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No Público de ontem, a jornalista São José Almeida lança-se numa diatribe contra o centrista Pires de Lima, que é, toda ela, a ululante demonstração prática de como o politicamente correcto estiola e degrada o pensamento.
Que disse o zurzido Pires de Lima? Referiu-se, num jantar-comício de campanha do CDS, em Braga, à «minha menina do GPS».
Foi quanto bastou para que São José Almeida apontasse na «frase em si» todo um «programa político». Que sentenciasse Pires de Lima ao inferno posmodernista porque «a voz que ele ouve é a de uma mulher, logo é menina», e porque «ele comprou o GPS, portanto a menina é dele». E que isto é «sexismo e a perpetuação de arquetipos», e que assim «atribuem à mulher um papel subordinado ao homem», e que isto é de um «machismo empedernido», e que os políticos estão «desfasados e longe das pessoas».
Se São José Almeida se permitisse pensar fora do preconceito, como os cultores do p.c. nunca conseguem fazer; e se São José Almeida não acreditasse falar de algum pedestal que ninguém lhe vislumbra sob os pés; e se, aliás, São José Almeida soubesse, realmente, pensar - teria compreendido algumas coisas muito simples.
Primeira. Quando Pires de Lima diz «menina», di-lo porque não quis dizer «mulher». Coloca imediatamente a frase no domínio das declarações não sérias, figura que evita que zelotas como São José Almeida ponham em tribunal cada tirada de humor.
Segunda. Quando Pires de Lima diz «menina do GPS» translada imediatamente a questão para o domínio das engenhocas electrónicas, ou seja, despersonaliza a referência, diz que está a falar de bytes.
Terceira. Quando Pires de Lima diz «a minha menina do GPS» está a dizer que a menina é do GPS e que o GPS é dele. Ver nisto traços de «linguagem absurdamente sexista» é absurdamente fanático.
Quarta. Que um homem que atribui «à mulher um papel subordinado» não pode ser seguramente o mesmo que depende de uma mulher, ou mesmo de uma «menina do GPS», para o orientar.
E quinta. Que Pires de Lima, estando talvez «desfasado e longe das pessoas», no entanto obteve, na última votação a que se apresentou nas listas do seu partido, a preferência de 592 997 pessoas. São José Almeida quantos leitores tem?
O título do artigo de São José Almeida, na pág. 32 do Público, vem sob o título «Não aprendem nada?» Mas, afinal, a resposta é sobre ela e os outros fiscais do p.c. Não aprendem nada? Não.
Evangelho segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
Da Bíblia Sagrada
Na segunda-feira dia 6 de Junho inicia-se a hercúlea tarefa do País apanhar os cacos partidos, de modo a enfrentar-se a mais penosa conjuntura política e económica vivida na frágil democracia portuguesa. Se é compreensível que o PSD e o CDS recusem a inclusão do protagonista desta vertiginosa espiral de ruína para a árdua missão de resgate, já não me parece razoável que no PS alguém venha agora impor condições para o auxílio.
É de facto muito pouco o que separa hoje Portugal duma enorme catástrofe política e social. Nesse sentido, as declarações de Manuel Alegre ontem em Coimbra, reclamando o estatuto de oposição para o seu partido caso não vença as eleições, pecam não só por um escabroso tacticismo politiqueiro, mas uma deplorável falta de patriotismo. Deformidade essa que já constava na duvidosa folha de serviço deste lírico bardo da 3ª república.
Em estéreo
Há anos que os principais diários portugueses vêm registando quedas de audiência. É justo e merecido. Basta ler a cobertura desta campanha eleitoral para desejar que a queda de audiências se acentue ainda mais.
Há anos que os telejornais privados tentam em vão ultrapassar as audiências do jornal das 8 da RTP. Basta ver a cobertura desta campanha eleitoral para desejar que nunca o consigam.
Alguns exemplos.
Durante esta campanha eleitoral emergiram três notícias grandemente relevantes e profundamente graves que deixariam agitado e lançariam na senda da investigação qualquer jornalista minimamente sério e medianamente inteligente.
Soube-se, primeiro, que o governo andava a fazer dezenas de nomeações de última hora (que, ao contrário do que foi dito, produzem efeito no momento, e não apenas quando publicadas em Diário da República) e, do mesmo passo, a dar instruções para as manter secretas.
Sobre isto, um «jornalista» da Sic, destacado para a campanha do PSD, disse que «era um caso de campanha», e que «vamos ver quanto tempo dura». Outro «jornalista» da Tvi foi mais longe, e ralhou com a fonte, declarando que Passos Coelho faltou à promessa de não levantar polémicas, e que era «um caso de faz o que eu digo não faças o que eu faço».
Ver um jornalista protestar porque lhe puseram uma notícia no prato, é surpreendente e confrangedor. E tem uma de duas explicações possíveis: o homem é estúpido ou é socialista. Jornalista é que não é.
Soube-se, em segundo lugar, que o governo falsificara as contas da execução orçamental: atrasara o pagamento de 200 milhões de euros para parecer que a despesa estava a descer 3,6%, quando, incluindo essas verbas, a despesa teria descido 1,6%, abaixo do compromisso com a missão tripartida.
Sobre isto, os jornalistas das privadas voltaram a falar em «caso», após o que se remeteram a insistente silêncio. E quando Sócrates deu para a falsificação uma explicação mentirosa (que eram só pagamentos para a Caixa de Aposentações) calaram-se e continuaram calados. O Público do dia seguinte foi bastante mais longe. No seu termómetro de campanha, punha Sócrates em alta, porque tinha «estado no seu melhor» ao contra-atacar.
Ver um jornal que já foi de referência elogiar um político porque mentiu com grande ânimo e determinação é supreendente e confrangedor. E tem, é claro, uma de duas explicações: o autor do termómetro de campanha é estúpido, ou, então, é socialista. Jornalista é que não é.
A terceira notícia gravíssima deu-a o Diário Económico (a imprensa económica, com relevo para o Jornal de Negócios, é, hoje, um oásis de jornalismo no meio da mediocridade geral). Revelou o Diário Económico que, em Abril, o governo Sócrates obrigou o Fundo de Estabilidade da Segurança Social a comprar 180 milhões da sua dívida. Qualquer jornalista, qualquer patriota, não deixaria mais em paz um ainda primeiro-ministro (sobretudo um que se proclama defensor do Estado Social e faz terrorismo contra todos os outros) que sorve dinheiro de um fundo criado para garantir que não há desordem no pagamento de reformas, subsídios e pensões.
Mas à notícia do Diário Económico seguiu-se o silêncio geral. Neste caso, o calado não é o melhor. É estúpido ou é socialista. Jornalista é que não é.
E nem quero recordar as manchetes de Fevereiro (sim, há 3 meses) em que o Expresso anunciava que o défice tinha caído a pique e que «FMI já não vem». E nem quero lembrar a descoberta da Visão, esta semana, de que os fantasmas são de direita.
No meio disto (aceito que talvez por medo) vem sendo a governamentalizada RTP a fazer uma informação menos escandalosa.
Seja como for, também ela terá que responder, no dia 6 de Junho, pela orgia de sondagens incompetentes ou manipuladas com que nos foi enchendo os ouvidos de «empates técnicos» e «PSD não consegue descolar». É esta espécie de trabalho pago por fora que passa, hoje, por jornalismo.
«Portugueses:
Para homens de dignidade e de honra, a situação política do País é inadmissível.
Vergado sob a acção de uma minoria devassa e tirânica, a Nação, envergonhada, sente-se morrer.
Eu, por mim, revolto-me abertamente.
E os homens de valor, de coragem e de dignidade que venham ter comigo, com as armas nas mãos, se quiserem comigo vencer ou morrer.
Às armas, Portugal!
Portugal, às armas, pela Liberdade e pela Honra de Portugal.
Às armas, Portugal!».
Esta não é uma proclamação recente, da autoria de um Otelo ou de umas Brigadas Revolucionárias quaisquer. Data de 1926 e o seu teor expressa bem a coboiada que foi a I República. Com ela o Marechal Gomes da Costa deu início à chamada Revolução Nacional, com princípio em Braga - que delirantemente a aplaudiu, como o Porto também e o resto do País, cansado de golpes, contra-golpes, politiquices, corrupção e fome.
E a Revolução atravessou pacíficamente Portugal e foi instalar-se em Lisboa, onde se demorou 48 anos. Tantos quantos viveu a II República. A mais longeva filha da República-mãe.
O preço da extinção da "ditadura das ruas" foi elevado. A II República surgiu muito autocrática, impondo o silêncio a toda a gente. Refinou a actuação da polícia política, perseguiu, prendeu, torturou. Actualmente, é de tal modo execrada que os próprios republicanos a renegam. Esquecendo que, na tirada final dos seus dias, os propósitos liberalizantes de alguns foram aparados cerces pela facção mais ortodoxa, encabeçada pelo Presidente Almirante Américo Tomaz.
O que será a IV República ainda não sabemos. Sabemos apenas que os mais entusiastas da actual, a III, gastaram 10 milhões de euros a comemorar o fim da Monarquia.
Quando o País, de Norte a Sul, já era, como é, literalmente, uma casa de penhores!
Não gostei de ler no Público que Pedro Passos Coelho é liberal nos costumes. Não gostei e espero que seja só para não criar anticorpos na comunicação social, até às eleições. A direita espera que Passos Coelho (que é católico, pelo menos foi educado como tal), não ceda às pressões dos fracturantes. Para isso já lá temos o PS e companhia. Bem sei que adopção pelos homossexuais não está no programa do PSD e espero, para bem das crianças, que não venha a estar nunca. A direita conta também com o papel do CDS PP para travar essas medidas demagógicas defendidas por um certo lobby. Se há coisa que espero de Passos Coelho é que este não ceda a lobbies com poder de propaganda!
Um espaço de inconformismo e denúncia. Socratesleaks é um tratado.
Ainda baila nos olhos da multidão a imaculada aparição de Louçã a amanhar um peixe-espada. Portas está com um problemazito de herpes labial. Continua por anunciar a posição oficial dos Verdes, ecologistas, face às poluentes descargas de tinta nas escadarias da Universidade coimbrã: a CDU vacilará? E, em entrevista de ócio à Renascença, Passos Coelho exumou a questão do aborto - já no exterior, penhoradíssimo, Sócrates abraçou-o e soltou o seu proverbial "porreiro, pá!".
Assim vai a campanha eleitoral.
A indecisa esmagadora maioria dos portugueses protesta, cansada de não ter por onde decidir. De permeio, manifesta o seu desagrado face à governação socialista, mais Vader agredido, menos megafone estilhaçado. Mas quem não saltar de felicidade, quem protestar, é fascista. João Soares, a noite passada em Faro, uma fera, um paladino da Liberdade.
Em crónica recente, Manuel Falcão invoca os 3 D's que nortearam o magistério socrático: Desemprego, Dívida e Descalabro. Excelentemente sintetizado. E acalenta a esperança de Hollywood lançar mãos à obra, como quem diz, a uma mega produção sobre Portugal. Com Sócrates em vez de Cleópatra, penso eu.
Em declarações à Rádio Renascença, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu que a última lei do aborto aprovada pelo Parlamento - que despenaliza a Interrupção Voluntária da Gravidez até às dez semanas - pode "ter ido um pouco longe demais" e tem de ser reavaliada, não excluindo a possibilidade de realização de um novo referendo sobre a matéria.
Para Sócrates, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez "foi uma mudança que pôs o país à altura dos tempos". Esqueceu-se de acrescentar dos TEMPOS de CRISE!
Já agora e para responder às críticas do líder do PS de que isso não estava no programa do PSD:
Passos Coelho esclareceu:
"o PSD não tem uma agenda para propor a realização de um novo referendo sobre o aborto", reforçando: "O PSD não toma nenhuma iniciativa nessa matéria, não consta do nosso programa, nem eu anunciei que ia propor a realização de um referendo".
Contudo, o presidente do PSD defendeu que "em democracia não há temas tabus" e considerou que "se existirem cidadãos portugueses que queiram discutir a questão do aborto, ela é discutível".
«O Sr. Lopes, um nariz maior do que um repolho sanguíneo, como um tomate maduro, reformara-se já de "chofer de praça". Deixara há muito o seu Austin A40 (um "Bolinhas"), onde, quantas vezes, transportara a minha avó, a minha tia, a minha mãe - e eu com elas -, e sustentava a velhice a vender carrascão e nicotina aos da sua idade e à ganapada. Sobretudo aos de mesada mais comprimida. Um dia reconheceu-me, neto da minha avó, sempre minha, e alto e bom som proclamou este seu achado. Que não, redargui, "está enganado". (Apressei o pagamento dos dois cigarritos que comprara). - "É, é" - teimava o Sr. Lopes. - "Não sou, não sou" - insistia eu. Sim, sim; não, não, - até que disparei pela porta fora, ávido de sol e envergonhado como S. Pedro. Porque, como ele a Cristo, repetidamente renegara, tal o medo de uma denúncia por fumar, a avó com que o Senhor fora servido agraciar-me».
(in Famalicão - Recordações de uma Vila, ed. Círculo de Cultura Famalicence).
Continuam a ser o sinónimo de voos felizes e fecundos. Sem ansiedades, sem gritaria, sem o malfadado stress. Grande lição, a das cegonhas, mais as suas janelas de vidros duplos voltadas para a chinfrineira da rua.
Talvez porque os Bancos não as sorvam com juros, nem o Estado com impostos. Afinal, as cegonhas limitam-se a andar por aí, jamais perdendo o estatuto de gente de bem.
Lá vem uma, com o papo cheio, adivinha-se. Está, corriqueiramente, de regresso ao ninho. Há muitos anos que come o mesmo e não paga mais.
O circuito é sempre o mesmo: principia na Internet, curva nos jornais e acelera na vasta recta das televisões, até voltar a passar pela zona das redes sociais e dos blogs. De onde eu relato agora.
As imagens da jovem de 14 anos a ser agredida - a pontapé, arrastada no chão pelos cabelos - são de arrepiar. Aquela sova inquestionávelmente deixará marcas para toda a sua vida.
O ódio e a crueldade das que lhe bateram e dos mais, rindo e comentando enquanto fotografavam, é a outra faceta deste apocalíptico percurso.
Mas será desnecessário prosseguirmos nos caminhos do notório (e público): a selvajaria campeia. Entre "meninas" também.
Uma testemunha do sucedido - cinco pêlos sobre o beiço, outros tantos no queixo, o eterno boné de pala, comentava alvarmente perante as câmaras: «filma-se para mostrar depois; a maior espiga foi pôrem na Internet»!...
Pois, não fora esse percalço...
E do lado de quem são expectáveis providências adequadas?
A resposta é simples: os Tribunais de Família e Menores, intervindo numa das mais sensiveis áreas do Direito, são o que são - encurtando razões, de uma impreparação confrangedora; o Ministério Público, já veio esclarecer, não dispõe de meios para detectar crimes divulgados pelas redes sociais; o legislador é brando, excessivamente brando, e tortuoso na tramitação processual por si congeminada; e as instituições de integração social espantosamente irresponsáveis.
Contas feitas, não faltarão atenuantes ou obstáculos à realização de justiça. Conforme-se a vítima com o previlégio de ter sobrevivido - sem sequelas físicas.
E até ao próximo "caso", então. O assunto do dia amanhã já será outro, com certeza.
A manifestação estudantil ontem em Coimbra afrontando um comício comunista em protesto contra a propaganda da CDU pintada na escadaria monumental da universidade, constitui um irónico sinal dos tempos. Pensando melhor talvez não. Afinal, quem, senão a juventude inconformada para confrontar a força política mais esclerosada do panorama português com as suas práticas.
PS: sei que este post contraria uma moda muito em voga de complacência para com o PCP, hoje maioritáriamente um reduto de osbtinados velhinhos nem sempre estimáveis. O facto de ter "história" e ser decadente não deveria conceder essa espécie de estatuto "aristocático". Para ter "história" basta existir. Só a falta de memória ou ignorância permite essa complacencia por um partido de génese tirânica que fez demasiado mal a demasiadas pessoas...
Imagem daqui
Garantir que “Não. Não admito recorrer ao FMI porque Portugal não precisa de ajuda nem de assistência para resolver os seus problemas” (9.11.2010).
Asseverar que “Portugal não tem qualquer problema no seu sistema financeiro”. “Temos mesmo um dos sistemas financeiros que menos consequências sofreu em 2008 e em 2009.” (22.11.2010).
Retorquir que“Os jornalistas só falam do FMI, mas Portugal não precisa de nenhuma intervenção externa, não precisa de nenhum FMI, nem de nenhum conselho do FMI. Estamos a obter resultados” (28.1.2011).
Jurar que "Eu não estou disponível, da minha parte, para governar com o FMI" (20.3.2011).
E, no fim, anunciar "um bom acordo" com a troika (3.5.2011) e candidatar-se a primeiro-ministro com o FMI...
Deus criou o Mundo e depois...
Criou os Suíços e fê-los limpos e pontuais,
Criou os alemães e fê-los trabalhadores e disciplinados,
Criou os franceses e fê-los agricultores e gourmets,
Criou os italianos e fê-los poetas e cantores,
Criou os espanhóis e fê-los aventureiros e corajosos,
Criou os portugueses e fê-los socialistas, inteligentes e boas pessoas.
Veio o Anjo São Gabriel e disse:
“Senhor, destes a todos duas qualidades e aos portugueses destes três. Não é justo”.
O Senhor não podia voltar atrás e disse:
“Então cada português só pode ter duas destas três características:
Ou é socialista e inteligente mas não é boa pessoa,
Ou é socialista e boa pessoa mas não é inteligente,
Ou é boa pessoa e inteligente mas não é socialista “.
Contra o habitual, assisti hoje a um pouco de campanha eleitoral no noticiário televisivo. E não tardou me chegasse à memória o "Os deuses devem estar loucos", e aquela lata de coca-cola caída do céu na tola de um pigmeu.
Assim Pedro Silva Pereira - está gordo, governar faz subir o colesterol... - desabou em cima de Alijó. Entre o vernáculo de alguns indígenas e, já no palco, o auge da demagogia, o apelo à derrota nas urnas - da "agenda da Direita"!
Silva Pereira - e, como ele, tantos, obviamente - terá pinchado dos bancos da Faculdade para um gabinete qualquer. De Vila Real, onde é cabeça de lista pelo PS, há-de guardar uma vaga recordação do Circuito e meia dúzia de dossiers decorados a correr, para não fazer completa má figura. Mas tanto não chega para se dar a entender a quem, seguramente, não sabe, nem quer saber, o que são "agendas políticas".
Os comícios resultam nisso mesmo: em expressões ocas, grupos arregimentados, um vitelo a assar e um cançonetista lamechas a cançonetar. Mais as enteadas das "Mães de Bragança", em cuecas, saracoteando-se atrás dele. E chega-lhe com força no acordeão e nos bombos!
O efeito destas bizarrias é para ser produzido nos ecrans. Lá, sim, a imagem do entusiasmo popular ainda conseguirá enganar alguns incautos. No mais... antes as arruadas e as inevitáveis beijocas lambuzadas das velhotas.
Num caso e noutro, porém, o povo não se dá conta de que está a ser utilizado. E de que maneira está!!!
A propósito de sondagens, que como sabemos "valem o que valem", apresenta-se o blogue Margens de Erro, onde Pedro Magalhães explora a matéria com mestria, elaborando fascinantes "tratamentos" às tendências que vão sendo publicadas. Já na barra lateral.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Não "aumentou" impostos, teve de aplicar um resgat...
Tresanda a cheiro de água benta, que de resto é o ...
E não houve sempre, no tempo dele, uma "instituiçã...
Preservar o catolicismo em Portugal será mais simp...
Passos tentou!?Aumentou impostos, criou novos. Alg...