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Cento e três anos depois

por João-Afonso Machado, em 31.01.11

Não me seria possivel deixar a data passar ao largo sem um comentário, um gesto de inconformismo. Mataram o Rei, mataram o Príncipe Real, e depois a turbamulta foi ao Alto de S. João, como se numa marchinha antonina, em volta da campa dos assassinos. Enquanto Portugal inteiro chorava, a medo, os Mártires...

Mas urgia ir além dos factos, de todos conhecidos. Trazer mais ao debate. Foi quando me lembrei do grande pensador monárquico, o Dr. Mário Saraiva, já falecido, a da sua obra literária, por mim religiosamente guardada. E, simultâneamente (talvez por um contacto recente como o seu bisneto António Eça de Queiroz, com quem partilho informação dispersa, correspondência aos poucos descoberta), do genial criador do Conselheiro Acácio e do Conde de Abranhos.

Um revolucionário, no dizer do pensamento oficial.

Eça, é sabido, morreu em Paris em 1900. Quando a superioridade intelectual e política de D. Carlos era já visivel e a melhor inteligência nacional nela apostava decididamente. Queiram, por favor, lêr Oliveira Martins, Ramalho, Fialho de Almeida, Luis de Magalhães... E Eça, enquanto esculpia os ditos Abranhos e Acácios, nas suas Notas Contemporâneas: «Começa este reinado no momento em que, pela dispersa hesitação das inteligências, pelo incurável enfraquecimento das vontades, pela desorganização dos partidos, pela inércia das classes - o rei surge como a única força que no País ainda vive e opera».

Referia-se, é claro, a El-Rei D. Carlos e à agitação em volta do Ultimato, coincidente com a Sua subida ao Trono.

Palavras do Dr. Mário Saraiva: à Monarquia chega-se tanto pela Razão como pelo coração. É, coração e Razão, de mãos dadas, valem uma Nação. Valem o fim da mesquinhez politico-partidária. Uma Ideia e uma Fé novas.

Primeira graçola - Depois das últimas eleições legislativas na Hungria e na Inglaterra, sobram na Europa 3 países com governo socialista: Portugal, Espanha e Grécia. Pura coincidência, claro.

Segunda graçola - Dita há anos por Margaret Thatcher: «O socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros.»

Passos Coelho falou

por João Távora, em 31.01.11

 

 

 

 

 

 

Quer que o Governo apresente um programa de reestruturação de todo o sector público empresarial, e que identifique "as empresas que dão prejuízos crónicos ". É assim mesmo, eu que não sou de intrigas até concordo, mas sou de "direita"!

Com a devida vénia, Senhor Bastonário

por João-Afonso Machado, em 31.01.11

Com assinalável regularidade, o Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Marinho Pinto, deposita, em entrevista dominical no JN, as suas impressões sobre o andamento da vida forense e judicial. Desta feita, debruçou-se sobre uma petição popular, conduzida no Correio da Manhã, versando a penalização do enriquecimento ilícito dos titulares dos orgãos de soberania. Indispõe-no a alegada presunção de culpa incidente sobre quem ganha manifestamente acima do previsivel, face aos rendimentos declarados. 

Justapõe as suas razões de discordância. Não as rebato.

Assinalo, somente, uma palavra de revolta há muito a dever ser largada, por exemplo, contra idêntica presunção a atingir os legais representantes das empresas (singulares ou colectivas), no concernente às dívidas fiscais. Ou seja, contra o maquiavelismo estatal dirigido à produção/serviços que não cumpre as obrigações tributárias porque - na maioria dos casos - assim consegue manter os ordenados do pessoal em dia. Isto é: os postos de trabalho dos seus empregados.

Mas tal não valia este comentário. O mais importante são as pedradas para o ar e as cabeças assim visadas atingir. Verbo gratia(o espaço rareia): os «advogados mediáticos»? Os «polícias» (entendo: os funcionários das forças de segurança), outrossim?

Vale-me o à-vontade de quem não tem ligação, nem influências, junto dos poderes económico ou político. E de quem conhece as dificuldades com que se debate a advocacia provinciana.

Por muito dura que seja a realidade - a nossa, de quem não tem voz nos jornais, seja pela via dos negócios e da partidocracia, seja pela alternativa dos cargos corporativos - por muito dura que seja a nossa realidade, dizia, o caminho é outro. Diverso de uma eventual corrente populista, divindindo os Colegas entre os partidários do Robin Wood e do sheriff de Nothingan. Por variadíssimas razões, a principiar na deontologia, até findar na nulidade dos resultados visionados.

Fabulous! Seigen Ono - Enishie

por Maria Teixeira Alves, em 31.01.11

Um matinal burburinho na caserna

por João-Afonso Machado, em 31.01.11

Com a manhã a meio, a multidão subia a Rua de Santo António. Militares de Caçadores 9 e de Infantaria 10 e uns tantos praças da Guarda Fiscal. comandados por um capitão, um tenente e um alferes. Rodeavam-nos os curiosos do costume, gaiatos barulhentos, a indigência local...

Lá no topo, junto à Igreja de Santo Ildefonso, o major Graça esperava os insurrectos com 400 homens da Guarda Municipal, em linha. Ordenou a primeira descarga, os republicanos ripostaram. Nova descarga e a debandada geral, rua abaixo, por cima de dez cadáveres - meio por meio, entre militares e mirones espingardados.

O refúgio dos revoltosos no edifício da Câmara Municipal (onde às 7 horas haviam proclamado a República...) nada adiantou, perante a ameaça da artilharia da Serra do Pilar. Ao meio-dia tudo cessara já.

O Partido Republicano foi o primeiro a condenar veementemente a aventura, dela se demarcando em absoluto.

A rua do tiroteio viria a ser denominada 31 de Janeiro. Mas só nas placas. Para os portuenses continuou sempre de Santo António.

E este burburinho de caserna, um matinal desarranjo intestino-militar, depois de 1910 ver-se-ia alcandorado a data histórica. Pelos mesmíssimos ratões que dele se alhearam e afastaram: os Teófilos e os Costas que definem a República. Os avós dos ético-maçons dos nossos dias.

Uma velhada decadente que festeja o 31 de Janeiro como se sufraga a si mesma.

 

Desacordo Ortográfico

por Maria Teixeira Alves, em 30.01.11

O novo acordo ortográfico criou uma nova versão do milenar Egipto. Pasme-se, agora há quem escreva Egito.

 

 

Barulho do bom

por João Távora, em 30.01.11

 

 

Le Noise é a maturidade de Neil Young: oito desconcertantes temas directamente das suas entranhas, acompanhados só com guitarra, em que produção de Daniel Lanois faz sobressair magistralmente cada poro, cada textura, luz ou sombra de cada corda, timbre ou reverberação, eléctrica ou acústica. Le Noise é um abismo negro de humanidade, feita poesia, feita música, feita sumptuosidade. À venda em vinil e cd, com uma capa que em nada desmerece o miolo, este é um dos melhores trabalhos de sempre deste trovador canadiano, património do nosso século. Para ouvir na intimidade, com os sentidos despertos e o som bem alto.

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À atenção do Presidente

por Rui Crull Tabosa, em 30.01.11

Muito se escreve e diz em Portugal continental contra a Madeira de Alberto João Jardim. O seu estilo, truculência e governação musculada são recorrentemente objecto de crítica. Não duvido que muitas vezes com fundamento.

Mas, e o que se passa nos Açores?

Já aqui escrevi algumas vezes sobre os desmandos de Carlos César que, embora menos expansivo do que o seu homólogo madeirense, é, talvez, como o 'chefe máximo', um dos mais acabados exemplos de despotismo no País. O problema é que, cá no continente, pouco sabemos do que realmente se passa nos Açores, cuja autonomia mais não está presentemente a servir do que para esconder a autocracia cesarista, que domina por completo aquelas ilhas. Autocracia na qual assenta, como uma luva, a compra de votos que Carlos César descaradamente está agora a levar a cabo e que indigna qualquer pessoa de bem, para já não mencionar os trabalhadores que, por culpa da irresponsabilidade socialista, viram agora os seus salários fortemente reduzidos.

Mas, melhor do que a minha apreciação, é destacar o comentário de Rui Rebelo Gamboa a um meu post, o qual constitui um verdadeiro grito de liberdade e de denúncia da sujeição em que aquelas ilhas presentemente se encontram.

Escreve Rui Gamboa: "O número de blogues assinados nos Açores é o espelho do ar que se respira nas ilhas. Na verdade, são muitos poucos os que se podem dar ao luxo de criticar abertamente este regime podre e que roça o ditatorial, sob pena de sentirem o peso do socialismo de punho cerrado cair-lhes em cima.
O governo regional dos Açores consegue estar presente nas vidas de quase todas as famílias. Por um lado porque a administração regional é uma máquina gigantesca, muito maior do que seria necessário, de modo a empregar muita gente. A estes acena-se com as avaliações adequadas, compensações e afins. Depois, há o RSI que nas ilhas tem um taxa de beneficiários mt acima da média do resto do país. Por fim, o sector privado, cujo principal cliente é o próprio governo. Ou seja, para qualquer um desses sectores da sociedade, é impensável exercer a sua cidadania. Porque, não tenhamos dúvidas, César lidera um regime revanchista. O caso Mário Freitas (*) é de singular interesse.
Nós, na Máquina de Lavar, vamos fazendo os possíveis, para recolocar alguns factos na ordem do dia. Por isso agradeço-vos tão digna distinção do Corta-Fitas."
Até quando Portugal terá de suportar esta forma de fazer política?

(*) link meu.

O sapatal

por João-Afonso Machado, em 30.01.11

 

O episódio foi-me contado pela própria filha, muitos anos depois. Ele não tinha mais de metro e meio, um enorme sarilho se havia de parar a motorizada, com os pézitos a tactear em busca de apoio... O chapéu atirado para a nuca e as bochechas sempre vermelhuscas, ora do frio, ora do remédio para o frio.

Ofício: sapateiro.

Uma vez travou-se de razões com a vizinha e foi o diabo. Aquela lâmina de gume tremendo, com que recortava as solas, entrou na carne da desgraçada e por pouco não a retalhava, tantos os golpes. Embora a sangria não fosse fatal, a gravidade do crime impunha a fuga por tempo indefenido. Até que tudo acalmasse.

Durante quantas semanas se acoitou o sapateiro neste pombal? Ignoro. Sei apenas sequer haver sido julgado... E que fome não passou, fornecido diáriamente pelos filhos de pão e vinho, mais as indispensáveis vitualhas. Fossem elas umas sardinhas, umas espinhas de bacalhau...

Nunca se soube. O pombal, qual templo pagão, rodeava-se então de mimosas e do mutismo da floresta. E os únicos visitantes conhecidos das pombas eram as cobras e as corujas.

Entenda-se: lidava-se com a ilícita procura de ovos e de borrachos, sendo inimputável a natureza. Mais dificilmente se aceitaria a presença humana acobertada na humidade e nos detritos acumulados no seu interior. O sapateiro, não obstante, ali viveu até ao fim da tempestade na freguesia. Cruzando-se com ninguém, salvo os filhos que o visitavam e lhe levavam alimento. Só depois, já na bonança, veio a tabernice da basófia e da surpresa. Pois se a própria vítima aceitara o seu pedido de desculpas...

 

Humor politicamente incorrecto

por Rui Crull Tabosa, em 30.01.11

 

É só fumaça!...

por João-Afonso Machado, em 30.01.11

A lavoura, do outro lado do vale, já não é grande coisa. Ficaram umas leiras e umas covas de coelho, qualquer perdiz retardatária e, no seu tempo, os ouriços das castanhas. Mesmo o espigueiro é mais uma jarra de flores, à entrada do eido, e as cortes albergarão, quando muito, alguma galinha à espera da degola.

Mas os donos não largam a casa, embora há muito residam na cidade. E, estranhamente (dirão), não é na cidade que optam por passar o fim-de-semana.

Tão bem os compreendo! Onde, senão na nossa terra, se come a melhor feijoada e se aspira o frio da tarde, a lavar os pulmões? Entre os pinheiros, saltando a ribeira, travessando o vale... Para depois esticar as pernas junto à braseira, enfim, já o sol se escapa no horizonte. E, pela nossa frente, o serão ainda, meia-dúzia de cobertores a confortar-nos a noite e uma manhã com os rapazes, no monte, a fazer horas para a rojoada.

O fumo em frente é benfazejo. Fácilmente lêmos o seu apelo, não há lar sem lareira. Por isso mesmo, mil vezes antes o frio do que uma segunda-feira.

Domingo

por João Távora, em 30.01.11

Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12

 

(Sermão da Montanha)

 

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele.
Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»

 

Da Bíblia Sagrada

Quando o Governo usava os 'querubins'...

por Rui Crull Tabosa, em 29.01.11

 

 

 

Topam?

Antologia do surrealismo histórico

por Rui Crull Tabosa, em 29.01.11

Quem escreve esta pérola parece esquecido que a república foi implantada pela força, sem testar o apoio do povo. Tratou-se de uma recaída estalinista?

Medo de sentir o medo

por João Távora, em 29.01.11

 

Fernando Castro, presidente da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, pai de 13 filhos e avô de 18 netos, hoje respondendo ao inquérito semanal de Pedro Correia no suplemento Gente do Diário de Notícias, afirma não ter "medo de nada”, sustentando-se numa máxima chinesa que diz ser “o medo é uma coisa dispensável, sobretudo depois de se ter descoberto que não serve para nada”.

Sem querer menosprezar a galhardia do entrevistado e muito menos a milenar sabedoria chinesa, permito-me discordar: o medo faz muita falta. O Homem fica sempre mais frágil quando rejeita os seus sentimentos. Exemplifico: é salutar tenhamos medo de atravessar o Marquês de Pombal pelo meio da Rotunda, ou a 2ª circular fora duma passadeira para peões. É salutar um pai ter medo de deixar o seu filho sozinho perto duma piscina. É normal termos medo de caminhar por um caminho às escuras. O medo das alturas pode salvar uma criança de cair da janela. E por aí a fora, muitos outros exemplos poderia eu dar.

De facto o medo é o principal inimigo da realização humana, e o maior adversário da liberdade individual; se por um lado potencia a inércia e a omissão, também acciona a violência mais irracional. Mas aquilo a que chamamos “valentia” significa uma de duas coisas: ou inconsciência, ou… o domínio sobre o medo. Para domina-lo é necessária inteligência para o racionalizar, ponderar e reconhecer os nossos limites.  A isso se chama sabedoria.

Um blog que resiste a Carlos César

por Rui Crull Tabosa, em 29.01.11

www.maquinadelavax.blogspot.com

Cinismos situacionistas

por Rui Crull Tabosa, em 29.01.11

Parece que as vestais do situacionismo, desde o venerando Mário Soares ao compagnon de route Proença de Carvalho, ficaram muito 'desiludidos' com o facto de, nesta terra de meias-verdades, Cavaco Silva ter verberado os ataques canalhas de que foi alvo durante a campanha eleitoral. Preferiam, evidentemente, que Cavaco comesse e calasse. Como bem os percebo...

Mas hoje, Santos Silva leva esse exercício um pouco mais longe, ao jurar que "o Governo sempre teve as melhores relações com os dois presidentes com que até agora teve o prazer, a honra e o orgulho de trabalhar: o presidente Jorge Sampaio, nos primeiros meses de mandato do Governo do Partido Socialista, e o presidente Cavaco Silva". Com Sampaio não duvido, que fez ao PS o frete de dissolver a Assembleia da República em 2004, a meio de uma legislatura, apesar de, então, haver uma maioria política parlamentar. Mas com Cavaco Silva, já só por cinismo e a mais refinada desfaçatez se pode sustentar que os governos liderados por Sócrates sempre tiveram as melhores relações.

É o Governo ter as melhores relações com o Presidente quando um ministro critica a presença do chefe do Estado num jantar de luta contra a pobreza, dizendo que "A democracia não é o regime em que se pegue nos restos dos banquetes de uns e se ofereça, com grande espectáculo mediático, a outros", como Santos Silva fez ainda há duas semanas?

É ainda cultivar as melhores relações um ministro, logo o da Defesa Nacional, avisar, em plena campanha eleitoral, durante um comício de Manuel Alegre, que um Presidente – que é, por sinal, o Comandante Supremo das Forças Armadas – “não se mete onde não é chamado”?

Essa gente tem uma falta de decoro que brada aos Céus...

 

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