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No momento em que, segundo todas as sondagens, os Estados Unidos se preparam para eleger o primeiro Presidente com raízes africanas, vale a pena determo-nos um pouco sobre um dos melhores romances editados na última década, que nos fornece o pano de fundo desta América aparentemente recém-convertida à harmonia racial. O romance intitula-se A Mancha Humana (The Human Stain, 2000), foi escrito por Philip Roth, um dos grandes ficcionistas da actualidade, e fala-nos da mais insidiosa forma de racismo: a que faz um indivíduo sentir vergonha do seu próprio tom de pele.
"A política e os negócios escuros andam sempre de mãos dadas."
Rex Stout, A Morte de um Janota
Katie Melua - "If You Were A Sailboat"
Um exemplo da magnífica prosa de Pedro Mexia.
Um texto certeiro de Fernanda Câncio sobre uma história arrepiante. Veio a saber-se depois que a vítima tinha apenas 14 anos.
Pedro Sena-Lino reactivou as suas Crónicas de Bizâncio.
Pedro Sales tem toda a razão no que escreve aqui.
Concordo com este texto de João Gonçalves.
E gosto muito do que escreve o Manuel Jorge Marmelo, no seu Teatro Anatómico.
Já me surpreenderam a defendê-la em demasiadas ocasiões para poder continuar a ignorar este meu impulso que já me valeu o título de “ferreira leitista envergonhada”. A verdade é que o laranja nunca foi sequer o tom da minha camisola que aliás, nos tempos que correm, é cada vez mais cor de burro quando foge.
O que me leva a defender a mulher que quando foi ministra da Educação e das Finanças tantas vezes foi alvo das minhas críticas e poucas ou nenhumas objecto da minha simpatia? Eu e o meu umbigo, após rápida reflexão concluímos que foram as circunstâncias que a transformaram aos meus olhos. Afinal não é sempre assim?
A tão debatida degradação da classe dirigente, com a fuga dos melhores e a consolidação dos profissionais mais empenhados na gestão das suas carreiras do que da coisa pública, propiciaram um enquadramento que lhe foi muito favorável. O facto de saber que ela é um dos poucos políticos que está na política para servir e não para se servir conferiu-lhe a qualidade humana que alterou a minha perspectiva. E quando as suas inabilidades ao nível comunicacional e os vários erros tácticos começaram a minar e a ameaçar o seu consulado fui a primeira a relativizá-los.
São graves essas incompetências na política? Diz que sim. Eu sei que sim. Estamos na era da comunicação, comunicar é tudo, bla, bla, bla. Mas a verdade é que também todos, com a mesma convicção, criticamos a espuma da política e a política que se faz de espuma.
Acredito que Manuela Ferreira Leite estivesse convicta de que os portugueses, habitualmente queixosos de tanta inconsequência e arbitrariedade fossem sensíveis ao seu modo espartano de fazer política. Em teoria não seria esse um sinal inequívoco de seriedade, honestidade e vontade de se demarcar do estilo palavroso e inconsequente dos seus antecessores?
Estou convencida de que ela, ingenuamente, acreditou nesta estratégia. Não contou, porém, com a duplicidade da natureza humana. Os portugueses e mais especificamente os jornalistas e opinion makers que criticam ferozmente a demagogia, o som e as luzes da política espectáculo, paradoxalmente cobram aos políticos que dela se demarcam a ausência de ruído e falta de brilho.
Poucos dias depois de ter assumido a presidência do PSD começou a campanha contra o seu “silêncio”. Agora a palavra de ordem é a “tristeza” do seu discurso, tão contrastante com o optimismo de Sócrates que também, diga-se em abono da verdade, tem sido amplamente criticado mas nunca com o propósito de reconhecer mais realismo nas palavras da sua oponente. A crítica ao anúncio do aumento do salário mínimo pelo Governo também foi mal acolhida, embora ninguém conteste que se trata de uma medida eleitoralista.
Na verdade acho que ela já chegou ao ponto de não retorno em que nada que possa fazer ou dizer poderá reverter a imagem negativa que lhe colaram desde o primeiro momento. Os baixos índices de popularidade de M.F.L. divulgados há dias reflectem que o pensamento único está a fazer o seu caminho.
Não partilho muitas das suas ideias, mas confesso que gostava de ver um político como ela, um político inábil a comunicar, mas sério, desinteressado e consequente a fazer alguma coisa. Quem sabe, talvez não ficasse tudo na mesma. Mas fazer política é dar espectáculo com sessões diárias a partir das 20h (hora a que começam os telejornais). Não é a política que tem horror ao vácuo. Pelos vistos somos todos nós, espectadores impenitentes, sempre ávidos de estímulos que nos preencham a vida.
José Sócrates andou armado em caixeiro-viajante no Salvador, garantindo que todos os seus assessores usam o Magalhães, computador que "é resistente ao choque porque o Presidente Chávez já o atirou ao chão". Oliveira da Figueira, no seu memorável blablá de vendedor de banha de cobra, não diria melhor. Daí a alusão que o próprio Sócrates fez a Tintim, também nesta cimeira ibero-americana, assegurando que a geringonça faz as delícias dos compatriotas "dos sete aos 77 anos". Por metade disto, Santana Lopes teria sido lapidado pela confraria dos "comentadores" cá da parvónia. Por qué no te callas?
Joss Stone - "Spoiled"
Será que isto é um escândalo?
Terá influência?
Na complexidade destas eleições, já nada nos pode surpreender.
Era uma Vez na América, do José Gomes André.
A Moleirinha (de Freixo de Espada à Cinta)
"Da mesma maneira que o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia um indígena (Evo Morales), a Venezuela (Hugo) Chávez e o Paraguai um ex-bispo (Fernando Lugo), acho que será uma coisa extraordinária se na maior economia do mundo um negro for eleito presidente", disse Luiz Inácio Lula da Silva em Havana. Espantados? Eu não. As palavras de Lula já foram consideradas como "corajosas" por parte de Fidel Castro.
Com mais este recente episódio, começa a compor-se um leque de apoios inesperados de Barack Obama, que, ou muito me engano, ou ainda poderão vir a revelar-se fatais para o candidato democrata. Se não forem prejudiciais antes das eleições e a tempo de significarem alguma coisa, serão depois, já eleito. Chávez, Morales e Fidel não são propriamente figuras políticas que se recomendem e a Europa e o mundo deviam olhar com alguma atenção para o que irá passar-se na América.
Barack Obama está a prometer tudo a todos, coisa que em política nunca se faz. Está refém, por exemplo, do voto dos grandes sindicatos. Tem dito que não haverá despedimentos nas grandes empresas norte-americanas, só com o fito de garantir votos. Depois das eleições, o cenário nos EUA será outro. Durante algum tempo iremos assistir a um novo proteccionismo americano, que deve durar anos, pois Obama terá que assegurar a reeleição. E nisso ele não brinca, está visto.
Vida e Destino
"O Conselho de Administração (CA) da LCS-Linha de Cuidados de Saúde, SA suspendeu ontem uma das enfermeiras supervisoras fundadora do serviço Linha Saúde 24 por considerar a sua presença “inconveniente nas instalações da empresa”. A enfermeira em causa foi a primeira subscritora da carta que um grupo de oito supervisoras do call center de Lisboa escrevera há dias à ministra da Saúde, Ana Jorge, denunciando um conjunto de anomalias no funcionamento daquela linha de atendimento.", Público on-line
A SEDES tem um blogue. A Helena Matos está cheia de razão. A Leonor Barros também. O António Figueira, idem aspas. Compreendo muito bem o Carlos Barbosa de Oliveira. Gostei deste pequeno retrato de um pequeno país, fixado pela Ana Cláudia. Subscrevo a tese da Luísa. E revejo-me nestas linhas da Maria Isabel. Sinto inveja da Ângela. A Sónia tem novos motivos para escrever. A Sofia continua inspirada. Faço minhas as palavras do Coutinho Ribeiro. Conheço demasiado bem o dilema de João Tordo. Tenho uma história parecida com a do Pedro Rolo Duarte, que um dia destes contarei aqui se houver tempo e paciência. Não me admiro que o Governo venha a seguir a irónica sugestão do Francisco José Viegas. E nem sei como já não me espanto com esta curiosíssima noção de democracia, bem captada pelo Filipe Nunes Vicente.
Já disse que a SEDES tem um blogue? Ah, pois já.
Feist - "My Moon My Man"
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"Nos últimos anos foi crescendo a percepção da nec...
Os EUA, China, Índia, Rússia, e os outros grandes ...
Puro masoquismo prestar atenção ao esgoto televisi...