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Please!

por Maria Teixeira Alves, em 27.03.14

A ouvir o Pedro Silva Pereira a ser entrevistado pela Ana Lourenço na SIC Notícias. Zzzzzz... Socorro! Chamem urgentemente o José Rodrigues dos Santos.

problemas de rins

por Vasco Lobo Xavier, em 27.03.14

 

Como todos sabem, é um problema gravíssimo. Durante anos socorri-me dos do meu irmão mas ele, coitado, também tem as suas necessidades e precisa dos dele. O Zé do talho tem-me ajudado quando pode, o que é raríssimo, pois ele também tem imensas dificuldades em resolver a falta dos ditos. Não percebo como em Portugal se despreza algo tão importante com os rins, coisa que espanhóis, franceses e ingleses tratam com enorme devoção beata, como a minha. Cá não: deita-se tudo fora. Há uns anos logrei solução em Darque, Viana do Castelo, mas sai-me caríssimo em gasolina, portagens das SCUT (delícia de designação socretina, esta…), e na meia vaca que trago sempre para compensar a generosa oferta dos rins.

 

Depois ainda tem as lavagens. Novo problema, água atrás de água, algum vinagre (das poucas vezes em que não uso Moura Alves), volta a lavar e lava outra vez. Uma tarde nisto até chegar a altura da faca: ‘retirar o branco com uma faca’ parece uma máxima do auge da luta contra o apartheid mas é apenas o que se deve fazer com afinco a uma boa colecção de rins. Faca pequena e afiada, de preferência de cerâmica, e paciência aguçada. Extermine-se então todo o branco dos rins e temos novamente pela frente lavagem atrás de lavagem.

 

E depois da lavagem, a laminagem. Convém não tremer a mão pelo que se deve esperar mais um pouco para tirar uma qualquer rolha a uma companhia gelada e gratificante. Os rins devem ser laminados direitinho, para mais bonitos ficarem no prato. Finda esta tarefa delicada, saque-se a rolha e recompense-se o artesão uma ou duas vezes. Talvez três. Uma última lavagem enquanto se agradece à mão amiga que picou finamente uma montanha de cebolas. Bom tacho, bom azeite, boa camada de cebola picada, boa camada de rim, nova de cebola, sal e pimenta e cobre-se tudo com largos raminhos de salsa. Uns goles de branco não estragam nada. Fogo à peça e tapa-se.

 

Cebola e azeite farão o refogado do arroz. Não muito forte, para o sabor não se sobrepor ao do rim. Vão se roubando umas colheres de calda ao rim, que podem trazer lâminas se já cozinhadas. Aliás, a calda do arroz deve ter aí pelo menos uns 2/3 da calda do rim e só o resto de água pura. Se o dia estiver bom, talvez sacar outra rolha, mal não fará seguramente. Conclui-se, temperos a gosto, uma travessa bonita e bem arranjada, uma salsinha picada e ainda uns raminhos completos, e upa para a mesa que se faz tarde.

 

Uma delícia, mas os rins são sempre um problema para encontrar, são um problema para tratar, são um problema para tudo.

 

O fígado vai indo melhorzinho, obrigado, mas também dá os seus problemas…

 

 

(também em A Batalha)

Bom gosto

por João Távora, em 27.03.14

E eis que a mais bela bandeira do mundo volta ao Brasil

Provavelmente...

por José Mendonça da Cruz, em 27.03.14

Vejo o BES a ser posto perante as consequências das suas manobras financeiras, e vou-me perguntando: se tivéssemos tido a sorte de ter este senhor como governador do Banco de Portugal, em vez do outro senhor que o BCE tem o azar de ter como vice-presidente, o caso BPN teria tomado as proporções que tomou?

Lisboa em acção (2)

por Luísa Correia, em 27.03.14
A propósito de pequenos empreendedorismos e economias sustentáveis, não queria deixar de dar conta de um fenómeno, descoberto no Castelo «intra-muros», chamado Geladaria Portuguesa, onde se servem sabores tão surpreendentes como pastel de nata (polvilhado com canela), ginginha de Óbidos e vinho do Porto (com álcool). Haverá, por essa Lisboa ou por esse Portugal, outras Geladarias Portuguesas que nos façam momentaneamente felizes, ou há só ali?

Da Ribeira das Naus

por Luísa Correia, em 27.03.14
Fazia-me falta este rio de prata.

Na Ribeira das Naus

por Luísa Correia, em 27.03.14

Asseguraram-me no quiosque - como gosto dos quiosques de Lisboa! - que o café que aí tomei era o melhor café da cidade. Não posso confirmá-lo, porque percebo pouco de cafés e tendo a açucará-los excessivamente, o que, presumo, adulterará os sabores. Mas posso confirmar, sim, que um café tomado naquele lugar, à beira-Tejo, é, no mínimo, um café muitíssimo agradável e estimulante.

Boa graça

por José Mendonça da Cruz, em 26.03.14

A terrível ameaça de um país melhor

por José Mendonça da Cruz, em 26.03.14

O Banco de Portugal corrige em alta as previsões de crescimento e considera esse crescimento sustentável, por causa das mudanças na economia portuguesa, caracterizadas «pela transferência de recursos produtivos dos sectores não transaccionáveis para os sectores transaccionáveis». É o mesmo que escrevia, ontem, Helena Garrido no Jornal de Negócios, numa edição recheada de notáveis casos de Start`ups: sair do «Portugal povoado por empresas de construção e de sectores regulados, onde o lucro é aquele que o Estado quiser», para «outro Portugal (das) pequenas e médias empresas e uma nova geração de jovens que entram em negócios que nunca imaginámos a falar português». É um Portugal baseado (deliciosa ironia) nas pessoas, e não no Estado; na iniciativa privada, e não nos elefantes brancos pagos com dívida; nas exportações e não nas rendas garantidas. Entretanto, o défice baixa, como baixam os juros do crédito público (3% a 5 anos, um novo recorde virtuoso).

 

A coerência é uma maçada

Esse caminho está a ser feito. E o pior para a oposição e para o jornalismo cor-de-rosa é que as principais medidas do Governo são coerentes, fazem sentido como causas desse efeito. A simplificação das regras burocráticas para as empresas, anunciadas há dias pelo ministério da economia, é coerente com esse caminho.  O objectivo do licenciamento zero faz sentido. A liberdade de horários e promoções que hoje foi outorgada ao comércio é coerente com esse caminho. As prioridades para a aplicação das verbas do QREN e a responsabilização dos beneficiários faz sentido nessa via. No âmbito do investimento público, o destaque dado a portos e ferrovia faz sentido. A descida do IRC faz sentido. Os esforços para baixar a despesa fazem sentido. O combate ao défice e à dívida faz sentido.

É evidente que esta transição de um Estado socialista condenado à bancarrota para uma economia sustentável é dolorosa. Ela é feita, inevitavelmente, à custa de desemprego: em muitos casos, de desemprego perpétuo para os que foram apanhados sem armas curriculares na transição; noutros casos, de dificílimas fases de readaptação para os que voltarão a ser absorvidos pelo mercado de trabalho. Ela é feita, inevitavelmente, da redução de actividade e dimensão de sectores obsoletos ou mal dimensionados (construção, funcionalismo público). E ela é feita da redução de benefícios e direitos «adquiridos» que eram insustentáveis e foram erradamente «concedidos». Mas essa transição tanto mais dolorosa quanto mais velha a geração a que se pertença, tem o lado virtuoso de abrir horizontes de melhor vida aos novos.

 

O «homem novo» no mundo velho

Aquilo que tanto irrita Sócrates (e aliás, todo o PS, e, aliás, a imprensa cor-de-rosa) não é tanto ver-se confrontado com contradições por um jornalista sério, mas sentir o seu velho mundo fugir-lhe debaixo dos pés. Sócrates (e aliás, todo o PS, e, aliás, a imprensa cor-de-rosa) ainda defende a ilusão em que acredita. Não o ouviram louvar os níveis de crescimento de 2010? Claro que sim, porque ele (e o PS, e a imprensa cor-de-rosa) continuam mergulhados nesse mundo dos investimentos em tgvs, aeroportos e estradas que criam emprego transitório, e cujo único defeito é produzirem desgraças quando é preciso reembolsá-los. Não o ouviram protestar, há dias, as vantagens das energias alternativas? Claro que sim, porque ele continua  a acreditar (e o PS, e a imprensa cor-de-rosa) numa modernidade feita à força - sempre a mania do «homem novo», cujas únicas consequências tristes são a outorga de domínios económicos inteiros a restritos grupos económicos, e a morte da concorrência, e a subida artificial das tarifas, e a asfixia da indústria. Não o ouviram vituperar a queda do investimento público, na sua versão tão lacunar-keynesiana? Claro que sim, porque para ele (e aliás para todo o PS, e, aliás, para a imprensa cor-de-rosa) é o Estado que faz crescer, não «as pessoas». «As pessoas», para os socialistas, não estão primeiro, estão depois - é a elas que o Estado «dá», depois de provocar «crescimento». Não o ouviram (e ao PS e à imprensa cor-de-rosa) proclamar que éramos ricos no seu tempo, e o país «empobreceu» agora? Ele tinha que dizer isso, porque ele acredita no mesmo que acredita todo o PS e a imprensa cor-de-rosa: que se uma pessoa auferir 2000 euros mensais e, todos os meses, gastar 1500 euros em viagens, 600 em renda e alimentação, e 1000 em entretenimento e compras, essa pessoa vive bem; mas, se o banco exigir o reembolso do crédito, essa pessoa empobrece. E não ouviram Sócrates proclamar (e aliás, todo o PS, e, aliás, a imprensa cor-de-rosa) que estava tudo a correr tão bem? Claro que ouviram. Para eles (e o PS e os cor-de-rosa) estava tudo a correr fagueiro, e o défice, e a dívida conhecida e escondida, e o baixo crescimento, e a pobreza (que foi em 2010 que ultrapassou os 17%) tudo isso caíu do céu, obra «dos mercados», e da crise e da troika e deste governo horrível.

 

O cão e a reforma do Estado

O Dr. António José Seguro diz que tem «diferenças insanáveis» em relação ao governo. Não explica quais, nem a imprensa cor-de-rosa pergunta. Mas a verdade é que tem mesmo. O PS troçou muito do esboço de reforma do Estado feito -- para calar, admitamos -- por Paulo Portas. Mas a verdade é que, no que toca à reforma do Estado, o PS (e aliás, a imprensa cor-de-rosa) põem-se do lado da Polícia e prendem o dono do cão duas vezes. Se há uma proposta de reforma da Constituição ou de emagrecimento do monstro, cai o Carmo e a Trindade: ai que não se toca no Estado Social, ai que nem um corte nem uma poupança, ai que se é «insensível» às «pessoas». Se não há reforma do Estado, ai que o Governo não reforma.

E, a propósito, o Governo reformou o Estado? Claro que não, foi quase nada. Nem, digo eu, era possível fazê-lo no princípio do mandato, quer porque era preciso estudar o que os socialistas nunca estudaram, quer porque eram demais as terríveis urgências herdadas do desgoverno.

Um governo PSD/CDS reformará sem dúvida o Estado. Digo isto porque faz sentido com as medidas que vêm tomando.

E se o PS governar? Então estou certo que para alegria do Dr. Seguro, e de todo o PS, e da imprensa cor-de-rosa, Portugal ficará na mesma. À beira de outro desastre.

Socialistas combatendo a crise.

Lisbon Story Center

por Luísa Correia, em 26.03.14

Merece bem a pena de uma visita... COM AURICULARES e o sentido olfactivo muito atento.

O Banco de Portugal, reviu em alta as suas previsões de crescimento para este ano e para 2015 para 1,2% e 1,4%, respectivamente. Em 2016, o crescimento económico deverá acelerar para 1,7%. As exportações continuarão a crescer a ritmos de 5% e a inflação permanecerá baixa, em redor dos 0,5%.O emprego crescerá e o desemprego diminuirá. Mais, tendo em conta as mudanças na economia - de um crescimento baseado em gastos públicos e construção, para um crescimento baseado nas empresas e nas exportações - o Banco de Portugal considera que este crescimento é sustentável. Diz o BP: «Algumas características da actual fase da economia portuguesa – capacidade líquida de financiamento externo, consolidação orçamental em curso, transferência de recursos do sector não transaccionável para o sector transaccionável – constituem elementos favoráveis a um processo de crescimento sustentável.»

 A notícia do crescimento é uma boa notícia para o país. A nota sobre a sustentabilidade torna-a ainda melhor. São boas notícias. Estão acessíveis, sobretudo, onde ainda há jornalismo sério, nomeadamente na imprensa económica, que ainda sabe noticiar (ver notícias online de Jornal de Negócios e Diário Económico), em vez de obscurecer os factos com malabarismos indigentes. É que como já aprendemos, as boas notícias causam um indisfarçável incómodo nas redacções mais inclinadas para a esquerda. Sem possibilidade de colherem no Rato alguma coisinha que contrariasse ou, no mínimo, desvalorizasse o anúncio do BP, jornais e televisões foram deixados entregues aos seus parcos recursos, compensados, porém, por generosa má vontade.

Nos jornais das 13 da Sic e TVi, a notícia foi empurrada para lá de peças sobre futebol do Porto, Benfica e Rio Ave, sobre o avião malaio, sobre a Ucrânia, sobre uma audiência do caso Face Oculta, sobre um atropelamento e sobre uma outra faca e outro alguidar. Depois, lá tiveram que vir, na versão incomodada, defender que só estamos a crescer porque as pessoas gastam mais. (A RTP deu a notícia escorreitamente e sem floreados.)

O Público, em contorções dsanimadas que vale a pena desfrutar, aproveita a ideia: pois é, é só porque vamos consumir mais, e isso é «um resultado que poderá colocar dúvidas em relação à sustentabilidade da retoma». O Público estava cheio de esperanças negativas, mas, sendo elas tão claramente desmentidas pelo relatório, lá tem que admitir, «contudo» (o «contudo» é delicioso como confissão de agenda), que o Banco de Portugal previu expressamente a sustentabilidade - o contrário do que o Público diz, em resumo.

No Expresso, sempre sob inspiração do grande descobridor de talentos anti-Governo, mesmo que inventados, foram um pouco mais básicos, e trataram de desnoticiar a notícia: resolveram desvalorizar o crescimento dizendo que ele «não compensa». É esclarecedor, é claro, que o Expresso considere que não foi exactamente o para ele saudoso tipo de crescimento de 2009 o causador da recessão subsequente; mas, melhor, muito melhor que isso, é o título do artiguinho online. Quem sabe o que é jornalismo sério e limpo estranhará esta coisa: «Crescimento da economia até 2016 não vai compensar queda dos últimos três anos».

Talvez nos noticiários das 20 e nas notícias de amanhã, Sic, TVi, Público e Expresso sejam negativos um pouco mais elaboradamente. Por essa altura já terão tido oportunidade de telefonar a alguém do Rato.

O meu Portugal tem futuro

por João Távora, em 26.03.14

 

Ontem ao final da missa de Acção de Graças pelos seus 18 anos, o nosso Príncipe subiu ao púlpito onde rezou esta belíssima oração:

Senhor Deus do Universo
ao celebrar 18 anos da minha vida,
nesta terra que é a minha Pátria;
agradeço-Vos pelo Povo a que pertenço por inteiro
e por toda a minha Família.
No meu sangue transporto a Missão de servir o bem comum.
Diante de Vós venho pedir o dom de, com a Vossa Graça,
Corresponder ao que se espera de mim.
Dai-me, Pai de Misericórdia,
Sabedoria para intervir a favor dos mais fracos.
Iluminai os meus passos, 
na fragilidade insegura dos tempos.
Fortalecei o meu ânimo,
na fidelidade criativa a que me inspirais.
Nesta Terra de Santa Maria, Ó Deus de Bondade, 
eu Vos confio a minha vida.

Amen 
Dom Afonso de Bragança*

Miserabilismo militante

por José Mendonça da Cruz, em 26.03.14

Segundo a Sic, os carros que o fisco vai sortear são «carros de topo de gama». Um Audi A4 de 39000 euros (modelo abaixo do A6 e do A8 da mesma Audi, e equivalente ao Mercedes C e ao BMW série 3, modelos abaixo, nas respectivas gamas, do E e do S, e das séries 5, 6 e 7) é um carro «de topo de gama». Por oposição, é claro, à trotineta em que certamente se desloca o autor da notícia.

 

Ricardo Salgado

Ironia do BES: A holding do Grupo Espírito Santo (ESFG), que teve de registar provisões de 700 milhões de euros, escolheu a data 25 de Abril para realizar a AG. Será que equiparam esta auditoria do Banco de Portugal a uma Revolução?

 

A Espírito Santo Financial Group (ESFG) anunciou hoje que agendou a assembleia geral anual de acionistas para o próximo dia 25 de abril. O anúncio surge um dia depois da holding ter revelado que constituiu uma provisão adicional de 700 milhões de euros para garantir o reembolso do papel comercial que os investidores subscreveram.

do sorteio dos popós

por Vasco Lobo Xavier, em 26.03.14

 

O Bastonário dos Técnicos Oficiais de Contas acha que os prémios deviam ser outros e a comunicação social dá à sua opinião pessoal o estatuto de parecer científico.

As televisões em particular desdobram-se desesperadamente à procura de pessoas vulgares que sejam também contra os prémios.

As pessoas que dão a cara queixam-se pelo facto de os carros serem topo de gama. Outras por considerarem que vai ser caro mantê-los. Outras ainda porque não os querem e vão ter a maçada de os vender.

Eu, que a um carro dado não me importaria nada de o trocar por dois de baixa gama se considerasse não querer um de topo, ou de o vender acaso considerasse ser cara a sua manutenção, gastando o pilim noutra coisa qualquer, ou não me importaria ainda de o dar a alguém se fosse tão preguiçoso que não quisesse ter o trabalho de o vender, julgo que, neste país, ou está tudo doido ou ninguém se satisfaz com nada.

 

Não fora o Mar!

por Luísa Correia, em 26.03.14
(Castelo)

 

Não fora o mar, 

e eu seria feliz na minha rua, 

neste primeiro andar da minha casa 

a ver, de dia, o sol, de noite a lua, 

calada, quieta, sem um golpe de asa. 

[...]

 

Fernanda de Castro

Direita-centro-esquerda, volver

por João-Afonso Machado, em 25.03.14

A propósito das eleições autárquicas francesas, a rapaziada dos jornais criou um novo gráfico político sem eixo determinado, isto é, concebe um "centro-direita" e um "centro-esquerda", esquecendo definir o que seja o "centro". 

A circunstância talvez seja, porém, explicável sem denegrir Maurice Duverger. Assim: o que sucedeu nesta primeira volta foi uma significativa vitória da Direita sobre a Esquerda. Somente após dois anos a eleição do socialista Hollande e traduzindo um inocultável sinal de protesto contra a sua política.

É isso mesmo que custa admitir à circum-navegação da Imprensa: o insucesso da tropa PS, sobretudo em França, acima de tudo num país supostamente muito ao largo das atribulações das nacionalidades sem-abrigo como a nossa. Esbater os males da Esquerda num "Centrão" inconceptualizado será, assim, o objectivo desse velejar sinuoso que urge não deixar inconsequente.

Em suma, o "Centro" não existe. Há a Direita e há a Esquerda. Esta que se defina (mais reformista, menos revolucionária...) se não quiser ser apenas o trauma intriguista das punhaladas políticas (ou da guilhotina...) do Terror lançado pela Liberdade-Igualdade-Fraternidade.

Quanto à Direita, o rumo é certo: o da histórica actualidade e modernidade da Nação (como realidade poítica e cultural), em que envergonha sempre o odiento e extremista discurso dito nacionalista. Algo mais necessário acrescentar?

(E a propósito: parece que Sócrates não gostou de ser encostado à parede quando sentado à mesa do diálogo com Rodrigues dos Santos. Tal o levará a descambar do centro-esquerda para a extrema-esquerda do espectro partidário?).

Arte «emancipada»

por Luísa Correia, em 25.03.14

Lisboa em acção (1)

por Luísa Correia, em 25.03.14
Hoje, na Graça.

Sobre o meridiano

por Luísa Correia, em 25.03.14
"O Terreiro do Paço, excluído o rei, passava a Praça do Comércio, epíteto hoje pouco usado, apesar de evidente nas placas das esquinas. A via central evocava a Augusta Majestade, e é das poucas que se mantém, embora poucos lisboetas saibam de que Augusta se trata." (José Sarmento de Matos e Jorge Ferreira Paulo, Um sítio na Baixa)



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