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Passei só para deixar aqui um post rápido a desejar um maravilhoso ano novo para todos os amigos Corta-fiteiros e a todos os que lêem o que escrevemos, aqui ou noutras bandas. Felicidades!
"Nos próximos dois anos, as obras públicas cujo valor não exceda os 5,15 milhões de euros podem ser atribuídas a uma empresa ou consórcio de empresas por ajuste directo, aprovou o Conselho de Ministros" in Público on line
Feliz 2009 e «Better Days» para todos
Não há fase do ano que combine tão descaradamente os rituais da alegria com a melancolia (que se cola sempre aos balanços e balancetes de vida). Só por isso me parece muito apropriado escolher o Melancómico como blog desta semana. Mas numa visita breve qualquer um poderá constatar que é a substância das prosas assinadas por Nuno Costa Santos e não esta sintonia lexical que justifica o destaque.
1. "Sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e a necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores." Palavras de um destacado dirigente sindical? Nada disso: foi uma significativa frase do discurso de Ano Novo do Presidente da República, em 2008. Percebendo, antes de muitos outros, o que viria a passar-se. Sócrates faz mal em subestimar Cavaco Silva - sobretudo em tempos de crise social. Não admira, por isso, que até já Jerónimo de Sousa fale hoje assim.
2. Faz agora um ano, escreveram-se as maiores catilinárias sobre a lei que limita o fumo em espaços fechados. Pulido Valente bramou: "A lei limita o direito de propriedade e intromete-se na vida privada de cada um." António Barreto bradou: "O primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas." Sousa Tavares espadeirou: "Qualquer 'dealer' de drogas duras tem mais credibilidade moral do que o Estado português." Azar de todos eles: a lei gozou desde o primeiro instante de um amplo consenso social. Passado um ano, ninguém a discute. Entre nós, os mais inflamados argumentos esfumam-se com a máxima facilidade.
Figura Internacional - Obama
Figura Nacional - Nélson Évora
Acontecimento Internacional - Libertação de Ingrid Betancourt
Acontecimento Nacional - Contestação dos professores
Frase do Ano (Internacional) - "Afastarei do Governo quem privilegiar interesses pessoais" (José Eduardo dos Santos)
Frase do Ano (Nacional) -"Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite" (Manuela Ferreira Leite)
A eleição do blog e do blogger fica para o ano
Manuela Ferreira Leite cada vez mais só: Nuno Morais Sarmento demarca-se dela, Paula Teixeira da Cruz critica-a sem rodeios. Devem ser ambos "apoiantes da candidatura permanente de Pedro Passos Coelho", como gosta de dizer este senhor.
Há sempre alguém que diz não. Também em Cuba.
Favor ouvir a punchline
Se existe data à qual a Ritinha dá verdadeira importância, para além do próprio aniversário, do aniversário do nosso «ajuntamento» e do aniversário de Mandrake o setter doido - o mesmo que me desgraça os sebago sempre que me deixo convencer a passar a noite no T1 da Bicuda - é a do final de ano.
Já tinha escrito aqui que não leio o Abrupto, pelo menos não o leio regularmente. Visito a página de José Pacheco Pereira apenas quando alguém me chama a atenção para um texto seu. Foi o caso. O António de Almeida fez uma chamada de atenção para uma análise sobre a Blogosfera feita pelo biógrafo de Álvaro Cunhal, na qual é transmitido ao amigo leitor o desagrado de JPP em relação ao que por aí se escreve, querendo eu dizer com "por aí" "na blogosfera". Ao que parece na blogosfera escreve-se cada vez mais lixo, os jornalistas vieram sujar o belo do pano e é uma missão quase impossível encontrar um bom texto, um bom autor, um bom blogue. Enfim, opiniões. Eu, não sendo jornalista, estou à vontade para dizer que com os jornalistas a blogosfera ganhou e tem ainda imenso a ganhar. Se o senhor PP se julga culto e sabedor das coisas do mundo em que vivemos, também os jornalistas trazem questões para o debate que dificilmente seriam trazidas pela mão de um não jornalista. Falo por exemplo do José Milhazes, mas os exemplos são muitos e passam também pelos nomes desta nobre casa que é o Corta-fitas.
E há ainda que dizer que o tão crítico JPP traz muito pouco à blogosfera. Utiliza o Abrupto como se fosse a Sábado ou o Público: um espaço para dizer apenas o que pensa, quando um blogue não é só isso, é muito mais. Um blogue é importante pela discussão e debate de ideias, coisa a que o senhor JPP não se digna por, pelos vistos, achar que trava um duelo desigual no qual começa com franca vantagem. E, já agora, se os jornalistas trouxeram os males do jornalismo para a blogosfera, o Pacheco Pereira trouxe sem sombra de dúvidas os males da política: o constante contorno das questões que não lhe convêm é apenas uma das evidências disso.
Estão abertas as inscrições, na Servartes, para o curso de desenho de figura humana com base em modelos nús.
Hoje fui ao banco tentar abrir uma conta. Sublinho e reforço o "tentar", porque foi só mesmo isso que fiz: tentei. Apresentei-me de cara alegre e espírito despreocupado. Oh, alma inocente. Abrir uma conta em Portugal é um verdadeiro processo pidesco. Não basta a vontade, menos ainda o dinheiro na mão. É tamanha a lista que uma pessoa perde logo a vontade de se dedicar à poupança. BI ainda vá, percebe-se, cartão de contribuinte também, faz sentido. Mas depois entra-se num sistema abusivo. Venha de lá esse comprovativo de morada, o comprovativo de profissão e entidade patronal, e, já que estamos numa de pedir e convém mesmo atestar a seriedade dos clientes - que isto anda para aí uma gente esquisita, e pelo pecador paga o justo - também não seria má ideia agregar um registo dentário, uma amostra da primeira urina do dia, uma declaração assinada pelos pais na qual conste a primeira palavra proferida e o sabor da primeira papa (sendo que os Nestum Mel passam imediatamente à frente dos Nestum Maçã Canela), o lençol com a mancha da virgindade perdida, no caso das mulheres, e um frasquinho de sémen, no caso dos homens. Assim sim, com todos estes dados na mão o banco está em posição de avaliar se o cliente tem ou não potencial para abrir uma conta, esse acto tão complicado e com tantos perigos implicados. E não vale a pena argumentar com coisas tão inverosímeis como "mas eu já tenho várias contas neste banco... é mesmo preciso isso tudo?", porque a resposta será "pois...não é por nós, é por causa do Banco de Portugal". E também não vale a pena sugerir que enviem uma cópia do processo já existente, porque a resposta será "pois.. levava mais tempo que vir cá trazer os documentos todos... não é por nós, é por causa do Banco de Portugal". E menos ainda vale a pena insinuar que o Banco de Portugal devia era estar preocupado em controlar situações fraudulentas noutros bancos (tipo... BPN... exemplo completamente aleatório), porque a resposta será "pois... não é por nós, é por causa do Banco de Portugal. Mas leve já o papelinho e depois é só trazer tudo preenchido". Tudo muito bem, está certinho. Um porquinho de barro fará o mesmo efeito.
Olhando para o muro que Israel construiu à volta de gaza, não posso deixar de questionar se tudo o que os Judeus estão a fazer, não será demasiado parecido com o que o Hitler lhes fez?
E no entretanto, olhando ainda mais para trás na história, pergunto-me: depois deles matarem os Palestinianos todos, com quem irão arranjar nova guerra?
Primeiro parece que é mas, se calhar, não ouvimos bem. Depois parece que ouvimos mamã sempre que chora quando lá pelo meio atira, de forma aflita, com essa palavra. E aí, em seu auxílio, sentimo-nos um super-herói do nosso filho. Depois ouvimo-la com toda a certeza mas só nós é que a ouvimos. Depois não temos a certeza se o som quererá mesmo dizer isso. Depois, há um dia em que alguém também ouve e pergunta: Ele disse mamã? E aí, simplesmente, esboçamos um sorriso de orelha a orelha. Depois já quase todas as manhãs se acorda com o mamã, mamã, mamã. Triplamente mamã. No carro é mamã, mamã, mamã. Na rua é mamã, mamã, mamã. E assim passa mais um dia com o mamã, mamã, mamã entre sorrisos. É a palavra mais poderosa vinda do pequeno JH. A mais encantatória que qualquer mãe pode ouvir.
Sobre o discurso do Presidente da República e respectivas reacções, é favor ler os textos de Adolfo Mesquita Nunes, Ferreira de Almeida, Francisco José Viegas, João Gonçalves, Paulo Pinto Mascarenhas, Pinho Cardão e Vítor Reis
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Boa noiteA guerra começou no dia em que um homem (...
Se foossem os também exóticos eucaliptos seria mui...
A cidade tende sempre a concentrar o poder polític...
SubscrevoAdicionaria privatização total da banca, ...
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