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Espanta-me que os políticos e comentadores, questionados sobre a perspectiva de alta abstenção, se escudem na possibilidade de aumento de eleitores face às legislativas de 2005. Sobre o assunto a questão que interessa é mesmo a proporção.
O Abel Cavaco, do Mensagem Certa, diz do alto da sua sapiência que esta nossa casa é merecedora de um olho em cima. Apesar de me aterrar a ideia de um olho, solto, em cima de uma coisa virtual - as coisas que eu imagino - agradeço bastante o miminho.
Às duas da tarde na minha mesa de voto, no Liceu de S. João no Estoril, já tinham colocado a cruzinha no boletim trezentas em novecentas pessoas inscritas: era isso que indicavam os números a giz na ardósia da sala de aula.
Espero que o grosso dos eleitores surjam durante a tarde, pois os caminhos difíceis que se perspectivam a este depauperado país exigem um massivo sufrágio.
Participar é preciso, ou então depois não nos podemos queixar.
Tiago Pires perdeu com Mick Fanning e falhou o acesso à final. Mesmo assim, o "Saca" teve uma grande prestação, ao afastar o Kelly Slater. E isso, meus caros, não é para qualquer um. Claro que toda a gente acha muito mais importante ter o Ronaldo a brilhar no Real Madrid, mas não podemos deixar um feito destes passar em branco. Aliás, nem é a primeira vez que o "Saca" bate o pé a um dos melhores surfistas de todos os tempos. Há um ou dois meses fez o mesmo na Indonésia.
Enquanto não se sabe o resultado das eleições legislativas, a notícia do dia vai sendo a vitória de Tiago Pires contra Kelly Slater no Quiksilver Pro France, sétima etapa do Circuito Mundial ASP de surf. O "Saca" já está nas meias-finais, que vai agora disputar com o australiano Mick Fanning, número dois do ranking mundial.
O grande surfista da Ericeira a mostrar como é que é!
Ainda pelas televisões, fico a saber que o primeiro-ministro atrasou-se cerca de 40 minutos em relação à hora prevista para chegar à sua assembleia de voto - o tal stand de carros espanhóis. E porquê? Segundo disse a uma jornalista mais afoita, porque foi tomar um café e depois encontrou muitos "transeuntes" que lhe queriam dirigir algumas palavras. Presumo que transeuntes "simpáticos", como todos os que o primeiro-ministro encontrou durante a campanha...
Este texto do Vasco Barreto sobre as praxes.
Diga o João o que disser, tenha ou não um pedacinho de razão, a verdade é que estou consumido pelo remorso, ó Deus!, por não ter lá ido. É que, caramba, vou ao Lx Factory ouvir José Sócrates a monologar, que belo verbo, e não vou ao Lx Factory ouvir a Soraia Chaves, toda ela muito loira, muito bela, ler pedacinhos ardentes, ai as hipálages!, de páginas ainda por mim desconhecidas. Ó Deus.
E depois do remorso vem a inveja. Inveja por não poder, argh!, publicar umas fotos «amadoras» (é assim que se chamam as fotos fraquinhas, quando não queremos ofender. E eu não quero ofender); por não poder, assim num texto todo pomposo mas pior escrito, dizer com quem dancei (isto se eu dançasse), quem vi, para quem ri, quem procurei e o que cheirei; por não poder falar mal da música que o Pedro Vieira botou para o pessoal – é que eu falaria mal, sempre.
E para além do remorso e da inveja vem a angústia por, não podendo, querer ler o livro agora, já. Sou uma maria-vai-com-as-outras? Provavelmente sou, mas que me apetecia mesmo ler o raio do livro e ter ido ao raio da festa, lá isso apetecia.
Vejo nas televisões que o primeiro-ministro e o líder do Bloco de Esquerda exerceram o seu direito de voto, cumprindo um elementar dever cívico, num stand de automóveis que, por mero acaso, é um importador oficial de uma conhecida marca espanhola: a SEAT. Já o presidente do CDS/PP, contou-me há bocado um amigo meu, terá sido nomeado num take da agência espanhola EFE como Paulo Puertas...
Evangelho segundo S. Marcos 9, 38-43.45.47-48
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós. Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena *, para esse fogo que não se apaga. E se o teu pé é para ti ocasião de escândalo, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de escândalo, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga».
* Geena: lixeira junto à muralha de Jerusalém existente ao tempo histórico de Jesus que se caracterizava por estar em constante e interminável combustão.
Recomendo vivamente a crónica de Zé Diogo Quintela, na Pública de hoje. Há pouco tive aqui uns excertos, mas lê-la aos pedaços nem sabe a nada.
Descaradamente gamado ao Daniel Oliveira.
Estou a aguardar ansiosamente as primeiras sondagens «à boca das urnas». São as únicas em que se pode confiar minimamente.
Amanhã será um dia importante na vida de Carolina Patrocínio. A donzela que acedeu a ser mandatária para a juventude na campanha do PS terá a primeira oportunidade real de pôr a cruzinha no partido em que confessou ter sempre votado em eleições legislativas numa entrevista ao jornal i que provocou gargalhadas até nas hostes socialistas. Carolina só em sonhos poderia ter votado: nas últimas legislativas, ainda não atingira a idade mínima para exercer um acto de tanta responsabilidade. Mais tarde admitiu ter-se tratado de "um lapso", sem especificar de quem.
Mas isso já passou. Faço votos para que o seu primeiro dia como eleitora na escolha dos deputados da Assembleia da República decorra da melhor maneira. E que, também por "lapso", não se engane no quadradinho onde deseja pôr a cruz.
Estou a assistir, de boca aberta, ao Provedor do Telespectador da RTP – programa de muita virtude. Hoje, os minutinhos desta coisa são todos eles dedicados ao programa TeleRural –programa que não vejo, por não achar graça –, onde participam o Quim e o Zé, duas caricaturas do típico rural português.
Quer o provedor que o programa acabe ou seja transferido por lhe dizerem os telespectadores que «não pode ser». Dizem as sete pessoas, certamente escolhidas de forma aleatória, que «não há gente assim», que aquilo é um «mau retrato» das pessoas do interior, que é uma «ofensa» a essas pessoas. Chegam a dizer que não há rigor.
Vou meter o explicador: aquilo é humor. É um programinha inofensivo onde se explora todo um imaginário muito presente nas grandes cidades. Não interessa se tem alguma correspondência com a realidade. Não é esse o objectivo. Se eu fizer uma brincadeira com mamutes, só um estúpido muito estúpido me vai dizer «cala-te que os mamutes já não existem».
Esta constante ditadura do politicamente correcto assusta. Até nestas merdinhas.
O Avenida Central está renovado. Ainda sou do tempo em que o Pedro Morgado era um solitário blogger lá do Minho. Como as coisas mudam. Agora tem uma pipa de colegas de blogue e um estaminé cheio de coisas muito p'rá frentex. Um belo sítio para se estar.
Ao contrário do Pedro, eu discordo totalmente desta visão das praxes que o Daniel Oliveira expõe.
Se é certo que há lugares em que as praxes são medonhas – nomeadamente em Faculdades de Medicina Veterinária, só a título de exemplo – não se pode tomar a parte pelo todo. A verdade é que todos os anos entram milhares de alunos nas faculdades portuguesas e uma grande parte destes entram «sozinhos», isto é, não conhecem ninguém dentro do meio. E a integração, palavra que o Daniel odeia, é muito mais difícil do que se possa à partida pensar. É que se há uns tipos gingões que na primeira hora se tornam logo nos populares lá do sítio, outros, mais acanhados e sem grande jeito para relações acabam por ficar de parte. As praxes, quando bem feitas, servem precisamente para que ninguém fique de parte. Para todos fiquem a conhecer nem que seja o padrinho/madrinha, para que todos fiquem a conhecer nem que seja o tipo que estava ao lado a queixar-se que lhe doíam os braços de fazer flexões.
Horrível, horrível. Armam-se uns em mandões, tiranos, e outros em servos eunucos. Nada disto. Quem não quer ser praxado pode dizer ‘não’, pode simplesmente não ir à faculdade nos dias de praxes, pode ir para as aulas se as houver. A verdade é que por muito chocado que o Daniel e outros fiquem com a brincadeira, sem aspas, os jovens preferem a operação de choque a esperar semanas até criar laços.
As praxes são para quem as pensa e para quem as aceita. É nesta relação entre veteranos e caloiros que tudo se centra. Se os caloiros quiserem ser praxados, ninguém tem nada a ver com isso e se ali estão por vontade própria não faz sequer sentido sentir pena. Muito pelo contrário.
Leia-se o texto do Miguel Vaz a propósito deste assunto.
Com o Daniel Oliveira. Abaixo as praxes.
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