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Sindicatos da função pública acusam decisão do Tribunal Constitucional de inconstitucionalidade.

Eanes

por João-Afonso Machado, em 25.11.13

No passado sábado, em colóquio a que já fiz referência, tive o gosto de interpelar o General Pezarat Correia após a sua comunicação. Em termos sumários, dois pontos marcaram a minha discordância do seu ponto de vista, esclareça-se que incidente sobre a violência entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro: queria o Senhor General a violência partiu das forças contra-revolucionárias; queria o  Senhor General, também, o MFA soube gerir o conflito e manter a barcaça no seu rumo, sem adornar nem à esquerda, nem à direita.

Lá tive de pedir o microfone para lhe lembrar que, aqui na terrinha, a sede do CDS foi desvastada em Março de 1975, e a do PCP somente em Agosto seguinte, depois de muitos atropelos dessa minoria à liberdade dos meus conterrâneos.

E, já agora, recordei ao Senhor General, no tremendo episódio do ataque ao bastião comunista, duas pessoas tinham morrido - ambas baleadas por militares entricheirados lá dentro, junto dos "sitiados". Já agora, também, na antevéspera do 25 de Novembro, um seu camarada de armas almoçara cá, em conhecido restaurante, com um grupo de civis, no intuito de assegurar todas as defesas possiveis face à ameaça de uma guerra civil.

Era um oficial absolutamente ligado e da confiança do Grupo dos Nove, e os ditos civis, na altura pulando a fronteira, ora na Galiza, ora em território nacional, se calhar pertenciam ao «famigerado» ELP. Tudo isto conforme indicações que o mesmo me forneceu.

Narro o episódio, desde logo porque soberanamente me irrita o falsear dos factos históricos. Se houve contra-revolução foi porque houve necessidade de ter mão nos excessos da revolução. Do PREC.

E acho-o não despropositado na justa medida em que hoje se homenageou o General Eanes. Um homem que eu fui aprendendo a admirar. Afinal - ou finalmente... - uma entidade séria nesta nefanda República. Que sem grandes ondas, desprezando o protagonismo, ainda agora apela ao «norteamento ético» das nossas gentes. 

É que podia aproveitar a deixa para questionar se os governantes... espera-os ou não o marmeleiro pelas costas abaixo.

É assim, pá! Não é, pá?

À paulada?

por João Távora, em 25.11.13

Hoje dia 25 de Novembro celebramos a Liberdade. Liberdade que por aqueles dias perigosos de 1975 se vinha subjugando à fórmula da paulada e da intimidação das forças de esquerda que tinham capturado o espaço público e a comunicação social.
Passados quase quarenta anos, perante uma crise financeira que nos roubou soberania e ameaça os alicerces do regime, nunca é demais lembrar que a Liberdade não é um dado adquirido, e os seus maiores adversários são o ódio e a violência. E é apenas em razão do voto livre que se conquista ou perde o poder. Vem na Constituição.

Much ado about nothing

por João Távora, em 24.11.13

Após ocupar cerca de uma página completa da revista Ípsilon do Público com a recensão à dissertação de mestrado de José Sócrates recentemente publicada com estrondo mediático, Diogo Ramada Curto conclui assim:

 

(…) Este livro não deve ser avaliado positiva ou negativamente em função da personalidade e da carreira pública do autor. Pelo contrário, a apreciação deve cingir-se ao estrito propósito universitário que esteve na génese deste livro. Entrar aqui noutras considerações, que extravasam do conteúdo do livro, seria alinhar com o circo mediático criado para a promoção do autor. Para isso já basta esta recensão. Não fora o autor o ex-primeiro ministro de Portugal, este trabalho de mestrado – tal como sucede com centenas de outros do mesmo género ou, mesmo com excelentes teses de doutoramento – dificilmente teria direito a uma recensão no Ípsilon. 

A minha avó e o Dr. Mário Soares

por Vasco Mina, em 24.11.13

 

A minha avó materna foi uma das pessoas que mais me marcou na minha vida. Teria hoje 102 anos e viveu até aos 91 anos. Filha de um republicano convicto ( o meu bisavô foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira em tempo da Reública) e de uma católica com uma Fé à prova de bala, sempre viveu com muita carga emocional a sua vida. Para ela a emoção tinha uma influência bem mais evidente do que a razão. Aprendi com a minha avó a importância dos afectos e do acolhimento ao outro e com ela visitei sempre os familiares e amigos desde os mais próximos aos mais distantes não esquecendo nunca quem quer que fosse. Tinha sempre uma palavra para todos mas sem nunca abdicar de manifestar, com muito amor e amizade, o que pensava. Aprendeu desde que nasceu (em 1912), como todos os da sua época, as dificuldades de um tempo de anarquia que se instalou no País até ao Estado Novo e depois valorizou a estabilidade e a segurança que lhe foram “oferecidas” pelos Governos de Salazar; por esta razão tinha uma obsessão – os comunistas. Para a minha avó os comunistas eram os responsáveis por tudo o que de mal acontecia no País. Em Abril de 74 eu tinha onze anos e desde logo ouvi as investidas oratórias da minha avó contra os comunistas. À época tinha dificuldade em entender o que dizia a minha avó quer porque tudo o que dizia me sabia a exagero quer, principalmente, porque a política me passava ao lado e tudo o que não fosse futebol era desinteressante; os anos foram passando e eu comecei a prestar atenção quer à política que aos comentários da minha avó: nem tudo o que dizia era um excesso de linguagem e fiquei a aprender muito do que foi viver em dificuldades financeiras.

Mas a minha avó falava alto e gostava de se ouvir. Apercebi-me disso quando a acompanhava, com frequência, à Baixa (no meu tempo de infância e juventude era aí onde se faziam as compras de roupa e outras). O lanche era sempre um momento incontornável e o encontro com as primas estava sempre agendado. Aí a minha avó excedia-se e fazia a sua propaganda em plena pastelaria Suíça (onde íamos mais frequentemente). Com o passar dos anos deixei de acompanhar a minha avó a estes “comícios” pois a partir de certa altura passei a não ter paciência para os comentários, em voz alta, da minha avó. À minha mãe coube, especialmente a partir dos finais dos anos 80, a ingrata tarefa de “controlar” a minha avó. A partir dos seus oitenta anos passou a ser obsessivamente anti-comunista e a propósito de tudo e de nada a origem de todo o mal estava no comunismo. Pior, passou a ser inconveniente e a dizer alguns disparates pois a emoção lhe tinha tomado todo o lugar que à razão também pertence.  Ao longo deste tempo aprendi a olhar com muita ternura a minha avó e a recordar o muito que dela aprendi com o seu testemunho de vida mas também a esquecer os excessos de linguagem dos anos de velhice.

Ao acompanhar as recentes intervenções do Dr. Mário Soares recordo sempre a minha avó. Nos seus comícios revejo sempre “as primas” dos lanches da minha avó mas já não encontro os netos pois (como a mim aconteceu) já não vão a estes encontros. A grande diferença está na minha mãe: não vejo ninguém da “família” soarista e socialista a evitar que se digam disparates.

 

 

 

 

Domingo de Cristo Rei (último do ano litúrgico)

por João Távora, em 24.11.13

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 

 

Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».


Da Bíblia Sagrada

Ir a Loures, ou um banho de realidade

por João Távora, em 23.11.13

"Durante anos, na Assembleia da República, Bernardino teve apenas de verter soundbites.
A “realidade” nunca o incomodou. Foi preciso ir a Loures.
Àqueles que fantasiam “alternativas”, é necessário lembrar:
em Portugal, durante muitos anos, governar será sempre ir a Loures."


Em Loures, Víctor Gaspar chama-se Bernardino Soares. (…) Eis alguns dos desabafos do novo presidente da câmara, segundo a imprensa e o site da autarquia: a “situação financeira (do município de Loures) é dramática”, “temos que procurar medidas que podem ajudar a reajustar os serviços da câmara”, temos de ver onde podemos reduzir custos”, as “decisões (estão) muito condicionadas”, “há que fazer muito com pouco”. Aos empregados municipais , extirpou todas as ilusões: “Seremos exigentes porque o serviço que prestamos terá de ser mais eficaz”. (…)
A imprensa anda enxameada de videntes a jurar que o Partido Socialista, uma vez no governo, continuará a austeridade aliado ao PSD. Ora bem: em Loures o PCP prepara-se para aderir à austeridade – e em aliança com o PSD local. No caso do PS  diz-se que essas coisas acontecem porque o partido não é suficiente à esquerda.  E o PCP?
Bernardino não se converteu. Continua a ser comunista e a preferir a democracia da Coreia do Norte. Simplesmente, o seu antecessor socialista em Loures deixou-o sem dinheiro. No seu lugar também João Semedo ou Rui Tavares estariam a falar como Victor Gaspar. (…) Porque em Loures há provavelmente dinheiro – não na Câmara mas nos bolsos e nas contas bancárias dos seus residentes. Bernardino, sensatamente, pressupõe qua a vontade dos munícipes não é entregar-lhe rendimentos e poupanças. Na Coreia do Norte, poderia expropria-los, através de nacionalizações ou de inflação, e “reeducar” os recalcitrantes. No Portugal do Euro não pode. E mesmo no reino dos Kim, nunca poderia ir além do que os seus súbditos produzissem. É isso a realidade: aquilo que resiste à nossa vontade e à nossa ideologia.

Durante anos, na Assembleia da República, Bernardino teve apenas de verter soundbites. A “realidade” nunca o incomodou. Foi preciso ir a Loures. Àqueles que fantasiam “alternativas”, é necessário lembrar: em Portugal, durante muitos anos, governar será sempre ir a Loures. 

 

Rui Ramos, hoje no Expresso

Rui Patrício

por João Távora, em 23.11.13

 

Os dois recentes erros graves cometidos nos jogos com Israel pela Selecção e no derby pelo Sporting são a excepção à regra que caracteriza um guarda-redes de qualidades invulgares como Rui Patrício. Graves erros só acontecem aos guarda-redes de classe, com presença assídua em grandes palcos onde, destacados pelos holofotes, se confrontam com enormes desafios de superação individual. 
Promovido à equipa principal do Sporting por Paulo Bento que o conhecia bem dos escalões juniores em que fora seu treinador, Rui Patrício estreou-se em Novembro de 2006 com apenas 18 anos contra o Marítimo com a defesa de um penalti que garantiu a vitória à equipa. Era o culminar dum percurso iniciado aos doze anos quando, transferido de Marrazes do conselho de Leiria de onde é natural, veio para Alvalade ganhar uns trocos. 
De origens humildes, Rui Patrício, desde cedo ostenta uma estatura física e de carácter muito acima do vulgar, e vem demonstrando ao longo da sua carreira uma enorme capacidade de trabalho aliada a uma invulgar perseverança; qualidades que, a par do seu inegável talento com os pés e nas alturas, nos levam a acreditar que continuará a destacar-se por muitos e bons anos entre os seus congéneres nacionais. Não fosse o seu nome distinto por ser o de de um herói ímpar do cristianismo, do apóstolo da Irlanda, missionário da Grã Bretanha, Patrício é um nome que cai como uma luva ao defensor das redes da equipa Pátria, lugar que no onze contém uma mística excepcional só comparável à do jogador do outro extremo que marca os golos. Não só por isso um orgulho para os sportinguistas que se reconhecem no coração de Leão que lhe bate ao peito e transparece da camisola das quinas, e tão obscuros sentimentos inflama nos adeptos das equipas rivais. 

Ora acontece que a eternidade do Olimpo é privilégio de poucos, só acessível a quem pela fidelidade a uma divisa, a um emblema, logrou conquistar o coração às suas gentes; uma utopia pouco em voga por estes dias em que a lógica mercantilista é preponderante na gestão das carreiras desportivas. Não será esse o caso do Rui Patrício que soube sofrer, crescer e afirmar-se na baliza do Sporting onde sem dúvida por estes dias já deixou marca no coração dos adeptos leoninos e um lugar na história do clube. Onde só falta um “bocadinho assim” até ao Céu: a consumação de um final feliz, que é o título de Campeão Nacional. 

 

Publicado originalmente aqui

 

Imagem daqui

Caridade

por João Távora, em 23.11.13

Já alguém forneceu o link para o deputado João Galamba, coitado, poder ver o jogo do Benfica pela net?

Enquanto isso, o que mais importa:

por Vasco M. Rosa, em 23.11.13

Sobre as proezas da I e da II Repúblicas...

por João-Afonso Machado, em 23.11.13

 

A figura do Comandante nos cartazes obrigou à comparencia. Não se desse o caso de as comparações serem de mau gosto...

Mas não. O colóquio decorreu interessantíssimo, as intervenções dos diversos historiadores revelou-se isenta, lúcida e, na parte que seria mais de acautelar, a Monarquia não foi denegrida. Para isso, lá estivemos, no momento dos debates, com memórias e argumentos bastantes, desses que obrigam os oradores e a assistência a abanar a cabeça para cima e para baixo, em incontornável sinal de concordância.

Tratou-se de mais uma iniciativa da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão. Terra onde monárquicos e republicanos convivem em paz por todos os motivos e, se calhar principalmente, porque se cuida de apurar a verdade dos factos históricos.

O resto é com as convicções de cada um.

Polícias e ladrões

por João Távora, em 23.11.13

Álcool:

 

Desde a concentração no Largo Camões, em Lisboa, às 17h30, que se viam manifestantes a beber cerveja, e alguns dos elementos mais exaltados nas escadarias de S. Bento exalavam bafo a álcool.
 

Petardos

 

O primeiro rebentou ainda no Largo Camões. Houve depois meia dúzia de petardos pelo caminho e em frente ao Parlamento.

Na linha da frente da agitação havia vários elementos encapuzados.

 

Incitamento

 

“invasão! Invasão!” O apelo foi seguido por milhares de polícias que galgaram até às portas do parlamento, com uma linha frente de mais de 100 metros até à calçada da Estrela.

 

Insultos

 

Um dos slogans gritados no protesto: “Passos, escuta, és um filho da puta”.

 

In Expresso

 

Teatro na Provincia

por João-Afonso Machado, em 22.11.13

Não é de agora a interrogação - porque Nietzsche não integra o fadário dos publicistas oitocentistas contra tudo e contra o Regime nacional, a Monarquia, em especial? De algum modo, esta peça - Eis o Homem - inspirada no seu Ecce Homo, respondeu à questão.

Sobretudo porque as perguntas do Homem, perante alguém - o Criador? - eram insuportáveis. Em total avalanche, numa teia que caía e levava consigo os dramas profissionais, familiares, pessoais, sociais, no fatal embrulho em que todos se entrecruzam, o enredo seria demasiado para quem não iria além da tontice da Revolução Francesa.

A Demagogia jamais penetraria na crítica à moral ou no eterno retorno de Nietzsche. Muito menos na equivalência entre a Política e a decadência humana. Por isso seguiu ao lado.

A peça, levada ao palco na Casa das Artes de V. N. de Famalicão, prima por obrigar à reflexão. Actores: José Eduardo Silva e Adolfo Luxuria Canibal. Bracarenses....

Vale, realmente, a pena. Mesmo porque, pouco me impressionando os aforismos de Nietzsche, um ficou verdadeiramente lapidar - «cada pessoa tem de escolher quanta verdade consegue suportar».

Não pode haver mais perfeita medida da vida para todos nós!!!

Contornos mais comuns da demência senil

por José Mendonça da Cruz, em 22.11.13

A demência senil é uma das principais causas de incapacidade em idosos. A perda da memória significa que o idoso fica cada vez menos capaz de entender o que se passa em seu redor, tornando-se mais ansioso e agressivo.

Alguns dos sintomas mais comuns:perda da memória, confusão e desorientação; alteração da personalidade e do senso crítico; depressão, ansiedade, insônia, desconfiança, delírios e alucinações; movimentos e fala repetitiva.

Inês Pedrosa contrata marido!

por Vasco M. Rosa, em 22.11.13

 

Há ano e meio (a 15 de Junho de 2012) escrevi neste blogue pedindo a demissão de Inês Pedrosa, por ter faltado ao cumprimento das suas funções como directora da Casa Fernando Pessoa. Foi giro verificar como logo apareceu Patrícia Reis — contratada sem pudor nem parcimónia pela notória amiga do peito e cúmplice das letras menores para trabalhos na Casa Fernando  Pessoa — a insultar-me relesmente. 

 

Nessa altura os seus comentários foram publicados, mas hoje não vão ser. Recomendo: vá ameaçar e morder para outras bandas.

 

Hoje uma notícia plantada no Sol deixa claro que Inês Pedrosa contratou o seu marido, Gilson Lopes, para uma mas afinal são variadíssimas coisas ligadas ao congresso pessoano que em breve se inicia em Lisboa.

 

Quem quiser saber mais que procure, mas tudo já foi visto nos meios pessoanos...

(Meios que frequento desde o início da edição crítica da INCM, como verificará quem quiser nos colófons...)

 

Houve concurso? Os valores são ajustados às funções a exercer? Gilson Lopes é um ás internacional do design gráfico e editorial? Nada disso...

 

Porque é que a empresa de Gilson Lopes não indica na sua lista de clientes a Casa Fernando Pessoa, tão prestigiada internacionalmente cavalgando o nome que tem?

 

Vai a Câmara Municipal de Lisboa proceder a um inquérito interno, clarificando com total transparência se há ou não um regabofe sem escrúpulos? Um inquérito imediato e sem limites, que vire do avesso o que estiver mal?

 

Queremos saber que trabalhos lhe foram adjudicados, desde quando, por que valores, e se há favorecimento ilícito e queixa-crime. 

 

Se estas coisas se passam debaixo dos nossos narizes, que não escapem aos nossos olhos. Ou vamos ser cúmplices disto?!!! Cúmplices ou coniventes, é quase o mesmo.

 

Queremos respostas, da EGEAC, da Vereadora da Cultura, da Presidência da CML.


Que Inês Pedrosa saia JÁ da CFP, onde aliás pouco vai... 

 

 

Só moscas

por Vasco M. Rosa, em 22.11.13
Quando vi isto pensei que seria uma boa mas cruel metáfora do país: a estrela dos notáveis hospitalários de Malta representando o cume dos nossos antiquíssimos primórdios, e por baixo e adiante, apenas uma cortina de afugentar moscas.

Memória

por João Távora, em 22.11.13

 

"O principal para que o Governo tenha êxito é saber persistir. Ter a coragem de não mudar de rumo, independentemente dos acidentes de percurso. Recomeçar, pacientemente, quantas vezes forem necessárias. Não se deixar perturbar por agressões verbais, por incompreensões ou por injustiças. Para os homens de convicção e de recta consciência, o que conta é sempre, e só, o futuro'.

 

Primeiro Ministro, Maio de 84

 

(Perspectivas & Realidade, 1984)

Mário Soares à margem da Lei

por João-Afonso Machado, em 21.11.13

Há um mito na infelicíssima politica nacional que urge desmontar: Mário Soares não "salvou" o País, em 1975, da tirania marxista-leninista. Limitou-se apenas a cavalgar a onda do descontentamento popular, valendo-se da sua longa experiência no campo da oratória, colhendo daí os seus frutos  - um lugar ao sol nos decénios seguintes em que pontificou na governação das nossas gentes.

O verdadeiro Mário Soares não é outro senão uma réplica de Bernardino ou de Afonso Costa: partidocrata, demagogo e longevo. Incapaz de algo mais do que viver de e para a Política. Correndo o Mundo, gozando a vida de cargo em cargo, de função em função, servindo-se da coisa pública muito mais do que a servindo, como era suposto ser.

E, como Bernardino e Afonso Costa, apaziguador, dialogante ou radical conforme para onde apontem os holofotes da ribalta.

Presentemente - assim se tem vindo a notar - para a agitação popular. Numa atitude que permite a seguinte formulação jurídica:

A Constituição da República Portuguesa (CRP) - a vossa, senhores republicanos! - proíbe alguém seja previlegiado ou beneficiado em razão da sua condição social (art. 13º, 2), devendo as infracções cometidas no exercício do direito de livre expressão ser submetidas aos princípios gerais do Direito Criminal (art. 37º, 2).

E, neste domínio por último referido, o Código Penal (CP) prevê a punição de quem, através da Comunicação Social, provocar e incitar à prática de crimes (art. 297º) ou à alteração violenta do Estado de Direito (art. 325ª).

Ora a conduta de Mário Soares nos últimos tempos enquadra-se perfeitamente na estatuição dos referidos normativos legais, quer os da CRP, quer os do CP.

Porque a atenção de que Mário Soares é merecedor por parte da Imprensa resulta apenas da sua condição social de venerando marechal político aposentado (que, aliás, não o é). Porque Mário Soares abusa do tempo de antena que lhe é concedido para as suas habituais diatribes contra os governantes que o povo escolheu em eleições livres, valendo-se do eco produzido por esse mesmo seu estatuto na sociedade. Porque, enfim, os seus avisos sobre o perigo da violência popular não são mais do que ameaças (quase nada) veladas de ofensas à integridade fisica de pessoas em que põe mesmo o nome - o Chefe do Estado e os Ministros em exercício.

Ameaças essas, insiste-se, tão mais notórias e estimulantes quanto é certo partirem deste "pai" ("padrasto"?) da democracia.

Aguardemos pela entrevista televisiva de logo mais, para percebermos se assim não é.

 

 

 

Duelo entre o BCE e o Bundesbank

por Maria Teixeira Alves, em 21.11.13

Jens Weidmann, presidente do Bundesbank: "Liquidity tenders for banks shouldn't interfere with the functioning of capital markets".

Mário Draghi, presidente do BCE:"We are not German ... we are acting for the eurozone as a whole"

 

A história é esta: No começo de Novembro, o BCE reduziu a taxa de juro para 0,25% a fim de tentar estimular a economia e combater a baixa inflação da zona euro (preços baixos). O presidente do banco central europeu quer no fundo mexer no calcanhar de Aquiles dos alemães, a inflação.

Draghi (que é italiano) antevê riscos de deflação na Europa e está a todo o custo a tentar travá-los. A este propósito chegou a admitir que o BCE tinha outras ferramentas para contrariar o abrandamento da inflação, destacando a possibilidade de colocar a taxa de depósitos que os bancos fazem no BCE, em valores negativos (-0,1%).

Esta medida serviria para obrigar os bancos a emprestarem dinheiro às empresas e famílias, em vez de o depositarem no BCE. No entanto, a taxa de depósito negativa também tem o risco de reduzir o lucro dos bancos quando o crédito está a cair e as instituições bancárias podem ser incapazes de passar o custo das taxas negativas para os depositantes.

A Alemanha não gostou. 

 

Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, já avisou Draghi que "Impressão de dinheiro não é o caminho para sair da crise", o que levou a Draghi a dizer a Weidmann que o BCE não é alemão.

 

Jens Weidmann numa conferência em Berlim, citado pela Bloomberg, foi mais longe e disse mesmo que algumas das decisões tomadas pelo Banco Central Europeu para conter a crise de dívida soberana estão no limite da linha que separa a política orçamental da política monetária. E defendeu que a independência do BCE pede uma interpretação estreita do mandato do banco central. 

Segundo os seus estatutos, o BCE está impedido de financiar directamente os Estados membros.

 

Como é que a inflação ajuda os países pobres e endividados como nós? Porque uma das formas de reduzir o rácio de dívida pública sobre o PIB é através do crescimento artificial do PIB, o que é possível através da inflação. Mas a Alemanha passou uma crise económica em 1923, após a Primeira Guerra Mundial, que na prática conduziu à hiperinflação. Conhecida como a política da República de Weimar, altura em que a Alemanha se financiava imprimindo papel moeda sem nenhuma contenção. A inflação é por isso um enorme trauma da Alemanha.

 

 

Mais dois vislumbres da gestão socialista (a pagamento agora)

por José Mendonça da Cruz, em 21.11.13

Ontem, na Sic Notícias, no programa Negócios da Semana, onde José Gomes Ferreira faz repetidamente - e nas palavras do seu convidado Sérgio Monteiro - serviço público, ficámos a saber mais duas preciosidades da gestão do governo Sócrates.

Primeira: em 2010, as empresas públicas de transportes do país tiveram um resultado operacional negativo de 250 milhões de euros, sensivelmente o mesmo que no ano anterior. Nesse mesmo ano, o total das receitas não chegou para cobrir os custos de pessoal -- e, obviamente, menos ainda os de manutenção, substituição de material circulante, peças, juros de empréstimos, etc. Com as medidas tomadas pelo novo governo, em 2012 as mesmas empresas públicas tiveram um resultado operacional positivo de 5 milhões de euros.

Mas isso não interessa nada, dirão socialistas e comunicação social, isso é passado!

Ora, precisamente, não é: quem sustentou os desequilíbrios foram sempre os contribuintes; e, ainda hoje, apesar de todas as medidas, os 5 milhões não chegam para pagar os juros da dívida que as empresas de transporte acumularam. Donde vem o dinheiro para pagar o que falta? Da banca (que assim o nega à economia) e dos nossos impostos pesadíssimos. Ou seja, a austeridade de hoje, a falta de dinheiro de agora, os impostos exagerados destes anos, são resultado directo do desgoverno anterior e das facturas que continuam a cair-nos em cima. E também é bom ter isto em mente da próxima vez que um grevista da CP ou do Metro do Porto nos vier dizer que paralisou em defesa da empresa e dos utentes.

Segunda nova da gestão danosa: a factura das sete estradas que o governo de Sócrates e Paulo Campos contratou entre 2008 e 2011 chega em 2014. Os socialistas costumam dizer que essas PPPs não têm custos. Agora ficámos a saber porque é que o dizem: é que se baseiam nas estimativas de tráfego feitas na altura (algumas delas pelas próprias empresas concessionárias, segundo Gomes Ferreira) que apontavam para uma receita de 710 milhões de euros em 2014. Mas, na realidade, a receita que verdadeiramente será apurada será de 276 milhões de euros.

Como foi possível uma estimativa tão descabeladamente optimista? Como é possível errar tão grosseiramente com dinheiros públicos caso se esteja de boa fé?

Não se sabe.

O que se sabe é que, mais uma vez, a factura que chega no próximo ano é de 401 milhões, mesmo depois das renegociações conseguidos por este governo, com poupança de 300 milhões em 2013 e 377 milhões em 2014.

Será, talvez, aquilo a que João Cravinho chamava as «vantagens» das PPPs para o orçamento - ou seja, um enorme tapete sob o qual esconder hipotecas futuras. Ou será, então, aquilo a que Seguro e a tralha socrática chamam «política de crescimento» - no fim, até tem uma conta «para as pessoas». Ou será, ainda, «o dinheiro que aparece sempre» do Soares das esquerdas - sem custos para ele, como nas «SC»UT, porque somos nós, contribuintes, que pagamos.



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