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Prezado Senhor Dr. Mário Soares:
Escrevo-lhe para o Campo Grande, convicto de que, nesta vaga de calor, aí se encontrará rodeado de todos os seus livros e quadros, menos os que conserva na Fundação ou em Nafarros. E muito a correr, somente para o informar estou de abalada em mais uma travessia do Atlântico Sul, partindo aqui do aeródromo de Braga. Tenho de chegar a tempo da final da Taça das Confederações e substituir a Presidente Dilma Youssef no Maracanã.
Nada disto constitui novidade para si, eu sei. A Presidente indisposta por excesso de turbulência popular e o sempre amigo Dr. Mário Soares a aconselhá-la - do que você necessita é de um monárquico, católico e conservador (de um anarquista, em suma), olhe aí o Machado, o rapaz vai lá...
E a Dilma telefonou-me e eu fui, ou melhor - vou. Por acaso em um momento nada conveniente, tenho entre mãos o guião para uma peça teatral, encomenda da Câmara Municipal, sobre o assassinato de um morgado minhoto seiscentista. Ainda hesitei... Mas depois, pensei, o ambiente no Brasil sempre há-de ser inspirador da escrita, assim eu consiga regressar, e enfim, noblesse oblige. Aí estou, com os motores da avioneta já a aquecer.
Suponho não cometer uma grande inconfidência se lhe contar que a Dilma, estimando-o sobremaneira, far-me-á portador de uma reduzida tanga, oferenda para o Dr. Mário Soares. Para o seu algarvezinho que se aproxima (ela acha-o abatidote e quere-o rejuvenescido) e como símbolo universal do estado a que socialistas e trabalhistas conduzem os povos, neste caso irmãos. Eu acho legal, da parte da Dilma.
Está na hora. Acenam-me de dentro do Cessna.
Não se exponha muito ao sol. Espere pela tanga. E receba as mais cordiais saudações do mais humilde dos seus colaboradores na obra imensa de salvar o Mundo,
João Afonso Machado
Evangelho segundo São Lucas
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação. Pelo caminho, alguém disse a Jesus: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».
Da Bíblia Sagrada
"A barra da minha saia
Foste tu que a queimaste
Com a ponta do cigarro"
Emissora Nacional - Repartição dos serviços de produção
(gravação de dentro para fora - Sem informação 1940/1950)
Autor: Jorge Alves
Emissora Nacional Serviço de Gravação
78 rpm Junho 1948
Dentro precisamente três meses serão as eleições autárquicas. A fraquissima votação nos partidos da Coligação é quase uma certeza e compreende-se - nunca antes houve um Governo tão impopular e, embora os assuntos não sejam misturáveis, em Portugal é deste modo que se ajustam as contas.
Por essa e por outras (não é uma interpretação minha, resulta do que gente muito próxima das cúpulas do PS me contou então), Sócrates, tentando afastar de si o incómodo de pedir a intervenção da Troika, congeminou um PEC IV, valeu-se da ingenuidade e precipitação de Passos Coelho, rejubilou com o chumbo na AR de mais esse aperto e saiu da trampa por si acumulada responsabilizando a Oposição pelo seu cheiro. Após saborosa estadia em Paris, ei-lo de novo entre nós, a destapar a fossa e a apontar o dedo a quem a não carregou.
Tudo para dizer que mais do que não admirador de Passos Coelho compete-me dedicar a Sócrates a minha total ausência de consideração. E, ainda, que se não fosse o actual, outro qualquer 1º Ministro se veria a trilhar os mesmos caminhos da aflição. Infelizmente, no que respeita a políticos, só nos é dado escolher entre maus e menos maus.
Sucede, porém, o Poder Local vir revelando - não de há muito - gente com reais capacidades e dedicação. E força bastante para (se identificadas com os partidos da Coligação) se manterem à frente das suas autarquias ou conquistarem-nas aos seus adversários. Contrariando absolutamente o expectável e prestando um valiosissimo contributo para o desmascarar do Estado e a afirmação das Regiões.
Neste Verão, quando estiver sentado numa esplanada, é melhor estar preparado para a qualquer momento ser interpelado por um jornalista de microfone em riste a perguntar: "apesar da crise, essa cerveja está a saber-lhe bem?". Hoje, nas notícias da manhã, havia mais portugueses com intenção de viajar de férias do que no ano passado "apesar da crise", os festivais de música de Verão estão cheios "apesar da crise", as estatísticas de criminalidade tinham diminuído "apesar da crise". Há poucos dias, as reportagens sobre os festas dos Santos Populares incluíam sempre o "apesar da crise" antes de mostrarem ruas inundadas de gente a divertir-se, a dançar, a comer e a beber. Tendo, claro, a extraordinária variação: "para esquecer a crise", os lisboetas ou os portuenses saíram à rua, etc. etc. Noutro exemplo recente, nas inúmeras reportagens sobre a Feira do Livro de Lisboa, que foi um êxito de público e de vendas extremamente arreliador para diversas "narrativas", lá estava o "apesar da crise", mas também vi "os portugueses procuram esquecer a crise mergulhando na leitura"...Que a crise existe estamos fartos de saber, que tenhamos esta doentia necessidade de nos estarmos sempre a lembrar dela, mesmo nos momentos de férias, de lazer, de festa, diz mais sobre a nossa triste sociedade do que não sei quantos estudos e análises.
A reportagem sobre a greve no Primeiro Jornal, o noticiário da hora do almoço da SIC generalista constitui em si uma parábola dos tempos vertiginosos que vivemos. Provavelmente à falta dos serviços da Lusa, os incidentes com os piquetes de greve na Carris foram ilustrados com filmagens de telemóvel retirados do site do Partido Comunista Português. A peça fecha com chave de ouro quando a magnânima repórter sugere a um talhante de S. Bento que não concorda com a greve como forma de luta, a alternativa das "manifestações como no Brasil”.
Como inevitável conclusão, fica que a greve está a ter um significativo sucesso na Função Pública e nas empresas do Estado. Para os portugueses em geral é só mais um dia difícil.
Segundo os jornais, Arménio Carlos e Carlos Silva deram o «pontapé de saída da greve» (sic) aos primeiros minutos de hoje no Centro de Resíduos Urbanos da Câmara de Lisboa. Gostos não se discutem... E, de manhã, o dirigente da UGT comentava na televisão tudo estar a correr bem, os camiões do lixo não tinham saído.
Os gostos não se discutem, repete-se. Vai um calor dos demónios, o lixo não consiste propriamente numa fonte de saúde, mas é absolutamente respeitável as varejas tenham os seus admiradores.
Ainda assim, dei de barato o meu direito ao nauseabundo. E logo cedinho, aproveitando o primeiro passeio das pequenas, tratei de apurar as opções do pessoal camarário aqui da terra nesta madrugada. Não fosse ter prevalecido o direito aos montículos dos restos da cozinha amontoados ao longo dos passeios.
Nada! Os arruamentos limpos como se em outro dia qualquer. Absoluta sonegação do direito aos maus cheiros e à podridão. Gostei muito da greve geral aqui para estas bandas, conforme pude depois confirmar numa minha deslocação aos correios. Persista ela todos os dias.
Um país inteiro esfalfa-se a trabalhar para tentar pagar um sector público que prefere fazer greve e empecilhar a vida aos que o pagam.
Recebemos diariamente boas e más notícias e esta semana está a ser fértil. O Boletim Estatístico do Banco de Portugal a anunciar os bons resultados da Balança de Pagamentos e ainda o retomar das exportações que, em Abril, cresceram 4%. A Direcção-Geral do Orçamento a divulgar os bons resultados (Maio acumulado) da execução orçamental. Mas os juros da dívida pública continuam em alta e num patamar que dificulta o tão esperado regresso aos mercados de financiamento. A Comissão Europeia a alertar para os riscos acrescidos da economia portuguesa.
Em tempos turbulentos como os que vivemos torna-se muito difícil fazer projecções. Por isso acompanho a opinião do Presidente do Tribunal de Contas. Para Guilherme d' Oliveira Martins, os portugueses não devem estar "nem otimistas nem pessimistas", mas sim "determinados na resolução dos problemas".
A campanha para as autárquicas que por aí nos cerca com outdoors nas rotundas do País, para além da proliferação de "independentes" revela uma enorme discrição na exibição dos símbolos partidários, que somam cada vez menos valor à candidatura.
“Não vale a pena iludir o essencial: no actual estado da arte, a esquerda em Portugal está tão bloqueada como a direita - e está longe de se afirmar como alternativa consistente ao status quo.” Este assomo de realismo pertence a Ana Sá Lopes no editorial de hoje do jornal i, que se entorna às tantas para a questão levantada na entrevista ao Eurodeputado Rui Tavares que defende a criação de novo partido à esquerda “expurgado dos complexos” que conseguisse alianças à esquerda num consequente “corte com a Troika” (leia-se a saída do Euro). Até pode vir a ser uma inevitabilidade, mas não se pode vender como boa a saída do euro cujas consequências são um inferno extremamente difícil de gerir em democracia - uma ideia que por isso mesmo tanto atrai as franjas necrófagas à direita e à esquerda. A solução deste imbróglio não é uma questão de pessoas ou de discurso, é um problema sério para a democracia. O sonho dourado de qualquer revolucionário, nacionalista, marxista ou trotskista.
A imensidão do Brasil dispersa bastante o desejável prumo da análise que a sua actual situação merece. Por onde começar, ante os que nos é dado ver? Talvez perguntando ao nosso velho Marocas para que serve um "Partido dos Trabalhadores". Sim, um partido de Esquerda nado e criado sob a benção universal dos camaradas, feito todo ele a pensar em favelas, multidões de esfomeados, abismos sociais... Enfim, nisso mesmo, nos trabalhadores.
E, é claro, um partido assim desenhado, socialista, recheado de amigos de Mário Soares, há-de, por defenição, passear sempre na governação de mãos dadas com o Estado Social.
Pois é o que se tem visto em S. Paulo, no Rio, em Niterói, Belo Horizonte... Com a turbamulta levando tudo à frente, sem transportes públicos nem serviços de saúde (então e o socialérrimo SNS, camaradas?) mas com uma Copa e uns Jogos Olimpicos à porta...
Dilma, já se percebeu, não tem o fôlego de Lula. De momento, enaltece o diálogo, anseia dialogar e promete novas medidas. Muito mal vão as coisas quando principiam as ofertas do pacote... Até porque fica a inevitável interrogação: então mas porquê só agora? Onde esteve o pacote até agora?
Infelizmente, tudo isto faz lembrar as aventuras de Tintin entre os Pícaros. Com Dilma, um Tapioca de saias; e Serafim Lampião, o loquaz Soares, ligeiramente menos encurvado mas por igual empenhado no Carnaval socialista.
Parece que o que se passa no Brasil tem mais a ver com a Pedra Filosofal. Segundo entrevista hoje do Dr. Mário Soares, ao Público, a Dilma “não tinha ideia nenhuma do que se ia passar. Eu também não. Isto surgiu e é importante. Ainda hoje [quinta-feira] falei pelo telefone com o Presidente Sarney [José Sarney, Presidente do Brasil entre 1985 e 90] e ninguém sabe bem. Os manifestantes são pacíficos, estão descontentes. Mas não sabem bem com quê. O descontentamento que cai sobre os políticos é o mais fácil. Por isso, os políticos não devem misturar-se com os negócios.” Por cá, na Grécia e na Turquia a malta sabe porque se manifesta mas no Brasil não. Será por causa daquele fruto - o guaraná?
Nunca somos o que temos.
Neste mundo há a essência e a aparência. A primeira é profunda, sólida e é onde reside o ser; a outra, será superficial, efémera, funcionando como uma capa que se encontra no meio do caminho entre essências.
O ter é do domínio da aparência. Atingido um limiar de sobrevivência, que pode mais um homem esperar que os seus bens lhe tragam? Poderá acreditar que a felicidade lhe chega através da sua acumulação, mas, claro, nunca nada lhe chegará, porque sempre haverá algo mais que ainda não tem... razão pela qual essa diferença marca mais um sofrimento (desnecessário): o do desejo de obter o que se não tem... poucos percebem que os bens atrapalham mais que ajudam. Poucos homens visam ser mais e melhores.
A superficialidade de tanta gente é marca da sua maior miséria: a inautenticidade. Há quem venda a identidade ao ter, quem abdique do que é (ou podia ser) para o trocar por umas quantas moedas de prata que, cedo e mal, gasta, perdendo assim o ter e, mais importante, o ser – a sua essência. A vida não é, afinal, uma fome de coisas, mas um tempo para ser feliz.
O dinheiro nunca é nosso, somos apenas gestores das sempre pequenas partes que, em determinadas alturas da história, nos vão chegando às mãos. Só isso. Nada mais. A forma como administramos o dinheiro que chamamos nosso marca-nos o ser. Faz-nos. A uns servos, a outros... senhores... de si mesmos e dos seus bens.
Temos esta vida, e podemos ter muitas coisas, mas somos mais do que tudo isto. A nossa verdadeira riqueza não é deste mundo.
As máscaras nunca são belas. A beleza autêntica vem de dentro, do ser, a nossa face ao mundo é um espelho do nosso coração. As nossas lágrimas vêm dos sonhos e das esperanças que somos, a luz e o sorriso dos nossos olhos, também.
(publicado no jornal i - 22 de junho de 2013)
ilustração de Carlos Ribeiro
(...)
Should Be Crying But I Just Can't Let It Show,
I Should Hoping But I Can't Thinking,
All The Things We Should've Said That I Never Said,
All The Things We Should Have Done That We Never Did,
All The Things We Should've Given But I Didn't,
Oh Darling Make It Go,
Make It Go Away...
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, porque todos vós, que fostes baptizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; todos vós sois um só em Cristo Jesus. Mas, se pertenceis a Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.
Da Bíblia Sagrada
Regresso à escrita após uma interrupção no ”Cachimbo de Magritte”. Agradeço aos meus novos companheiros do “Corta Fitas” este espaço que me cederam para dar continuidade a um caminho que iniciei no blog anterior.
Também hoje regressou o chamado “bom tempo”. Parece que não ficará por muito tempo, ou seja, a incerteza sobre o dia de amanhã permanece; o que, por outras palavras, significa que é muito difícil estimar o que vai acontecer no futuro próximo. O mesmo acontece com a situação política, económica, financeira e social do País. Se as “previsões meteorológicas” são muito mais difíceis em anos que saem fora do padrão conhecido e registado nos anos anteriores, o mesmo acontece com as chamadas projecções políticas, económicas e financeiras.
As estimativas são sempre análise do passado para projectar o futuro. Quando o presente nada tem a ver com o passado, qualquer projecção tende a ser mais astrologia do que verdadeira previsão. Por tudo isto olho com muitas cautelas as projecções que surgem diariamente (sejam do Governo, das oposições, das instituições internacionais, das associações profissionais, dos sindicatos,…). Mas estes tempos trazem consigo (pelo menos) uma vantagem: criatividade. As soluções futuras terão de ser necessariamente diferentes daquelas que temos adoptado e isso estimula à intervenção e ao debate. Aqui estarei!
Dizem que foi a Idade das Trevas, mas não é verdade, é mais um engano "deles", a querer desinformar a gente. Como bem se vê, o mundo medieval eram os mestres e os oficiais e aprendizes de cinco estrelas. Ao contrário dos sindicatos, as corporações viviam não da luta, mas da concertação de classes. E de uma realeza de crepes, doçaria e boas viandas, que isto logo à noite é que vai ser cá um festunço!...
Manda o rigor histórico se diga, calhava de vez em quando uma epidemiazita ou outra, e as inevitáveis invasões dos maus, sempre levados de vencida pelos bons. Por isso permanecemos Portugal até hoje. Na esperança de, desta feita, derrotarmos em campo de batalha, outra vez, os almorávidas do Nobre Soares.
Dilma Roussef proclamou do alto do seu medo que o Brasil acordou mais forte, e, em resposta às manifestações, prometeu mais educação gratuita, mais bolsas, mais viagens para o estrangeiro.
Nem se esperava que a resposta de qualquer esquerda consistisse em algo diferente das exactas ilusões com que cava problemas e arruina países.
Mas Dilma precipitou-se. A rua que ela diz que vai ouvir é uma mistura heterogénea, uma mistura tão pouco mobilizável como o nosso 15 de Setembro.
As manifestações do Brasil estão cheias de uma contraditória mistura de penduras e dos que estão fartos de os pagar. Estão cheias de penduras do «bolsa família», penduras do «minha casa minha vida», penduras do «minha casa melhor», penduras anafados dos créditos superbonificados para viver sem trabalhar, penduras dos que compram casa e electrodomésticos sem orçamento para os pagar, penduras que, à cautela, já vão gritando por seus «direitos», sua «justiça», seus «transportes gratuitos». Mas as ruas também estão cheias dos que estão fartos de pagar: fartos de pagar os embustes de crescimento à força de obras faraónicas, as ilusões de erradicação da pobreza à custa da engorda obscena do funcionalismo e das burocracias, a corrupção dos que enchem a boca de «solidariedade» e os bolsos de luvas - e ainda se intitulam, com sarcasmo dilacerante, de Partido dos Trabalhadores.
Mas ainda não. Dilma ainda pode descansar. A coincidência dos penduras com a gente que desejaria um país decente é só efémera.
Mas em 2015 não será. Já hoje, o crescimento do Brasil (nos dois dígitos há anos, nos 9% há um) caíu abaixo do 1%. Já hoje a inflação que o estadista Henriques Cardoso domou, espreita, animada pelos gastos perdulários (e os desvios milionários) dos Lulas e das Roussefs. Já hoje o superavit orçamental galopa para o défice. E em 2015, os estádios, as estradas, os aeroportos, as bolsas, o peso e o arcaísmo da máquina estatal, a venalidade e a corrupção estarão a pagamento. E o povo brasileiro será recordado de que não há almoços grátis e o dinheiro não aparece sempre (mas não a esquerda - a esquerda não aprende nunca).
País irmão, de facto... Conhecemos isto tão bem...
Conhecemos tão bem mesmo que não sobra nem réstea de dúvida de que, quando a direita, talvez sob o nome de Aécio Neves, tiver que pôr ordem na ruína, o sucessor de Dilma há-de criticar descaradamente as políticas de salvação. E há-de propor em alternativa, uma «política de crescimento», uma «política para as pessoas».
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