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Como monárquico parlamentarista, ambiciono um País com instituições sólidas e credíveis, dinâmicas na adaptação aos desafios dos tempos, e resistentes aos conflitos sectários que resultam duma sociedade civil tão vigorosa e interveniente quanto tolerante. Mas tenho para mim que o Portugal de hoje, arruinado e deprimido, é exactamente aquilo de que os portugueses são capazes, e isso é algo frustrante para quem como eu ambiciona muito mais duma Nação com quase novecentos anos.
Ao contrário da maioria dos portugueses, não alinho em messianismos, e estou convicto que a solução para o meu país começa na minha atitude, está na minha casa e no meu trabalho. Ou seja, não é possível resolver o problema de fora para dentro: é uma completa fantasia ter uma economia competitiva, instituições estáveis e condignas, apenas mudando a arquitectura administrativa (coisa em que ninguém está interessado em mexer), sem uma profunda reforma das mentalidades que comece pela assunção por cada português da sua quota responsabilidade, seja pela sua vida, família, condomínio, paróquia, autarquia, clube desportivo, associação recreativa ou partido político. Toda e qualquer teoria ou projecto que não se fundamente neste pressuposto, está votada ao fracasso, e por isso temos aquilo que merecemos. Como referia José Joaquim Lopes Praça, intelectual português do século XIX preceptor dos infantes D. Luís Filipe e D. Manuel, "o génio da liberdade alimenta-se mais dos nossos costumes que do vigor das nossas leis".
Acontece que grosso modo, somos um povo indolente e sentimental, desconfiado e intolerante, pouco atreito à partilha de responsabilidades e aos desafios duma existência quotidiana de normalidade. Vivemos a idealizar um passado heróico e na expectativa da ressurreição dum Salazar ou dum D. Sebastião, cremos em mitos e revoluções, que corrijam todas as infâmias e injustiças… perpetradas pelos “outros”.
Sem jamais desistir com todas as minhas forças de assumir um protagonismo nos destinos da minha Pátria, estou cada vez mais convicto de que vivemos hoje uma realidade nacional atomizada, e que o meu País acaba à porta da minha casa, que o meu Portugal é cada vez mais uma sólida rede de amigos, famílias e de símbolos onde o reconheço plasmado. Uma rede que funciona como uma Arca de Noé onde se preservam princípios e ideais, ou seja, a Esperança. O resto é um território que se parece demais com um condomínio que dividimos e pagamos por mera necessidade e sentido prático.
Publicado originalmente em Olhar Direito, para a série "Pensar o País". A seguir aqui.
Dá balanço, esta! Para ouvir bem alto.
Seven and Eleven, Foxtrot 1923 - W. DONALDSON
Corona Dance Orchestra
Evangelho segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.
Da Bíblia Sagrada
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