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O que vale uma boa melodia?

por João Távora, em 29.01.13

 

A revisitação dos antigos processos de reprodução sonora, além de nos conceder o privilégio de experienciar sensações e vivências dos nossos antepassados, obriga-nos a focar-nos num aspecto fundamental da música, que aqui encontramos despida de toda a gulosa parafernália de timbres, matizes e texturas sonoras proporcionadas pela tecnologia moderna: uma boa melodia.

Não esqueceremos

por João Távora, em 29.01.13

 

Com o assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe D. Luís Filipe, os republicanos  desferiram o penúltiplo golpe que despojaria Portugal da sua normal evolução para uma sociedade ainda mais livre e progressiva. Apesar dos rotineiros contratempos políticos propiciados por um regime fortemente parlamentar já bem enraizado, o nosso país beneficiou de décadas de progresso material e intelectual. Durante a Monarquia Constitucional, Portugal integrou-se plenamente naquilo a que à época era a Europa do liberalismo oitocentista.

A discrição dos lugares

por João-Afonso Machado, em 29.01.13

Deve haver quem não goste ou já não se consiga adaptar. Mas a comparação revela um abismo, e a sonoridade dos dias não cessa de diferenciar as duas realidades:  a grande cidade e a provincia urbana.

Do amanhecer ao anoitecer, a marca é cada vez mais distinta: na fluidez do tráfego, nas distâncias entre onde se está e para onde se vai, no ritmo de trabalho medido minuto a minuto, enfim, na disposição anímica de quando se reentra em casa.

Antes das drásticas decisões, a modesta opção por um mundo simultaneamente longe e perto. Perto, sobretudo, de nós próprios; longe, essencialmente, de estéreis confusões e perturbações.

Algures entre a pacatez provinciana e o bulício das metrópoles sem alma é onde deverá ficar a alternativa radical da emigração. Por via de regra, um amontoado maior de implacabilidades, de onde os sobreviventes regressam com o seu pé-de-meia ou a heróica menção de uma carreira triunfal. Evidentemente, o que se deseja é que quem vá - retorne convicto de que valeu a pena. Não se trata de apologética, somente de recordar existe vida para além dos grandes desígnios profissionais.

Instantâneos de Lx

por Luísa Correia, em 28.01.13
(No Carmo...)

"Um amanuense das finanças, que nascera com espírito, dizia outrora a Voltaire: -«É para mim uma grande infelicidade, mas nunca me sobrou tempo para ter bom gosto!» Palavra triste e profunda; - e que, se já era verdadeira no século XVIII, quanto mais exacta é no século XIX! Para ter um gosto próprio e julgar com alguma finura das coisas de Arte, é necessária uma preparação, uma cultura adequada. E onde tem o homem de trabalho, no nosso tempo, vagares para essa complicada educação, que exige viagens, mil leituras e longa frequentação dos museus, todo um afinamento particular do espírito? Os próprios ociosos não têm tempo – porque, como se sabe, não há profissão mais absorvente do que a vadiagem". (Eça de Queiroz, "Ecos de Paris")

Esta, hoje, não me sai do ouvido!

por Luísa Correia, em 28.01.13

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Manifestar solidariedade

por João Távora, em 28.01.13


A propósito de alguns infortúnios, tenho ouvido nos últimos tempos nas notícias - e hoje de novo a propósito do acidente na Sertã, a expressão “manifestar solidariedade”. Ora, eu não sei o que isso é ou qual a sua utilidade para os familiares das vítimas. Aqui entre nós, agrada-me que me manifestem simpatia, alguns (poucos) ternura, e em casos trágicos agradeço uma manifestação de pesar.
Suspeito que “manifestar solidariedade” signifique assim mais ou menos uma fórmula laica de rezar por intenção de alguém, mas sem Interlocutor. Uma modernice: bate na parede e não serve para nada.

Somos pobres entre pobres

por José Luís Nunes Martins, em 28.01.13

 

Grande é a riqueza daquele que abdicou do desnecessário. A verdadeira pobreza talvez seja a dependência que tanta gente tem em relação às suas coisas, aos seus bens, impedindo-se assim de ser livres, prendendo-se por sua vontade ao fútil e temendo, a cada dia, perdê-lo... como se a essência da vida fosse o aparente.

 

Os pobres são pessoas pacientes. A sua capacidade de acreditar num futuro melhor é a força que lhes ilumina a espera, tornando-os dignos de toda a admiração – mesmo por todos aqueles que querem tudo e... já.

 

Quando se experimenta uma vida mais austera é com alguma surpresa que se começam a descobrir belezas e prazeres mais puros, mais simples, capazes até de nos fazerem sentir bem melhores do que quando experimentávamos o requinte das ostentações.

 

É certo que hoje há cada vez mais gente que não tem dinheiro para garantir o essencial, com fome e frio, sem medicamentos, pessoas sempre sós... porque as dores mais profundas não se partilham. Caberá a cada um de nós, a mim que escrevo e ao leitor que lê, ajudar. Nunca conseguiremos ajudar todos os que precisam, mas que isso não nos sirva de desculpa para não ajudarmos ninguém.

 

É importante ter consciência que um pobre não é, em nada, menos digno que qualquer outro ser humano. Existe, por vezes, uma perversa identificação entre a pobreza e a marginalidade, e entre esta e a maldade. Talvez um certo complexo de culpa pela exclusão dos que nos são iguais.

 

Perante a pobreza porém, assumimos normalmente o lamento mas não a culpa da situação. Mas, será que somos assim tão inocentes?

 

Quantas vezes terei eu deixado de fazer o que me cabia quando uma pessoa amiga foi vítima de uma qualquer desgraça, ou infortúnio, e preferi seguir a minha vida como se nada tivesse acontecido, com o secreto argumento que devia concentrar as atenções em mim e nos meus?

 

Mas quando formos nós a cair em desgraça, e trata-se talvez de uma simples questão de tempo, aqueles que mais provavelmente nos ajudarão são esses mesmos – aqueles que ignorámos – esses de quem nos julgávamos distintos... esses que, com menos que nós, nos estenderão o pouco que têm, porque afinal eles, mais do que qualquer outros, conhecem a natureza da carência. Sabem o valor de uma moeda, de um pedaço de pão, da paz que se sente quando há alguém que nos quer mesmo escutar, do carinho que um sorriso é capaz, do valor da paciência e da partilha que são precisas para enfrentar a dureza da vida...

 

São pois os pobres que mais ajudam os pobres, com a simplicidade de nada esperar em troca... ao invés de tantos outros que cobram agradecimentos pela mais ínfima simpatia.

 

Da privação não resulta necessariamente o pessimismo, antes uma sensata consciência de que há que esperar por melhor condição; que tudo é realmente transitório; e que a cada dia cabe a sua própria preocupação... Afinal, ninguém tem o futuro assegurado.

 

É preciso escolher bem a fim de sermos livres, dizer não a tudo o que nos prende.

 

Neste sentido, somos todos pobres. Embora alguns, trocando o real pelo aparente,  julguem que têm mais valor do que aqueles que lhes pedem esmola.

 

A pior das misérias é a falta de humildade.

 

Aqueles que carregam as insignificâncias a que chamam riqueza ficam sempre demasiado pesados para voar.

 

Aceitar serenamente a pobreza essencial da nossa existência eleva-nos – e leva-nos a Deus.

 

 

 

 

(publicado no jornal i - 26 de janeiro de 2013)

 

imagem daqui

 

Os postes são como as cerejas...

por Luísa Correia, em 28.01.13
Muito interessante, o documentário que o canal História ontem apresentou sobre o papel precursor da companhia italiana Olivetti no desenvolvimento do mundo informático: a sua criação do Programa 101, o primeiro computador pessoal do tamanho de uma máquina de escrever, passando pelas bem sucedidas investigações no campo das linguagens de programação e pela invenção do cartão magnético, avô dos actuais CD's de "software". O curioso é que todo este trabalho é contemporâneo das investigações e experiências preliminares que culminariam com a chegada do homem à Lua. Tudo se passa numa época em que o comum dos mortais desconhecia que pudessem existir outros auxiliares das suas matemáticas escolares ou domésticas que não fossem o ábaco e os dedos das mãos.
Mas o melhor do documentário é o final, quando um dos intervenientes, um dos velhinhos "revelhos" que, nos idos de sessenta, conceberam o Programa 101, nos olha do seu lado da objectiva e declara com risonha bonomia: "Não se esqueçam de que não estariam aqui se nós não tivéssemos estado cinquenta anos antes". E é isto! É esta linha breve, em que julgo ver a síntese do sentido da vida - se o há -, que demarca a fronteira entre a cultura dos livros e das viagens e a sabedoria íntima e conciliadora que só o tempo traz. Como os índios, veneremos os nossos anciãos.

Instantâneos de Lx

por Luísa Correia, em 27.01.13
(Alfama...)

"A sociabilidade incessantemente amacia e arredonda as divergencias humanas, como um rio arredonda e alisa todos os seixos que n'elle rolam: e a humanidade, que uma longa cultura e a velhice tem tornado docemente sociavel, tenderia a uma suprema pacificação―se cada manhã o jornal não avivasse os odios de Principios, de Classes, de Raças, e, com os seus gritos, os acirrasse como se acirram mastins até que se enfureçam e mordam". (Fradique Mendes)

"E depois do adeus"

por João-Afonso Machado, em 27.01.13

O título é bem escolhido. A série, quase excelente (não ficariam mal umas imagens de arquivo sobre a destruição das sedes do CDS, já que à do PCP em V. N. de Famalicão foi dado o maior enfase...).

Mas o drama dos retornados - afinal, como eles sempre sublinhavam, refugiados do Ultramar- é muito conseguidamente desenhado. A perda dos seus bens, as longas filas de desespero ante o Banco de Angola, o nada que se fez para lhes dar emprego e subsistência, vem lá tudo. Confirmadamente, após dois episódios, na RTP1 aos sábados à noite.

Foram muitas centenas de milhar de portugueses as vítimas de Rosa Coutinho & Cª. A sua integração, tortuosissima, na nova vida a que os obrigaram, uma vez mais um dos expoentes altos do E Depois do Adeus.

Acresce o salutar e oportuno olhar sobre os lados mais ridículos e caricatos da Revolução, mundo insano de kamaradas.

Há-os - dos mais responsáveis - ainda vivos e impunes. Bem falantes, bem instalados, bem consigo e com as suas consciências a quem não pesam as muitas mortes e a muita miséria de que foram causa.

Ainda assim, tudo poderia ter sido pior. Não truinfasse a coragem de homens como Jaime Neves, que hoje partiu e está numa vida melhor. A quem deixo, por isso, uma obvia palavra de homenagem.

 

O rosto da liberdade

por João Távora, em 27.01.13

Jamie Neves

Recortes

por João Távora, em 27.01.13


Regressar aos mercados significa emitir mais dívida. Como é que isso pode ser motivo de alegria? Nós só sairemos da corda bamba quando tivermos uma governação que ataque as causas profundas da doença. E até agora nada de estrutural mudou. O dinheiro das privatizações não serviu para reformarmos o Estado mas para abastecer a tesouraria. Os ministros foram incapazes de distinguir o trigo do joio no funcionalismo. No mapa das câmaras municipais não se mexeu. As PPP continuam de pé. A Segurança Social continua a ser uma bomba ao retardador. O contribuinte continua a viver numa Sodoma fiscal. Ora, este esforço fiscal só faria sentido se o regresso aos mercados encontrasse Portugal menos dependente do crédito da, da dívida, dos mercados, do socialismo local financiado pelo capitalismo global. Mas a realidade é bem diferente. Passos quer manter o status quo. Ou seja, as brigadas indignadas deviam ser as primeiras a beijar a mão de Passos, a mão que marcou este golinho à Vata.

 

Henrique Raposo ontem no jornal Expresso.

Esta, hoje, não me sai do ouvido!

por Luísa Correia, em 27.01.13

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Domingo

por João Távora, em 27.01.13

Evangelho segundo São Lucas


Já que muitos empreenderam narrar os factos que se realizaram entre nós, como no-los transmitiram os que, desde o início, foram testemunhas oculares e ministros da palavra, também eu resolvi, depois de ter investigado cuidadosamente tudo desde as origens, escrevê-las para ti, ilustre Teófilo, para que tenhas conhecimento seguro do que te foi ensinado. Naquele tempo, Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito, e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos. Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».

 

 Da Bíblia Sagrada

 

Acção de Graças

por João Távora, em 26.01.13

Ave Maria - Schubert por Tino Rossi 1938 a tocar num HMV "modelo 7" de 1920. 

Instantâneos de Lx

por Luísa Correia, em 26.01.13
(Em São Pedro de Alcântara...)

"O luar através dos altos ramos,
Dizem os poetas todos que ele é mais
Que o luar através dos altos ramos.

Mas para mim, que não sei o que penso,
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos,
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos".

Alberto Caeiro

Mercados

por João Távora, em 26.01.13

 

Portugal foi ao mercado, eu voltei do supermercado. É um vai e vem e cada um é para o que nasce.


Não sei se já aqui o disse, mas as minhas simpatias políticas orientam-se pela personalidade e pelo carácter dos actores - que vou deduzindo dos seus actos - muito mais do que pelas ideologias. É por isso que não deixo de lastimar o ex-ministro Mendonça, tão cruelmente surpreendido e tão vivamente inconformado com o cenário de chocas lazarentas em que teve de se mover. E a Sócrates, consigo reconhecer qualidades de liderança, com a mesma "objectividade" com que afirmo que o seu entendimento e capacidade de gestão são pouco elásticos, no sentido de se ajustarem - talvez... - às dimensões de um lugar ou mercearia de bairro, mas não às de um país que, embora pequeno, sempre teve e vai tendo uns orçamentos e alguns vestígios de economia.
Do actual Governo evito falar - fica mal falar bem de políticos... Sendo certo que também nele detecto umas quantas personagens bastante indigestas. Mas gosto - confesso a heresia - do ministro Gaspar. Gosto das bolsinhas de cansaço que carrega sob os olhos; gosto do balanço lento do seu discurso, próprio de quem o filtra para reter a asneira; e gosto do seu ar sereno, meio ingénuo, modesto, mas "cuidado" - sexy, ao seu jeito - que não abjura o direito à falaciazinha de circunstância, mas que, no essencial, preserva a autenticidade. E não discordo, sequer, da tal austeridade que me propõe, ou impõe. É que, sobre o forrobodó da última década, já me tinham criado expectativas de ter de o pagar muito, mas muitíssimo, mais caro!

Cedofeita

por João-Afonso Machado, em 25.01.13

Ao longo das décadas o percurso de milhões e milhões. A guardar na memória bem viva desses outros tempos dos eléctricos, para cá e para lá, uma enfiada de carreiras vindas dos quatro pontos cardeais, confluindo na Cedofeita que se esvai esquecida. Como o mundo era mais largo! Com ambos os sentidos, todos os sentidos, e um espaço onde se circulava, estacionava e calcorreava. Prenhe de lojas e comerciantes vergados ao peso de gerações de comércio. Cedofeita encarnava o Porto, desde que ele transbordou das muralhas da cidade.

No inverno, as luzes, a boa guarida num cafezito qualquer. Crescendo os dias, aquecendo o ar, a visão de sempre no fim da tarde: o burguês posto na janela, já desengravatado, envergando qualquer coisa parecida com um casaco de pijama. A mirar o trânsito e os transeuntes. Era o merecido relaxe, após um dia inteiro de balcão no andar inferior.

As vidas não iam além disto. Desde a juventude, por todo um corredor terminando só nos dolorosos anúncios dos falecimentos. A igreja não ficava longe, nada era afinal muito demorado. E, como escrevia Ruben A., os eléctricos continuavam tangando via Carvalhosa... Enquanto os doidivanas dos estudantes riam e cantavam, esses estarolas!

Já à venda

por João Távora, em 25.01.13

 

"Neste livro caem os mitos que giram em torno de Salazar, Cunhal e Soares, as três figuras mais maquilhadas e desmaquilhadas pelas narrativas do costume na análise da História de Portugal."

 

Henrique Raposo

 

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