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«(...) O Douro corre ali em baixo (...). E já em 1702 é sabido que a propriedade a adquire George Maynard da Silva, inglês, comerciante opulento (...) quando decidiu encabeçar a quinta com edificação que emparelhasse com os nobres solares portugueses, rematou-a com capela com evocação condigna, da evocação de Santo Inácio de Loyola. (...) Roberto van-Zeller é um empenhado na agricultura (..). Dos antípodas vinha sobretudo o eco chamativo dos eucaliptos - e há correspondência curiosíssima trocada entre van-Zeller e cultivadores australianos (...): sementes para cá, a nossa couve-galega, em troca, para lá (...).
Por isso, os mais avantajados exemplares de eucaliptos (...). São dos mais antigos existentes em Portugal.
(...) o parque zoológico (...): reptilário araras e papagaios, lamas, emas, aves aquáticas, tucanos, aviário tropical, linces, reino dos macacos, grous, lemures, rapinas, faisões, insectário, cangurus, pantera das neves (...).
Antes do regresso, uma breve espreitadela ao horto, à "quinta pedagógica" (...). Norteiam so seus proprietários três objectivos a alcançar com este empreendimento: rentabilizar a casa e os seus 50 hectares de terra; enchê-la de vida e torná-la atractiva para a Família, no seu conjunto; realizar a funçao social de contribuir para o desenvolvimento e cultura das populações circundantes e de quem mais os visita».
Vd. A Quinta de Santo Inácio de Fiães, em Avintes, in O Tripeiro, 2002, pág. 224.
Estou habituado a ganhar e a perder, e mais ainda a ser minoria:
durmo em paz com a minha consciência.
Mas não me conformo com este emergente CDS relativista e modernaço.
Quem ontem tivesse ouvido os generalizados aplausos iniciais dos participantes no Conselho Nacional do CDS, em Leiria, à apresentação pelo Gonçalo Moita da carta de 29 de Fevereiro de 2012 dirigida ao seu presidente, assinada por onze conselheiros (entre os quais eu próprio), a respeito da necessidade de clarificação do posicionamento do grupo parlamentar do partido quanto a matérias bandeira da extrema esquerda, ditas “fracturantes”, não poderia adivinhar a violência das intervenções que se lhe seguiram e consequente retumbante derrota da proposta deliberativa apresentada por aqueles signatários da carta – sobre o projecto de acção política de carácter geral, visando a urgente clarificação da estratégia do partido quanto ao assunto.
Tratou-se, contudo, de uma derrota acéfala que assinalou uma viragem do CDS como o conhecemos até hoje e cujas consequências são imprevisíveis. Continuar a ler»»»
Homilia de Bento XVI - Havana 28.03.2012
«A verdade é um anseio do ser humano, e procurá-la supõe sempre um exercício de liberdade autêntica. Muitos, todavia, preferem os atalhos e procuram evitar essa tarefa. Alguns, como Pôncio Pilatos, ironizam sobre a possibilidade de conhecer a verdade (cf. Jo 18, 38), proclamando a incapacidade do homem de alcançá-la ou negando que exista uma verdade para todos. Esta atitude, como no caso do ceticismo e do relativismo, produz uma transformação no coração, tornando as pessoas frias, vacilantes, distantes dos demais e fechadas em si mesmas. São pessoas que lavam as mãos, como o governador romano, e deixam correr o rio da história sem se comprometer.
Entretanto há outros que interpretam mal esta busca da verdade, levando-os à irracionalidade e ao fanatismo, pelo que se fecham na «sua verdade» e tentam impô-la aos outros. (...) Além disso, a verdade sobre o homem é um pressuposto imprescindível para alcançar a liberdade, porque nela descobrimos os fundamentos duma ética com que todos se podem confrontar, e que contém formulações claras e precisas sobre a vida e a morte, os deveres e direitos, o matrimônio, a família e a sociedade, enfim sobre a dignidade inviolável do ser humano. É este patrimônio ético que pode aproximar todas as culturas, povos e religiões, as autoridades e os cidadãos, os cidadãos entre si, os crentes em Cristo com aqueles que não crêem n’Ele.
Ao ressaltar os valores que sustentam a ética, o cristianismo não impõe mas propõe o convite de Cristo para conhecer a verdade que nos torna livres. O fiel é chamado a dirigir este convite aos seus contemporâneos, como fez o Senhor, mesmo perante o sombrio presságio da rejeição e da Cruz. O encontro pessoal com Aquele que é a verdade em pessoa impele-nos a partilhar este tesouro com os outros, especialmente através do testemunho.»
Com a devida vénia ao Paulo Marcelo
Quase sempre se reza no vazio, onde sem luz e num silêncio próprio de um deserto, quase nada se vê, ou se deixa ouvir. Esta ausência de resposta acaba por alimentar muitas vezes o temor de que possamos estar, afinal, tremendamente sós.
Mas promover o bem de alguém não passa por estarmos onde essa pessoa nos veja, ou onde só nos consiga ouvir, e, muito menos ainda, que tenhamos de lhe falar constantemente.
A fé é a evidência do que não se vê, mas é também a desconfiança que faz tremer a terra que nos segura os pés. Nunca foi nem será uma apólice contra todas as dúvidas, desgostos e sofrimentos.
Com fé, e por breves momentos, podemos sentir como que uma brisa na face e aprender que existem forças que não se vêem. Afinal, o vento, tal como o amor, não se conhece senão pelo que faz. Nunca ninguém o viu, mas também nunca ninguém o pôs em causa.
Só se ama verdadeiramente em silêncio. Mesmo quem não se pode ver. Mesmo quem não se consegue ouvir. Ama-se com o que está aquém das palavras.
Deus não é o herói de nenhum conto de fadas. Está aqui, mesmo que ninguém o veja. Sempre por perto, mesmo de quem não acredita. No silêncio onde paira a certeza de que nos amará até ao fim, ou seja, para sempre.
Viveu, morreu e ressuscitou. Mas ressuscitar não é simplesmente voltar a este mundo, é viver para sempre num outro de que este faz parte.
(publicado no jornal i - 31 de março de 2012)
mais uma ilustração do meu amigo Carlos Ribeiro
Não é pela quantidade de verdades, pela pluralidade de sujeitos, que a mentira vai regendo a orquestra da vida. Seria demasiado simples, todos morreriamos laureados de mentirosos... Porque subsistirá sempre um abismo entre a crença e a realidade.
A mentira é enganosa. Dirigida aos outros. Palavrosa na ânsia de se auto-justificar. E, por isso, a querer estupidificar os destinatários, mistificando o real.
O primeiro dia de Abril será, assim, o mais verdadeiro dia do ano. A ninguém apanhando desprevenido. Honestamente. São 24 horas de predisposição para a brincadeira. Com direito, até, a posterior esclarecimento, não vá os distraídos se esquecerem da data.
Tudo para dizer que convivemos, inevitavelmente, com a mentira resultante, em regra, do medo de encarar a realidade. Aquilo que é, cruamente é, sem margens para nela se leia que poderá ser.
E na desconfiança em que a mentira nos arregimenta, lancemos mãos às pedras. Como se de bóias de salvação se tratassem, apedrejemos a falsidade com a sua ausência de intenções maléficas, porque não há manigância que resista à realidade delas emanente: ruinas, se o são; lugares de culto, asseados e preservados: ameaças de descalabro ou queda; enobrecidas ou aviltadas, deixadas aos musgos ou deles escanhoadas.
As pedras são o silêncio, a ausência de falácias. Só por isso não mentem. E suportam facilmente todas as partidas primo-abrilinas. Com o que se poderia arranjar mais um dia - o 1 de Abril - comemorativo, não propriamente das curiais questões culturais, políticas, "humanistas", enfim. Apenas da felicidade resultante de o nosso próximo, de quando em vez, nos merecer credibilidade.
Evangelho segundo São Marcos 14, 1-15,47
Jesus e seus discípulos se aproximaram de Jerusalém, diante de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, dizendo: ”Vão até o povoado que está na frente de vocês, e logo que vocês entrarem aí, vão encontrar amarrado um jumentinho que nunca foi montado; desamarrem o animal e tragam aqui. Se alguém lhes falar: ‘Por que estão fazendo isso?’, digam: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o devolverá. ”
Então eles foram e encontraram um jumentinho amarrado, do lado de fora, na rua, junto de uma porta, e o desamarraram. Algumas pessoas que aí estavam disseram: ”O que vocês estão fazendo, desamarrando o jumentinho?”Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e então permitiram que fizessem isso.
Então levaram o jumentinho a Jesus, colocaram os próprios mantos sobre ele, e Jesus montou. E muitas pessoas estenderam seus mantos pelo caminho; outros puseram ramos que haviam apanhado nos campos. Os que iam na frente e os que seguiam gritavam: ”Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Bendito seja o Reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto do céu!” Jesus entrou em Jerusalém, no Templo, e olhou tudo ao redor. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os Doze.
Da Bíblia sagrada
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inventa o direito de toda a gente a ir à praia à b...
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Excelente texto.
A conclusão a tirar é que o valor de que o autor f...