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A tolerância de ponto na Quinta-feira Santa resulta de uma tradição cultural.
A indigitação para 1º Ministro do dirigente máximo do partido mais votado corresponde a uma intocável tradição política.
A prorrogação do prazo de entrega das declarações fiscais vem sendo, ano após ano, uma pacífica tradição administrativa.
Até hoje, parece. Assim apanhando desprevenidos- com o fim dessa inofensiva tradição - cerca de 500.000 contribuintes, engarrafados frente ao portal da DGCI. Querendo cumprir as suas obrigações tributárias sem o conseguir. E com uma coima suspensa sobre as suas cabeças, qual espada de Dâmocles.
Não obstante, a oclusão dos serviços fora detectada a tempo de os interessados avisarem o Ministério das Finanças, solicitando lhes fosse concedido mais tempo para o aludido efeito. Mas sem lograrem convencer os poderes decisórios.
A explicação parece maquiavélicamente simples: contas feitas, surge assim no horizonte um encaixe de 58 milhões de euros, mais coisa, menos coisa, em coimas aplicáveis nos processos contra-ordenacionais que, inevitávelmente, serão movidos aos involuntários inadimplentes. A que acrescerão as taxas de justiça para quem não se conforme com a sanção e actue judicialmente.
Uma receita extraordinária sem dúvida oportuna nesta hora de insolvência estatal. E outra inundação dos Tribunais Administrativos e Fiscais, onde já agora só de bote ou de barbatanas nos conseguimos movimentar.
Enquanto isso, a campanha eleitoral prossegue. Com Sócrates vangloriando aos quatro ventos o seu Simplex.
O problema não está no Estado ou no mercado, mas numa deficiente interacção entre os dois. E é por isso, para terminar, que ouvir Paulo Portas dizer que está “à esquerdado PSD nas questões sociais” é decepcionante. Quanto mais precisamos de um novo discurso, mais o antigo sobrevive em quem menos se espera.
Além disto que hoje refere Pedro Lomba hoje na sua crónica do Público, parece-me que a irreflectida declaração de Paulo Portas subentende a cedência “de bandeja” dos valores solidários à esquerda. Um disparate, ou chamem-lhe um tiro no pé, que só o jornalismo regimental, venerando e obrigado não dá conta.
De resto, e a propósito de algumas reacções esdrúxulas às minhas inquietações sobre o perfil de Pedro Passos Coelho aqui manifestadas ontem, quem me conheça saberá que eu não subjugo a minha liberdade critica a nenhuma agenda política. De resto, estou convencido que os blogues são inúteis como murais de propaganda dogmática e os seus escritos pouco eficazes como caixa-de-ressonância dos slogans partidários. O seu público-alvo é criterioso e informado, consultando-os na procura de nuances e subtilezas argumentativas que contribuam para melhor interpretação da realidade. É esse pelo menos o meu critério de escolha.
Finalmente, quanto a fidelidades incondicionais, na minha vida só alimento uma, a qual como católico praticante será fácil de adivinhar.
O Candidato à liderança do FMI Agustín Carstens, governador do Banco do México e candidato a director-geral do FMI, encontra-se esta tarde com Teixeira dos Santos e Carlos Costa.
Este pelo menos não corre atrás das "meninas"!
«Sócrates diz que acordo com a troika deve ser cumprido, "mas só aquilo que está no acordo"»
Se houver dinheiro, que quem tem a massa é quem manda, amigo!
(...) É essencial que o CDS-PP consiga eleger novos deputados em Lisboa, Porto, Aveiro, Braga, Setúbal, consiga reforçar a sua presença parlamentar em Santarém, Coimbra, Faro, na Madeira, em Viana. Consiga eleger novos deputados nos Açores, na Guarda, em Vila Real. Estes deputados são todos tirados ao Partido Socialista. E não são assim tão poucos, são muitos. Se nós não elegermos, quem elege é o PS.
Faltou referir o caso de Leiria, que vem bem demonstrado no estudo do Expresso do passado fim-de-semana, Dr. Portas! (Em entrevista ao jornal i)
As insolvências multiplicavam-se e o desemprego subia em flecha? Ele assentava o rabo na areia e abria uma covinha com o bico.
A Economia apodrecia, como aquele ovo esquecido há meses, tresandando? O buraco alargava, escurecia-lhe a visão.
A dívida soberana subia, crescia no ar, já ninguém lhe chegava, nem com uma escada para a apanhar? O quente do areal afagava-lhe a cabeça já semi-oculta.
O Estado, desacreditado, financiava-se a juros inimagináveis? Que bem se sentia ao sol, o micro-cérebro guarnecido na toca cavada.
Gritavam-lhe a urgência da ajuda externa, os cofres vazios, não havia para pagar aos funcionários agora mesmo, no fim do mês? Consolado, acabara de enfiar o pescoço inteiro, o melhor refresco para o braseiro cá fora no mundo real.
Diz a sabedoria popular que é assim na savana, quando o avestruz tem medo e se esquiva de ignorar a verdade. Dizemos nós que assim foi, em Portugal, no capim governamental, com um 1º Ministro a recusar ver, absolutamente blindado. Esse mesmo que anda por aí em correrias eleitorais, ainda e sempre como se nada fosse consigo, como se nada tivesse acontecido.
Tenho para mim que o principal objectivo das eleições do próximo Domingo será atingido: evitar que a missão de resgate do país seja atribuída ao protagonista da sua consumada ruína.
O meu optimismo esbarra no entanto com um terrível receio de que Passos Coelho não possua arcaboiço para liderar a dramática e complexa empresa que se iniciará na segunda-feira, e que num fósforo porá à prova a sua firmeza e liderança, capacidade de motivar, gerar consensos e de enfrentar com firmeza as corporações conservadoras, os sindicatos avessos à mudança, e uma comunicação social sedenta de sangue, porque histórica e culturalmente comprometida com a quimera socialista.
É fácil reconhecer-se agora como foram injustificadas as acusações em tempos assacadas a PPC deste ser um produto comunicacional, muita parra e pouca uva ao pior estilo de José Sócrates. Antes pelo contrário: o actual líder do PSD gere uma frágil imagem, um discurso atabalhoado na forma e no conteúdo, sempre atrapalhado com as palavras que não conseguem explicar os estapafúrdios argumentos soprados aos seus ouvidos por uma trágica assessoria.
Insisto, voltando à ideia com que iniciei este texto: a destituição de José Sócrates parece-me irreversível e será sempre uma boa notícia a 5 de Junho. Para sossegar o meu espírito inquieto, dir-me-ão os meus amigos sociais-democratas que um bom comunicador não é obrigatoriamente um bom governante. Mas se isso é verdade, certo é que o próximo executivo enfrentará um duro combate e exige uma liderança forte de excepcional desembaraço e carisma, qualidades que Pedro Passos Coelho tarda em revelar-nos.
Em estéreo
Enquanto Sócrates continua a insultar os portugueses com a sua cantilena do Estado Social, de que se diz o paladino (!), e os portugueses continuam a sofrer privações em faixas cada vez maiores da população, enquanto prossegue o seu vómito eleitoral pelas estradas do País, os voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome deram de si mais um domingo às famílias carenciadas.
Quantos socialistas terão abdicado das arruadas e dos comícios, em homenagem ao seu Estado Social, participando nesta iniciativa?
Mas os números estão aí: 2.300 toneladas recolhidas à porta dos supermercados, traduzindo, apesar da "crise" (criada para tramar Sócrates...), um acréscimo de 15% em relação a idêntica jornada do ano transacto.
O que significa que os portugueses podem (e, à cautela, devem...) contar mais com a iniciativa privada e altruísta do que com o Estado Social atulhado de socialistas de alta sociedade, parvenus de Armani e negociata fácil.
E este é o verdadeiro discurso da Direita verdadeira.
Esvaziada a sua estomacal imaginação, é provável nesta semana reste a Sócrates apenas bílis para bolsar às multidões. Até porque, sabe-se agora, depois dos acordos participados pelos outros partidos, o Governo foi caladinho assinar mais gravoso papel com o FMI e a UE. E há que alucinar o povo, morfiná-lo, para os dias após as eleições.
Para o Estado Social socialista.
Gosto sempre de ver confirmada a crítica de George Orwell à utópica esquerda: Todos somos iguais, mas uns são mais iguais que outros.
Vem isto a propósito da critica que Daniel Oliveira (do Bloco de Esquerda) faz à exigência de que todos os partidos candidatos a eleições tenham direito a debates televisivos, por decisão do Tribunal de Oeiras. Depois de uma providência cautelar de Garcia Pereira, este tribunal deu razão ao líder do MRPP e obrigou as televisões a pôr todos os partidos em debates frente a frente. Diz Daniel Oliveira que:
"A minha opinião sobre esta matéria é a mesma que sempre foi, incluindo quando militei num partido sem representação parlamentar: debates com 17 pessoas não esclarecem ninguém e é impossível organizar 136 debates frente a frente".
Até pode ser que seja verdadeira a conclusão. Mas o que não é legítimo é que se defenda a "liberdade" para tudo e mais alguma coisa, que se veja na liberdade um totem, mas depois se defenda a proibição dos pequenos partidos (que um dia podem vir a torna-se um "BE", who knows? ) de usarem a televisão como meio de difundir as suas ideias.
Desde quando é que esquerda deixou de fazer a defesa dos "fracos e oprimidos"?
Estava lá uma aldeia gaulesa inteira. Entravam e saiam, à vez, para uma volta sobre a cidade. Sempre com ar de quem tinha gostado.
Percebi como a coisa funciona: o helicóptero levanta junto ao rio, em Massarelos, e sobe até à Arrábida, onde inverte o sentido. Depois vai para nascente, a perder de vista, presumo que até ao Freixo. Reapare pouco depois - cerca de sete minutos, mais precisamente - sobre a Serra do Pilar e aterra. Para uma nova carrada.
Decerto uma oportunidade magnífica para fazer as melhores fotografias do Porto. Ainda pensei esconder-me entre duas Caralindas, a ver se ia na boleia. Mas pensei no Abraracourcix, por ali também, e desisti. Fica para a próxima. Se, obviamente, houver entretanto orçamento que chegue.
Ontem, num comício socialista no Porto, Mário Soares proclamou aquilo que muitos já sabiam: «Eu sou apenas fiel ao Partido Socialista.»
Nem aos Portugueses em dificuldades, nem ao país na ruína, nem aos 900 000 desempregados, nem à classe média destruída, nem aos trabalhadores com salários em atraso, nem às famílias esmagadas por impostos, nem aos novos emigrantes, nem a um mínimo de decência, nada. Soares é fiel apenas ao Partido Socialista. Os que engoliram a treta do «presidente de todos os Portugueses», que se lixem. E os Portugueses sem cartão rosa que se danem. Por cá, um senador da República é isto.
Uma sublime panaceia para a alma.
Confesso que não estava a contar. Atravessou-se de repente, o Coelho, mal tive tempo de disparar. Mas ficou. Compostinho. Ainda não perdi os reflexos...
Havia muita caça hoje. Na Alfândega andavam os do Bloco. Mais acima, no Palácio de Cristal, os socialistas. Parece que o PSD se guardou para logo à tardinha, do outro lado do rio, na Afurada. Terreno difícil, eles devem saber. Assim o Meneses dê uma mãozinha...
Enfim , nada que perturbasse os muitos que aproveitaram esta tarde quente para o seu passeio na Marginal. Como se o objectivo dos caçadores não fossem os próprios, a sempre cobiçada espécie do eleitorado.
Assim gosto! Manuela Ferreira Leite - uma Senhora - ontem em comício, sem papas na língua: «que me desculpe o Pedro Passos Coelho mas eu ando à procura da saída do Eng. Sócrates de 1º Ministro».
Uma figura de proa do mundo partidário não preocupada em expressar-se em "políticamente correcto" merece sempre a maior consideração.
E o problema nacional não está tanto no PS quanto num José Sócrates deturpador, intriguista, despudorado e femininamente vingativo.
A propósito, ontem foi a Vila do Conde. Começou bem, no tonitruante número do abraço de Fábio Coentrão; acabou mal, ovacionado à despedida com dois ovos sobre o tejadilho do carro.
O Portugal político tem disto. Hoje há mais circo. E pão parece que também. Ainda.
Fernando Pinto, o presidente da TAP, veio esta semana dizer duas coisas muito interessantes.
Primeira, que precisa de um aeroporto.
Segunda, que a TAP está a atingir o máximo das suas potencialidades e que é boa ideia vendê-la já.
Fernando Pinto é a única pessoa em Portugal que merece ouvidos e respeito ao falar da necessidade de um aeroporto novo e do melhor futuro para a TAP. É que o ponto de vista dele é o do crescimento, e o objectivo dele ao defender um aeroporto ou uma privatização é a rentabilidade e a expansão.
Há tempos, conversando com colegas numa reunião internacional, perguntaram-me quantos voos a TAP tinha para o Brasil, se «2 ou 3 por semana, não?» Deixei perplexo um finlandês, um holandês e um canadiano ao responder que podia chegar a 7 por dia.
Fernando Pinto, aplicou com sucesso, em Lisboa, o método americano de hub and spokes (cubo da roda e raios), segundo o qual se tem um aeroporto principal (hub) alimentado por voos de curto e médio curso (spokes), cujos passageiros são depois transferidos para voos de longo curso deste para outro hub. Lisboa tornou-se, assim, um aeroporto privilegiado em termos de negócio.
Não sei - agora que Sócrates desbaratou recursos e confundiu todas as prioridades - se teremos muito cedo um aeroporto para crescer. Mas era boa ideia. E será melhor ideia se, em breve, na privatização da TAP, a TAM vislumbrar que bons negócios pode fazer com Portugal.
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Num jogo de futebol, é evidente quem ganha e quem ...
li recentemente sobre a Monarquia do Norte.
precisa de lentes de contacto
com a saída sem regresso de Costa ao PS este parti...
Que foi disponibilizada a informação relevante é f...