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Para quem não sabe (e presumo que seja a maioria), o Governo tem uma Secretária de Estado da Igualdade.
Da sua acção não se conhecem propriamente resultados, o que não admira se tivermos em conta que as actividades públicas que a excelentíssima governante refere ter-se dignado prestar este mês de Fevereiro foram, pasme-se, a participação num almoço de propaganda do primeiro-ministro com mulheres nos 100 dias de governo socialista (!) e, o que ainda é mais ternurento, a participação na cerimónia inaugural do evento “Namorar Portugal – Fevereiro, o Mês do Romance”...
Acontece que a dita Senhora veio agora dar palpites sobre o/a próximo/a Governador/a do Banco de Portugal, defendendo que seja uma mulher.
O principal não é que seja competente. Percebe-se: com Constâncio também não o foi. O principal é que seja mulher.
Elza Pais, é este o nome da Senhora, "não está a pensar em nenhuma mulher em particular, embora refira que tem sido proposto o nome de Teodora Cardoso".
Para além do descoco de se permitir dar palpites sobre matéria que não é da sua competência, mas do Conselho de Ministros por proposta do Ministro das Finanças (situação que, por falar nisso, seria aconselhável mudar a fim de limitar a indesejável governamentalização que o cargo tem sofrido), porque não propôs a Senhora um transsexual (ou trangender, na terminologia bloquista)? Não haverá nenhum candidato? Isso é que era igualdade a sério...
Já agora, um reparo politicamente correcto: no seu próprio Gabinete, a Secretária de Estado da Igualdade viola flagrantemente a regra das quotas de género (33%), de que deveria ser guardiã: é que das 12 pessoas (não contando com os 2 motoristas) que o constituem, entre pessoal técnico e administrativo, dez são mulheres (83%) e dois são homens (17%)...
Isto para já não falar da explicação cósmica que deve haver para um gabinete de secretário de Estado, para mais de uma área governativa não pesada, ter meia dúzia de adjuntos/assessores, quando o Decreto-Lei n.º 262/88 apenas permite três adjuntos por gabinete de secretário de Estado. Mas enfim, é o habitual fartar vilanagem socialista...
Quiz humorístico: consegue encontrar a Teodora na fotografia? (cujos créditos pertencem ao Carlos Lopes, do 31 da Armada)
Para Sócrates a recusa dos custos das finanças regionais era uma “questão de princípio”.
(Para quem não reparou este post é sobre economia)
Há dias, Júlio Magalhães, que substituiu João Maia Abreu na direcção de informação da TVi, após a saída de Moniz e o saneamento de Manuela Moura Guedes, dizia que «não era grande adepto do estilo do jornal de 6.ª»
Hoje, no jornal das 20 h da Tvi, que apresenta da Madeira, Júlio Magalhães teve um jornalista a perguntar ao bispo do Funchal, à saída da missa na Sé, se as enxurradas eram «castigo aos Madeirenses», e, logo de seguida, «se a Igreja não apura responsabilidades».
Do escrutínio direitinho para imbecilidade.
É, portanto, o novo estilo.
Ontem na RTPN, hoje na SicN, em directos da Madeira, vimos uma coisa extraordinária e rara, mais que extraordinária e rara, admirável: a Baixa do Funchal desimpedida, e além de desimpedida, impecavelmente limpa, com gente passeando e turistas nas esplanadas.
"com o primeiro-ministro tenho de exigir mais na prova" (Candida Almeida, directora do DCIAP, a 22 de Fevereiro).
Esta malta que manda na PGR pode estar-se nas tintas. Mas não percebem que o seu comportamento e declarações estão a destruir, se é que não destruiram já, a confiança que os Portugueses ainda iam tendo na Justiça?
Dentro de dias faz 5 anos. 5 anos de desgoverno socrático. 5 anos em que o Governo foi forte com os fracos e fraco com os fortes. 5 anos de destruição dos valores e da cultura nacional. 5 anos de um governo "à direita", de mãos dadas com o grande capital e contra os trabalhadores. Em contra-senso, 5 anos de cedência à extrema esquerda. A história de Portugal regista este interregno. Portugal segue, espera-se, dentro de momentos.
Herbert von Karajan
Orquestra Filarmónica de Berlim
1985
A sessão de dia 24 deste mês do Parlamento Europeu foi definitivamente rica em acontecimentos. Destaca-se o facto de nunca um líder europeu ter ido publicamente tão longe e sido tão descarado quanto às suas intenções. O apagado Presidente do Conselho Europeu não terá efectivamente carisma mas é bom a transmitir recados. Von Rompuy foi-o e confessou em pleno PE a já velha intenção de muitos de criação de um "Governo Mundial" (1.17")... Vi logo que havia por ali "mão" do Dr. Almeida Santos... Uma mera coincidência, claro.
O controverso Deputado Europeu do UKIP Nigel Farage não fez a coisa por menos e, em pleno Parlamento Europeu, disse ao actual Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, na sua primeira audiência no Parlamento Europeu, que este tem "o carisma de uma esfregona". E acrescentou: "Disseram-nos que, quando tivéssemos um presidente, veríamos uma figura gigante, um homem que seria o líder político de 500 milhões de pessoas. Lamento, mas tivemo-lo a si. Quem é você? Nunca ouvi falar de si, ninguém na Europa ouviu falar de si. "E desculpe, mas depois da sua prestação - não quero ser mal-educado - mas, para dizer a verdade, você tem o carisma de uma esfregona húmida e a aparência de um pequeno empregado de banco."
Excessos verbais à parte, a verdade é que Van Rompuy não foi eleito e o seu carisma é efectivamente zero. E isso poucos perdoam a quem o escolheu.
Evangelho segundo São Lucas 9, 28b-36
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar. Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem. Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O». Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto.
Da Bíblia Sagrada
Como pai de uma violinista não posso deixar de ficar sensibilizado pelo génio de Akim Camara, com 3 (!) anos de idade. Daqui a alguns anos voltaremos a ouvir falar dele.
(No Mosteiro de S. Vicente de Fora...)
Com os meus agradecimentos ao Pedro pelas suas palavras, recupero esta fotografia da minha última visita ao Mosteiro, que dá uma pálida e acanhada ideia daquilo que ele tão expressiva (e convidativamente) descreve.
Da ópera Júlio César, de Georg Friedrich Händel, por Les Musicians du Louvre, dirigidos por Marc Minkowski, sendo esta ária de Cleópatra interpretada pela meio-soprano checa Magdalena Kozena.
De autoria de Toby Thacker, Joseph Goebbels: life and death, acaba de ser publicado e trata de um conjunto alargado de relações de um dos mais altos expoentes do regime nazi. É o livro do dia.
Mais informações aqui.
Periodicamente, retempero-me nos clássicos. E é comum que o faça em segundas e terceiras revisões. Mas com o Camilo não há essa necessidade, pois, graças à extensão da sua obra, tenho sempre novos Camilos a desbravar. Desta vez, motivada pela crescente curiosidade por tudo o que respeita à minha «terra», escolhi o título «Mistérios de Lisboa». E não estremeci perante as suas quase setecentas páginas, nem perante a letra miudinha e o aperto das linhas. Estremecimentos, reservava-mos o conteúdo. A intriga é complexa e enreda uma série de personagens equívocas nas suas opções de vida – todas elas tão prisioneiras de uma fé religiosa e moral ardente, como libertas dela nas suas relações amorosas, invariavelmente extra-conjugais e frutuosas em bastardias. Mas a surpresa é o romantismo exacerbadíssimo que perpassa pela narrativa, em que não encontro, até onde já li – e já passei de metade – senão torrentes de lágrimas, suspiros, agonias, desmaios e toda a panóplia de manifestações paroxísmicas de sofrimento espiritual, febres tísicas e golfadas de sangue, orações convulsas de mãos trémulas e braços erguidos, penitências, cilícios e lances de êxtase, de delírio e de loucura, naquilo que é uma procissão de mártires das paixões e do remorso, que se martirizam pelos caminhos espinhosos do martírio que é a existência terrena. Confesso que, embora conheça alguma obra do Camilo romântico, os Mistérios de Lisboa extremam as características da escola, e não há sequer um laivozinho do seu delicioso sarcasmo (salvo, talvez, no episódio da Anacleta bacalhoeira, quando ainda era velhaca) que alivie o quadro tenebroso de desgraça. É um mistério – meu, não de Lisboa – que mantenha intacto o interesse nesta leitura. Mas mantenho. Não é, certamente, pelo desenlace, que adivinho de consumada tragédia… Ou talvez seja, pensando melhor, pela ânsia de ver, sim, consumada a tragédia. Que é como quem diz, ver «abatidas» tão sofridas e enervantes personagens, de modo que não fique uma para [re]contar a história.
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Os seus coments parecem bastante similares aos "cu...
Diz bem, a começar. Pois outras medidas mais drást...
E quem lê o Público e(digamos) o jornal do pcp e/o...
Os erros ortográficos cometidos por analfabetos (d...
já havia problemas antes da vinda em grande número...