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Em Portugal as opiniões das pessoas formam-se por chavões, repetidos à exaustão, chegam a todo o lado.
Chavão um:
"Manuela Ferreira Leite (candidata pelo PSD contra Sócrates nas últimas eleições) não tem jeito para Primeiro Ministro. Não fala".
"O problema de Manuela Ferreira Leite é quando fala. Não sabe falar em público". "É muito velha. É de outro tempo. Parece uma professora. Só diz asneiras. São só tiros no pé. Veio defender a procriação".
Chavão dois:
Depois das eleições darem a vitória a Sócrates e depois da bancarrota:
"Manuela Ferreira Leite era óptima, devia ter ganho as eleições, ela bem avisou da situação económica, mas ninguém lhe deu ouvidos".
Chavão três:
"Paulo Portas dava um óptimo Primeiro Ministro. Porque discursa bem"
Chavão quatro:
"Sócrates é muito bom. Porque discursa bem e é combativo".
Chavão cinco:
"Passos Coelho só dá tiros no pé. - Porquê? Então foi aquilo do Nobre e de dizer que vai subir o IVA. - Do Nobre porquê? - Porque o Nobre disse uma coisa e fez outra. - Mas o IVA vai se calhar ter de subir. Preferem que se minta como faz o Sócrates? - Pois isso não sei".
Chavão seis:
"Cavaco Silva é mau porque inventou que o Sócrates o tinha sob escuta"
"Cavaco Silva é mau presidente. - Porquê? Porque não fala"
Chavão sete:
"O PSD não é de direita. - Mas defende a alteração da constituição de 75, defende as privatizações de todas as empresas, defende o principio do utilizar pagador. - Pois mas não é de direita. Porque a direita gosta mais do CDS. - Porque? - São pessoas conhecidas e o PSD, o líder é de Massamá. E depois tem aquela mulher. - Qual é o problema? - Nenhum, mas não fazem um bom par. - Então preferia que ele não tivesse uma mulher?! Não fosse uma família? - Pois isso já é com a vida de cada um. É a tolerância sabe".
Começo a acreditar que o Durão Barroso foi eleito porque é casado com uma Uva, o Santana Lopes ganhou a Câmara de Lisboa porque era do social. Esta é a nossa Direita, um bocadinho Fútil, não vos parece?
Decorre cá em Portugal, à porta fechada. Mesmo nós, da Comunicação Social, apenas temos acesso ao parque de estacionamento. No Grande Congresso das Bruxas (GCB) a complexidade dos temas não está ao alcance das gentes. Sempre assim foi, e é-o sobretudo este ano.
Por razões de segurança, explicam os encartados em feitiçaria. Não vá algum leigo sair dali transformado em sapo ou a rabiar como uma cobra. O ambiente é pesado e escuro como uma noite de lua nova. Trocam-se acusações mútuas de prática impune de magia negra, todos se querem arautos da magia branca. Salvífica.
Ninguém sabe para quando o fim dos trabalhos. Sobretudo depois das mais recentes intervenções dos convidados oriundos das castelanias onde o vento uiva e a neve se acumula. Ao lado dos quais os nacionais, nossos, cumprem o simplório papel de aprendizes de feiticeiros. E, resmungando embora, acabam obedecendo servilmente ao jugo da fatalidade. Isto é: dos efeitos das varinhas de condão que apontaram aos próprios pés.
Assim os comuns mortais escapem à previsivel guerra de raios e coriscos em que possa acabar o GCB. Sem maçãs envenenadas e com uma sopinha inocente a confortar-nos o dia-a-dia. Abracadabra.
A noite de 2 de abril de 2005, na qual João Paulo II morreu, aos 84 anos de idade, foi, pessoalmente, muito longa, cheia de trabalho, de cansaço, de sentimentos que se misturavam.
Depois de vários dias a seguir o progressivo agravamento do estado de saúde do Papa polaco, o desfecho era anunciado e mais do que previsível, mas só às 21h37 de Roma é que tantos e tantos se confrontaram com o final de um percurso de vida notável.
O Papa caminhou serenamente para a hora do adeus e o mundo acompanhou-o com a sua solidariedade e oração, numa prova suprema da universalidade desta figura incontornável.
Nenhuma cara seria tão familiar, no conjunto dos cinco continentes, como a de este homem de branco que recebeu milhões de pessoas no Vaticano – seja em celebrações litúrgicas, seja em audiências públicas e privadas -, e foi ao encontro delas, nos seus países, nas suas 129 viagens fora da Itália.
Milhares de milhões habituaram-se, por outro lado, à sua presença nos meios de comunicação social e foi através dos media que acompanharam o desenrolar do estado de saúde do Papa. Mais do que nunca, João Paulo II pareceu ser um familiar de homens e mulheres de todo o mundo, que assistiram ao agravamento das suas condições e ao anúncio do seu falecimento.
Ao muito material biográfico que estava preparado, no meio da azáfama de reações e comunicados que chegavam, acrescentei uma última linha, pouco profissional, por certo: “Hoje, 2 de abril, o último gigante do nosso tempo morreu no Vaticano”. Espero que os leitores não a tenham levado a mal.
Seis anos depois, a beatificação de Karol Wojtyla é um momento de memórias, muitas, lembrando as manifestações de tristeza e homenagem que, posteriormente, se foram transformando numa festa serena.
Apresentar João Paulo II como modelo de fé e de espiritualidade não é, obviamente, um atestado de perfeição à sua vida, mas é um apelo ao essencial, ao mais íntimo, ao que moveu poderosamente esta figura da Igreja Católica num tempo difícil da história da humanidade, apesar das suas limitações e dos seus erros. E é um momento especial para aqueles que o conservam na memória, como se nunca fosse partir.
Octávio Carmo, daqui
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Mas eis que tudo se transforma no instante de uma curva da ferrovia. Regressam as estradas marginais, os automóveis a par com o comboio, tão a par que os seus ocupantes quase familiarmente se empenham em conquistar-nos uma qualquer meta, além mais. Voltam também as fábricas, o casario, gados domésticos, renques de eucaliptos. As cores produzidas pela imaginação das gentes… Em resumo, retalhos, a maior parte dos quais de nenhum proveito para a vista. E a tesura dos ciprestes previne a proximidade do cemitério onde jaz, e de onde não volta, a magnitude da lezíria. Estamos chegados a outro planeta.
Ou, numa primeira impressão, a um filme de ficção científica. Multiplicam-se os carris, alargam-se as linhas sem continuidade, dispersas nas décadas. Vai esmorecendo o feroz ritmo em que seguimos, o bastante para sentirmos o esquecimento, a humidade ferruginosa reinante. É o retorno ao caos. Ao luto de tantas carruagens, tantos vagões, apodrecendo nas redondezas. Na envolvência de oficinas que talvez já nem o sejam. Uma lanceta a cravar-se-nos no coração, a do abandono, deixando um rasto oxidado na memória dos viajantes. Porque em quanta daquela sucata não nos assentámos, sabe-se lá quando, confortavelmente instalados, a percorrer o País?
Evangelho segundo São João 20, 19-31
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
da Bíblia sagrada
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