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Reis Agoas quer proibir o Governo. Do Jorge Ferreira, no Tomar Partido.
Um partido numa galáxia distante. Do João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos.
O populismo silencioso 1ª parte. De Pedro Marques Lopes, na Atlântico.
Falar claro aos portugueses. De Paulo Gorjão, no Vox Pop.
O 'Expresso' não gosta de Ferreira Leite. Do Coutinho Ribeiro, n' O Anónimo.
A CPLP nada ganha. De Ana Gomes, na Causa Nossa.
Aos poucos o homem revela-se. Do Carlos Manuel Castro, na Palavra Aberta.
Impunidades. Do Pedro Rolo Duarte.
Eu veto. Da Ana Vidal, na Porta do Vento.
Tropa de Elite. Do Francisco José Viegas, n' A Origem das Espécies.
(em actualização)
Desculpem voltar a falar do assunto, mas há bocado uma carrinha enorme veio para cima de mim numa rotunda e, como não pude deixar de reparar nas letras garrafais e na cara lá estampada, volto ao "caso João Moutinho". Isto para dizer que me apercebi que o jovem de 21 ou 22 anos tem uma escola com o seu nome, patrocinada e com o apoio total das academias do Sporting. Por isso é que não se perdoa a um capitão de equipa, que é o segundo jogador mais bem pago do plantel (a seguir a Liedson), as declarações que fez, querendo sair do clube para rumar ao Everton, mesmo que este clube não esteja disposto, como parece, a pagar a cláusula de rescisão acordada no contrato. Moutinho era um líder, um ídolo dos mais novos sportinguistas, agora está a gerar problemas no balneário por causa de uma decisão infantil motivada apenas pelo simples facto de só pensar em si. Se perder a braçadeira de capitão, não me admira. Já deixou de a merecer.
Esta mulher tem que ser nossa! Salvo seja e com o devido respeito que é todo. Ou, vá lá, é imenso.
"José Casanova é director do Avante!"
Ferreira Fernandes, DN
De Vital Moreira, evidentemente.
Num post abaixo, o João Villalobos fez uma crítica a um texto do Henrique Raposo, do blog Atlântico. E recebeu uma resposta curiosa. Estavam os dois a falar de corrupção, mas parece que o Henrique vê em Portugal uma singularidade. Diz ele: “Os partidos colonizaram Portugal, colonizaram o sistema político”; “sistema partidário não pode ser sinónimo de sistema político”; “numa democracia liberal decente, os partidos actuam num sistema político. Não são donos dele. Em Portugal, não é assim”.
A resposta do Henrique Raposo parte de uma ideia que me parece errada: temos mais corrupção do que os outros porque o nosso sistema é diferente. O Henrique até faz a extraordinária observação de que temos partidos a mais.
Parece-me que é ao contrário em ambos os casos: temos partidos a menos e o nosso sistema não difere daquele que existe na maioria dos países.
Se houvesse mais partidos, havia coligações (como na Alemanha) e não seria preciso maioria absoluta, uma tentação.
Na realidade, temos um sistema político bipartidário, igual ao dos vizinhos, incluindo EUA, Reino Unido (que sendo quase tri, é na realidade bi), Espanha (onde as autonomias alteram essa divisão ao meio) ou Suécia. Portugal não tem nada de especial na matéria e apenas imitou os outros.
As carreiras políticas fazem-se através de partidos. É assim na democracia. Há poucos independentes nos EUA e um candidato independente não conseguirá ser eleito presidente. No Irão, para ser líder, basta saber muito de teologia.
Em todas as democracias parlamentares, os partidos são donos do sistema político. Incluindo nos EUA, onde a disciplina partidária é menor do que na Europa. Os partidos políticos têm grande controlo sobre a imprensa, a economia e a cultura. Em todos estes países se discute o financiamento dos partidos e a corrupção.
Não há singularidade portuguesa e se o país é mais corrupto, as causas serão outras, nomeadamente a forma como o eleitorado desculpa abusos. Há um aspecto cultural: os portugueses estão dispostos a perdoar. Na Suécia, uma ministra demitiu-se por usar o cartão de crédito do Estado para comprar fraldas para o filho; em Portugal, isso era impossível. No máximo, haveria um encolher de ombros.
Hoje, Diário de Notícias e Correio da Manhã reproduzem a mesma deprimente fotografia, a propósito da inauguração de um centro de oncologia em Vila Real. O deprimente da imagem não tem a ver com o ar enfastiado de um primeiro-ministro com as mãos nos bolsos enquanto a ministra olha atentamente para o chão sabe-se lá porquê. O deprimente tem a ver com o que se vê por detrás deles, a ocupar o exíguo quarto com chão de linóleo: Uma poltrona de napa barata ao canto, uma cama daquelas que se vêem nos filmes da Segunda Guerra e uma janela de alumínio sem cortinas. Em suma, o «novo» centro de oncologia ainda mal abriu as portas e já tem aspecto de ser mais velho do que a Sé de Braga. Ao que leio, Sócrates escolheu aquele preciso lugar para afirmar que «Não se podem ter serviços de excelência em todo o lado». Palpita-me que, muito cedo, os visitantes do «novo» centro de oncologia vão perceber que - pelo menos desta vez - o PM não mentiu.
Que fazem os polícias que não estão entretidos a rebocar o meu carro? Minuciosa pesquisa permite-me fornecer a resposta ao curioso leitor:
1 - Estão aos magotes nos festivais de música ao ar livre a empurarrem-se uns aos outros e à risadas, como meninos no primeiro dia da colónia de férias;
2 - Circulam na Baixa em cima de umas trotinetes ridículas, para espanto dos turistas;
3 - Estão plantados perto de uma obra ou à porta de um prédio. Mandam mensagens no telemóvel e bocejam;
4 - Estão nas corridas de toiros. Enquanto dois circulam nas trincheiras, outro senta-se na varanda, muito direito, ao lado do Inteligente.
5 - Defendem com zelo a entrada em qualquer rua, praça ou avenida cortada ao trânsito para finalidades comerciais;
6 - Roubam-lhes as pistolas no Entroncamento. Perseguem os bandidos até Abrançalha de Baixo. Provocam, em Abrançalha de Baixo, grande fuzilaria. Queixam-se de que um deles ficou ferido. Prendem o suspeito. O suspeito não tem arma.
Já não falo nas investigações, e nos livros, e no resto. A sério: sou só eu que me envergonho destas figuras?
É acutilante sem jamais ser deselegante. Estuda as matérias, sabe argumentar, é uma das presenças mais assíduas no hemiciclo. E, sem dúvida, um dos deputados que mais trabalha: na sua bancada, que tem poucos elementos, é especialista em diversas áreas. É uma pessoa de convicções, mas ao longo destes anos nunca o vi resvalar para o insulto a um adversário político - e muito menos a um camarada de partido que pense de maneira diferente da direcção. O PCP fez muito bem em designá-lo vice-presidente da Assembleia da República, função que cumpre com todo o mérito.
Há quem entenda que todos os deputados são iguais. Eu não. Por isso voto nele.
Não percebo a indignação de alguns ou por que razão Cravinho havia de ser a excepção: Há muito tempo que se sabe que José Sócrates não recebe lições de ninguém.
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