura mais tarde).
Por fim, em comunicado feroz para a TSF, afirma a sua inocência evidente e a luta terrível por essa proclamação sem pretender o apoio do Partido Socialista, que aparentemente não quer prejudicar, mas bem sabendo que está a incendiar o próximo encontro socialista.
António Costa deve estar deliciado. E a desejar que caia chuva à doida para que falem só nas inundações lisboetas e nada mais.
"Este processo só agora começou!", José Sócrates, via TSF.
Este atiçar do congresso do PS só pode animar António Costa.
Parece que esses "tipos", esses "malandros" dos agentes da PJ desmantelaram e detiveram um "inocente" gang de pessoas "dignas" que se dedicava ao tráfico de carros roubados. Que "malandragem", esta da PJ. "Bandalheira..."
Eu sei que não se deve rir dos velhinhos mas há gente que, por se julgar dona de tudo isto, pela arrogância e prepotência com que age e fala, só merece que uma pessoa se ria, ou se zangue. Eu prefiro rir.
Achei deliciosas as intervenções de Mário Soares hoje, na bonita cidade de Évora. Quando ele se dirige com violência à jornalista, é toda concepção dos socialistas deste país sobre o socialismo que fica escancarada. “Diga [ao juiz] que eu mandei dizer-lhe…” é simplesmente fenomenal!
Talvez já não se ouvisse tal frase desde o Marquês (nenhuma relação com a investigação em curso) do Pombal. Mesmo sem visar magistrados judiciais (por exemplo, aquele patrão furioso para a criada, quando esta o avisou de que estavam à porta pela terceira vez para a cobrança: “diga ao merceeiro que eu pago a conta quando quiser!...”), já não é coisa que se oiça todos os dias. Haja quem mande, e principalmente haja quem mande dizer. Tenho dito.
Depois, foi uma sucessão de maravilhas sobre os magistrados que orquestraram toda esta “malandragem”, esta “infâmia”, esses “tipos”, esses “malandros” que perseguem uma pessoa com a “dignidade de sempre” (o que quer que isso queira dizer), “um primeiro-ministro exemplar”. Fabuloso! Todo o respeito socialista pelos magistrados, tribunais e instituições a vir à tona.
E não estava sozinho nisto, pois “todo o PS está contra esta bandalheira”, isto “é um caso político”, “toda a gente acredita na inocência” do homem, concluiu após lhe ter sido permitida uma visita fora dos dias habituais que os restantes presos podem gozar, uma vez que amanhã tem de lançar um livro. Uma vez socialista, sempre socialista, e as bichas nos dias de visita nas prisões são bem piores que nos hospitais.
A ida de Mário Soares a Évora não foi em vão (andava mortinho por poder utilizar correctamente a expressão...): tenho estado a rir-me a tarde toda.
Percebe-se o incómodo que provoca a prisão de José Sócrates e até as reações emotivas de todos aqueles que lhe são próximos. Ninguém gosta de ver preso um familiar ou amigo. Ainda para mais antes de ser julgado e condenado. Devemos ter respeito por quem é recluso e temos até o dever de visitar os que nos são próximos. Mas, como diria alguém, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Ou seja, uma coisa é o acompanhamento e apoio aos que se encontram em momentos difíceis mas outra completamente diferente é o respeito pela Justiça e por todos aqueles que têm a responsabilidade de exercer as tarefas judiciais. Ora o que hoje assistimos com a visita do dr. Mário Soares ao seu amigo José Sócrates é o exemplo do que não deve acontecer . Afirmar que tudo isto é uma “bandalhada” é considerar que são bandalhos os Juízes de Instrução Criminal e os Magistrados do Ministério Público. Ora isto é inadmissível num antigo Presidente da República, mesmo que se dê o devido desconto da emoção própria de quem tem a idade do Dr. Mário Soares. Se os amigos políticos de José Sócrates continuarem com este tipo de posturas não só estarão a ir num caminho de confronto com o que foi pedido por António Costa como, pior do que isso, estarão a provocar quer a desordem quer a convulsão social. Até apetece recorrer a uma expressão ao Ex-Primeiro Ministro agora detido:“…é a tua tia!”
Alguém devia explicar aos jornalistas e comentadores que o mundo não está de olhos postos em Portugal por causa do sistema judicial ter detido um ex-PM, o mundo está olhos postos em Portugal porque um ex-PM teve de ser detido pelo sistema judicial.
O centro da coisa é ele, a pessoa que teve de ser detida, e não o sistema judicial, que se limitou a agir em conformidade.
Tenho ideia que por estes dias o pré-conceito (já de si inexplicável) de Ética Republicana anda no modo de baixo.
Quem ouviu em directo, ouviu dois raros e excelentes discursos na AR, um de Luís Montenegro e outro de Nuno Magalhães.
E uma pessegada sonolenta de Ferro Rodrigues, para lá da costumeira ladaínha do PCP e do seu satélite, acrescida da do Bloco.
Mas isso os noticiários (da SIC-N, que tenho em som de fundo), não referem. Dizem só que foi "um debate morno". Compreendi-te.
Todo e qualquer pasquim tem uma secção de “Altos e Baixos”.
Posso estar enganado mas tenho lido muitos jornais e não encontrei nenhum a colocar o homem em “baixo”.
Registo isso, apenas.
Enquanto os socialistas e a comunicação social amiga estiverem mais preocupados com o que supostamente neste país legalmente fizeram a um ex-PM em vez de se indignarem com o que supostamente fez ilegalmente um ex-PM a este país… o tratamento sério deste assunto não é possível.
António Balbino Caldeira é uma excelente pessoa que conheci pessoalmente aquando da visita de S. S. Papa Bento XVI a Portugal e com quem, infelizmente, tenho tido poucos contactos para lá da leitura do seu interessantíssimo blog, http://doportugalprofundo.blogspot.pt/.
Esse blog merece uma passagem por lá, até demorada, para nos reavivar a memória mas também para perceber que muitas coisas não são surpresa para alguns mais informados.
Enganei-me. A medida de coacção aplicada foi a mais grave: Sócrates está em prisão preventiva. E a Esquerda de cabeça perdida. Tudo conforme a noite televisiva de ontem.
Depois lembrei-me - «Operação Marquês»... Com acento circunflexo, logo não era «Marques», um Marques qualquer. Ocorreu-me, salvaguardadas as devidas distâncias, também o Marquês de Pombal, logo após a morte d'El-Rei D. José, se viu desterrado para os seus domínios, longe da Côrte onde durante décadas impusera a sua vontade e aonde jamais regressou. Exercera, até à subida ao trono de D. Maria I, o cargo de Secretário do Reino. Foi o 1º Ministro de então.
É claro, nos 16 anos da I República multiplicaram-se os casos de ministros e chefes de Ministérios a passarem pelos calabouços. Mas isso era fruto das sucessivas revoluções, não de processos judiciais nem da prática de algum ilícito em concreto. Não, o caso de Sócrates é diferente e não parece a República da corrupção se assuma inspirada na República da vandalização.
Sócrates protagoniza uma situação histórica ímpar, portanto. (Mesmo porque nem se aproxima do grande estadista que o Marquês foi - PPP's para auto-estradas competindo com a reconstrução de Lisboa?). Politicamente, Sócrates é um fantasma; um"careto", personagem de que ele ainda não estará esquecido.
Nada disto é importante, salvo a prisão de um ex-1º Ministro num país dito civilizado, europeu. Também parece óbvio que a pregação da não interferência nas decisões do Tribunal Constitucional não se aplicará ao juiz Carlos Alexandre. A rapaziada é assim. Nesta altura, o fundamental é a Direita saber comportar-se...
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