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Independentemente do crédito que me mereçam as críticas generalizadas ao modelo de avaliação dos professores, tomei como boa a notícia de ontem do chumbo do Tribunal Constitucional da sua revogação proposta por uma duvidosa coligação parlamentar, uma atitude que denuncia a ingovernabilidade deste País de lobbies, clientelas e corporações.
Tomando como factual a necessidade de implementar sistemas de avaliação de mérito também nos mais poderosos sectores do Estado, os partidos do arco da governação deveriam agradecer esta piedosa decisão do Tribunal Constitucional. A revogação da revogação irá poupar-lhes a desventura de iniciarem do zero as fatais negociações dum qualquer novo sistema de avaliação, que, se for eficaz e consequente estará condenado ao protesto pela classe que é poderosa e almeja por “viver habitualmente”, que é o supra-sumo da ambição indígena.
Sei bem como um sistema político avassalado à propaganda e à satisfação a curto prazo das diversas clientelas convida os partidos à deriva populista. Mas tendo em conta o destino de falência a que esse modelo nos trouxe, desconfio que por estes a sobriedade também colhe alguma coisa. Decididamente é com muita dificuldade que um eleitor informado e com consciência cívica fecha os olhos a estes dislates da mais descarada demagogia.
Kate Bush sempre!
"Se Manuela Ferreira Leite tinha razão em 2009, quando traçou um panorama negro do país enquanto Sócrates aumentava a função pública e prometia cheques-bebé, a conclusão é que o primeiro-ministro sabia menos do que Manuela, ou que enganou deliberadamente o eleitorado para vencer as eleições? E quem nos engana uma vez, duas, três vezes, não nos está a enganar agora?"
(Henrique Monteiro, no Expresso)
Em Março de 2008 Miguel Cadilhe disse que Portugal “está em recessão económica grave” e defendeu que o Governo devia solicitar à Comissão Europeia “medidas de protecção especial” para a economia nacional. O Governo, através de Teixeira dos Santos, acusou Cadilhe de fazer uma "afirmação alarmista que em nada ajuda a transmitir uma imagem que deve ser objectiva da situação”. E, para que não restassem dúvidas, o ministro das finanças de Sócrates diria mesmo que "Penso que é uma afirmação gratuita, não fundamentada e, de todo em todo, não tem nada a ver com a realidade da nossa economia".
Nestes 6 anos, os governos do PS duplicaram a dívida pública, de 80 mil milhões de euros, para 170 mil milhões, passando de cerca de 50% do PIB para mais de 97%.
Apesar de Teixeira dos Santos ter defendido, no ano passado, o recurso à ajuda externa caso os juros da dívida soberana alcançassem os 7%, desde Novembro de 2010 até ao chumbo do PEC IV, ou seja, durante cinco meses, o Governo andou a contrair, alegremente, empréstimos de milhares de milhões de euros acima da referida taxa, sabendo bem que o inexistente crescimento da economia nacional não comportava o pagamento de juros tão elevados.
Neste contexto, as afirmações de Eduardo Catroga, a que já me referi aqui, não só não são exageradas como se limitam a denunciar a calamitosa governação socialista dos últimos anos.
Sustentar o contrário é simplesmente deplorável ou, pior, um acto de cumplicidade com aqueles que levaram Portugal à bancarrota.
É notícia na edição impressa do Público de hoje que a PJ e a GNR resgataram uma sexagenária sequestrada em casa pela filha no concelho de Bragança. E porque esta coisa dos sexagenários mal tratados começa-me a preocupar, proponho que desde já estas eficientes equipas também investiguem o paradeiro do ministro Teixeira dos Santos, que além de desaparecido das listas do PS ao parlamento, não dá sinais de vida há algum tempo, causando preocupação a todos quantos se habituaram à sua rotineira presença na imprensa, rádio e telejornais. Pela minha parte sugiro às autoridades que iniciem as buscas em S. Bento, justamente nos mesmos armários onde se encontram escondidos os famosos esqueletos.
Precisamente no momento em que o Governo aceitou, finalmente, a evidência da necessidade absoluta de um empréstimo externo na ordem dos cem mil milhões de euros (em média, 10 mil euros por cada Português...), o Ministro das Finanças desapareu de circulação, seja nas negociações com a troika, seja com os partidos da oposição.
O Sol veio agora revelar que "José Sócrates quis substituir Teixeira dos Santos na pasta das Finanças mesmo antes de começarem as negociações com o FMI, o BCE e a UE. E mandou perguntar a Belém se o Presidente daria o seu aval à exoneração imediata. Mas Cavaco Silva não esteve pelos ajustes. A saída de Teixeira dos Santos fragilizaria ainda mais a imagem de Portugal nas instituições e nos mercados internacionais."
Espantosa revelação, que confirma os piores receios sobre a falta de escrúpulos políticos do primeiro-ministro e o desnorte que reina no executivo.
Aliás, é absolutamente extraordinário como quase nenhum órgão de informação se preocupa com essa 'baixa' no Governo nem procure obter declarações do desautorizado Teixeira dos Santos, que deve ter percebido, finalmente (embora muito tardiamente...) o enorme mal que Sócrates fez a Portugal, seja no aumento irresponsável da despesa pública nos últimos dois anos, seja no criminoso atraso no pedido de ajuda externa.
Por estes dias, ouvir alguns ex-ministros de Sócrates como Campos e Cunha e Freitas do Amaral, ou ex-ministros socialistas, como Daniel Bessa ou Augusto Mateus, é quanto basta para perceber de quem é a principal responsabilidade por Portugal se encontrar na bancarrota.
“O Governo de José Sócrates devia ir a tribunal. O fartar vilanagem foi uma tragédia nacional” diz Eduardo Catroga, amanhã, no Expresso.
Miguel, aliás, João, Abrantes, ou melhor, Galamba, permitirem-se mandar umas bocas ao PSD sobre política de saúde quando o Governo do PS deixou o défice do SNS subir para mais de três mil milhões de euros (só em medicamentos de uso hospitalar, a dívida ultrapassa os mil milhões e em dispositivos médicos atinge os 600 milhões, para já não falar da desorçamentação dos hospitais EPE, que deve já ser superior a 1500 milhões), os hospitais do SNS andam a pedir que os doentes levem remédios, fraldas ou façam doações em dinheiro e, last but not least, os doentes não urgentes do SNS são obrigados a pagar o seu transporte em viaturas dos bombeiros quando não se trate de situações crónicas e sejam ricos (ou seja, tenham rendimentos superiores a 485 euros mensais...), é, de facto, muito descaramento.
A ver se pega, como pegou o embuste eleitoral de 2009, em que José Sócrates até deu umas borlas para caçar uns votos aos velhotes mais pobres. Já não se lembram desta vergonha de outdoor?
Na altura, o chefinho garantia que se “trata de um novo e merecido apoio do Estado social aos idosos com menores posses, o apoio na compra de medicamentos que são, aliás, indispensáveis à sua qualidade de vida.” Passaram as eleições e, ups, o Governo revogou a medida, que qualidade de vida é coisa para ricos...
E, já agora, lembraram ao 'chefe máximo' que devia pedir desculpas à Senhora abaixo referida, cujo nome usaram como engodo no jornal de campanha do PS às últimas eleições?
Canção para ouvir com muito cuidado, que se parte... atenção à minha muito querida Kate Bush: é dela a voz, o pianoas e as palavras. Simplesmente Genial.
O casamento do ano... O casamento do século... Um casamento tirado de um "conto de fadas"... A gente vai ouvindo de tudo. Estas e outras parolices a cargo dos nossos enviados especiais da RTP, da SIC, da TVI.
Em boa verdade, escapa-me o porquê de tais missões. A festa não era portuguesa, pertencia aos britânicos. E estes, sim, - aproveitaram-na em pleno. No maior entusiasmo. Na alegria de um povo inteiro que se sentiu convidado para uma comemoração acima de tudo simbolizando a continuidade da sua identidade nacional.
Foi o que se viu nas ruas de Londres. Alguém imagina, cá pela Tortuga, semelhante euforia no casório de um filho ou filha, neto ou neta de qualquer dos passageiros presidentes desta atrasada República?
Será que os britânicos gostam da ditadura hereditária - ou não será antes que já é tempo de nos irmos libertando de certos preconceitos?
É um acontecimento fulcral na vida duma Instituição Real, símbolo de renovação, de esperança e de continuidade da Nação. O casamento é uma demonstração viva da profunda, inexplicável, da unidade entre todo um povo. Parabéns a SSAARR Os Duques de Cambridge, futuros Reis do Reino Unido, da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, etc.
“É crucial que os decisores de política e os gestores públicos prestem contas e sejam responsabilizados pela utilização que fazem dos recursos postos à sua disposição pelos contribuintes”, afirmou esta semana o Governador do Banco de Portugal.
Será que é um dos únicos que também considera que José Sócrates deve ser responsabilizado por ter feito disparar a dívida pública de 80 mil milhões de euros para 170 mil milhões de euros, 97% do PIB nacional, e por levado o País à pior bancarrota dos últimos 150 anos?
Mas deste autêntico crime de lesa-Pátria não é apenas responsável o Partido Socialista. São-no também boa parte da comunicação social e dos comentadores que se comprazem, por estes dias, quando está a chegar a hora da verdade, a envenenar o povo com estórias sobre os partidos da oposição, escondendo e omitindo a verdadeira situação de ruina nacional em que nos encontramos, assim servindo o pior inimigo dos Portugueses.
Se não acordarmos a tempo, acabaremos a comer o pão que o Diabo amassou. E o povo, pobre, desempregado, endividado, viverá, então, a mais completa miséria de que há memória em Portugal. Desde sempre.
Os avisos não faltaram.
Daniel Bessa diz que foi Teixeira dos Santos que forçou o pedido de ajuda externa e que a decisão devia ter sido tomada muito antes. Ler mais »»»
...a esclarecer
Isabel Figueira
Na verdade, Sócrates está carregado de razão. O PEC V será sobremaneira mais pesado - venha ele por imposição da Troika, ou antes resultasse, mais mês, menos mês, de outra descarada manobra do Governo ora cessante.
Aliás, quisesse Sócrates dizer tudo, na sua entrevista à TSF, recordaria ainda mais nostálgicamente os belos tempos do PEC III. E, já agora, os parasidiacos dias dos PEC's II e I. Desses sim - que saudades, meu Deus!
E que dizer da Antiguidade pré-Pequiana? De quando não havia PEC's? Nem Sócrates?
Remota época essa, em que os símios se entretinham com bananas, refastelados nos galhos, e não em piruetas políticas na cidade...
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