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Palavras que odeio (168)

por Pedro Correia, em 30.07.08

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Nas colunas

por João Villalobos, em 30.07.08

 

Eu e o nosso João Távora lá estivemos, lado a lado.

E ouvimos isto e muito mais 

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Uma palavra faz toda a diferença

por Pedro Correia, em 29.07.08

A censura torna os jornalistas mais hábeis. Millôr Fernandes lembrou há pouco um exemplo ocorrido no Pasquim, uma das publicações mais visadas pelos censores da ditadura militar brasileira nos anos 70 – uma censura que não se limitava aos temas políticos: exercia o domínio repressivo também no capítulo da moral e dos costumes.
Em certa edição da revista, havia que escrever sobre o romance Iracema, de José de Alencar – um clássico da literatura romântica brasileira, que entre outras expressões popularizou à época a “virgem dos lábios de mel”. Convidava à malandrice. E assim foi: o Pasquim lá se debruçou seriamente sobre o romance, numa das suas enésimas edições, tendo no entanto o cuidado de acrescentar uma palavra. Uma palavrinha apenas – no caso, um adjectivo. Grande. A virgem de Alencar passou a ter “grandes lábios de mel”.
A censura, bronca como costumam ser as censuras, nem reparou. Uma singela palavra pode fazer toda a diferença.

Gostei de ler

por Pedro Correia, em 29.07.08

 

 

Reis Agoas quer proibir o Governo. Do Jorge Ferreira, no Tomar Partido.

Um partido numa galáxia distante. Do João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos. 

O populismo silencioso 1ª parte. De Pedro Marques Lopes, na Atlântico.

Falar claro aos portugueses. De Paulo Gorjão, no Vox Pop.

O 'Expresso' não gosta de Ferreira Leite. Do Coutinho Ribeiro, n' O Anónimo.

A CPLP nada ganha. De Ana Gomes, na Causa Nossa.

Aos poucos o homem revela-se. Do Carlos Manuel Castro, na Palavra Aberta.

Impunidades. Do Pedro Rolo Duarte.

Eu veto. Da Ana Vidal, na Porta do Vento.

Tropa de Elite. Do Francisco José Viegas, n' A Origem das Espécies.

 

(em actualização)

O caso Moutinho

por Francisco Almeida Leite, em 29.07.08

Desculpem voltar a falar do assunto, mas há bocado uma carrinha enorme veio para cima de mim numa rotunda e, como não pude deixar de reparar nas letras garrafais e na cara lá estampada, volto ao "caso João Moutinho". Isto para dizer que me apercebi que o jovem de 21 ou 22 anos tem uma escola com o seu nome, patrocinada e com o apoio total das academias do Sporting. Por isso é que não se perdoa a um capitão de equipa, que é o segundo jogador mais bem pago do plantel (a seguir a Liedson), as declarações que fez, querendo sair do clube para rumar ao Everton, mesmo que este clube não esteja disposto, como parece, a pagar a cláusula de rescisão acordada no contrato. Moutinho era um líder, um ídolo dos mais novos sportinguistas, agora está a gerar problemas no balneário por causa de uma decisão infantil motivada apenas pelo simples facto de só pensar em si. Se perder a braçadeira de capitão, não me admira. Já deixou de a merecer.

Sugestão ao Conselho de Curadores

por João Villalobos, em 29.07.08

Esta mulher tem que ser nossa!  Salvo seja e com o devido respeito que é todo. Ou, vá lá, é imenso.

Eu sou, tu és, nós sumos...Cristalina

por João Villalobos, em 29.07.08

Agradeço aos amigos e inimigos, os quais muito estimo de igual forma, o favor de explicarem ao maradona quem eu sou nesta caixa de comentários se de tal façanha forem capazes. Obrigado. É só para ver se ele aceita o meu convite para um almoço de debate sobre formas de vida passariformes. 

A melhor década do cinema (131)

por Pedro Correia, em 29.07.08

O FALSO CULPADO

(The Wrong Man, 1956)

Realizador: Alfred Hitchcock

Principais intérpretes: Henry Fonda, Vera Miles, Anthony Quayle, Harold Stone, John Heldabrand

"Um filme tenso, excitante e fascinante." (Clayton L. White)

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O insulto da semana

por Pedro Correia, em 29.07.08

"José Casanova é director do Avante!"

Ferreira Fernandes, DN

O panegírico da semana

por Pedro Correia, em 29.07.08

De Vital Moreira, evidentemente.

Emoções básicas (3)

por Luís Naves, em 29.07.08

Num post abaixo, o João Villalobos fez uma crítica a um texto do Henrique Raposo, do blog Atlântico. E recebeu uma resposta curiosa. Estavam os dois a falar de corrupção, mas parece que o Henrique vê em Portugal uma singularidade. Diz ele: “Os partidos colonizaram Portugal, colonizaram o sistema político”; “sistema partidário não pode ser sinónimo de sistema político”; “numa democracia liberal decente, os partidos actuam num sistema político. Não são donos dele. Em Portugal, não é assim”.

A resposta do Henrique Raposo parte de uma ideia que me parece errada: temos mais corrupção do que os outros porque o nosso sistema é diferente. O Henrique até faz a extraordinária observação de que temos partidos a mais.

Parece-me que é ao contrário em ambos os casos: temos partidos a menos e o nosso sistema não difere daquele que existe na maioria dos países.

Se houvesse mais partidos, havia coligações (como na Alemanha) e não seria preciso maioria absoluta, uma tentação.

Na realidade, temos um sistema político bipartidário, igual ao dos vizinhos, incluindo EUA, Reino Unido (que sendo quase tri, é na realidade bi), Espanha (onde as autonomias alteram essa divisão ao meio) ou Suécia. Portugal não tem nada de especial na matéria e apenas imitou os outros.

As carreiras políticas fazem-se através de partidos. É assim na democracia. Há poucos independentes nos EUA e um candidato independente não conseguirá ser eleito presidente. No Irão, para ser líder, basta saber muito de teologia.

Em todas as democracias parlamentares, os partidos são donos do sistema político. Incluindo nos EUA, onde a disciplina partidária é menor do que na Europa. Os partidos políticos têm grande controlo sobre a imprensa, a economia e a cultura. Em todos estes países se discute o financiamento dos partidos e a corrupção.

Não há singularidade portuguesa e se o país é mais corrupto, as causas serão outras, nomeadamente a forma como o eleitorado desculpa abusos. Há um aspecto cultural: os portugueses estão dispostos a perdoar. Na Suécia, uma ministra demitiu-se por usar o cartão de crédito do Estado para comprar fraldas para o filho; em Portugal, isso era impossível. No máximo, haveria um encolher de ombros.

 

Com a verdade me enganas

por João Villalobos, em 29.07.08

Hoje, Diário de Notícias e Correio da Manhã reproduzem a mesma deprimente fotografia, a propósito da inauguração de um centro de oncologia em Vila Real. O deprimente da imagem não tem a ver com o ar enfastiado de um primeiro-ministro com as mãos nos bolsos enquanto a ministra olha atentamente para o chão sabe-se lá porquê. O deprimente tem a ver com o que se vê por detrás deles, a ocupar o exíguo quarto com chão de linóleo: Uma poltrona de napa barata ao canto, uma cama daquelas que se vêem nos filmes da Segunda Guerra e uma janela de alumínio sem cortinas. Em suma, o «novo» centro de oncologia ainda mal abriu as portas e já tem aspecto de ser mais velho do que a Sé de Braga. Ao que leio, Sócrates escolheu aquele preciso lugar para afirmar que «Não se podem ter serviços de excelência em todo o lado». Palpita-me que, muito cedo, os visitantes do «novo» centro de oncologia vão perceber que - pelo menos desta vez - o PM não mentiu.

Palavras que odeio (167)

por Pedro Correia, em 29.07.08

Resiliente

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O "se" de Portugal*

por Filipa Martins, em 29.07.08

 

Uma eterna frase condicional, que se exerce na norma do conjuntivo.
Uma hipótese, uma concepção ou um desejo
Conjugação irresponsável do verbo na pessoa do outro e nunca na primeira.
Um pretérito que se perpetua
 
 
* Ao cuidado de quem me lê e de quem me comenta

Nas colunas

por João Villalobos, em 29.07.08

 

Asteria, «Quant la doulce jouvencelle»

 

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Trevas medievais na idade atómica

por Pedro Correia, em 28.07.08

 

“Justiça” no Irão: oito mulheres e um homem foram condenados à morte e aguardam execução. Os seus “crimes”? Prostituição, incesto e adultério – no caso das mulheres, segundo considerou o tribunal islâmico. O homem, professor de música, foi condenado por ter mantido relações sexuais com uma estudante.
Elas têm entre 27 e 43 anos, ele tem 50. Se as penas se cumprirem, como tudo indica, num dos próximos dias as vítimas serão executadas da forma mais bárbara e cruel: por lapidação.
Assim vai o Irão – mergulhado nas trevas medievais, à mercê do Ministério da “Virtude”, enquanto procura fabricar a bomba atómica.

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O xô guarda desculpe

por Cristina Ferreira de Almeida, em 28.07.08

Que fazem os polícias que não estão entretidos a rebocar o meu carro? Minuciosa pesquisa permite-me fornecer a resposta ao curioso leitor:

1 - Estão aos magotes nos festivais de música ao ar livre a empurarrem-se uns aos outros e à risadas, como meninos no primeiro dia da colónia de férias;

2 - Circulam na Baixa em cima de umas trotinetes ridículas, para espanto dos turistas;

3 - Estão plantados perto de uma obra ou à porta de um prédio. Mandam mensagens no telemóvel e bocejam;

4 - Estão nas corridas de toiros. Enquanto dois circulam nas trincheiras, outro senta-se na varanda, muito direito, ao lado do Inteligente.

5 - Defendem com zelo a entrada em qualquer rua, praça ou avenida cortada ao trânsito para finalidades comerciais;

6 - Roubam-lhes as pistolas no Entroncamento. Perseguem os bandidos até Abrançalha de Baixo. Provocam, em Abrançalha de Baixo, grande fuzilaria. Queixam-se de que um deles ficou ferido. Prendem o suspeito. O suspeito não tem arma.

Já não falo nas investigações, e nos livros, e no resto. A sério: sou só eu que me envergonho destas figuras?

 

Melhor deputado do PCP

por Pedro Correia, em 28.07.08

ANTÓNIO FILIPE

É acutilante sem jamais ser deselegante. Estuda as matérias, sabe argumentar, é uma das presenças mais assíduas no hemiciclo. E, sem dúvida, um dos deputados que mais trabalha: na sua bancada, que tem poucos elementos, é especialista em diversas áreas. É uma pessoa de convicções, mas ao longo destes anos nunca o vi resvalar para o insulto a um adversário político - e muito menos a um camarada de partido que pense de maneira diferente da direcção. O PCP fez muito bem em designá-lo vice-presidente da Assembleia da República, função que cumpre com todo o mérito.

Há quem entenda que todos os deputados são iguais. Eu não. Por isso voto nele.

Guerra de Sexos VI

por Filipa Martins, em 28.07.08

 

 - Em qualquer caso as minhas confissões serão feitas, se as quiser ouvir. A vantagem é que são breves, ou, como aprendi quando me confessava, respeitando os quatro “Cs”: claras, concisas, concretas e completas.
 
As narrativas têm de ter um começo e a presente poderia ter sido inaugurada com a declaração que se acaba de fazer. Não tenho a soberba de admitir que tudo o que foi escrito é apoucado e sem sentido e o que se segue esclarecedor e consequente. À ausência de soberba junta-se, quem sabe, pouca coragem.
 
  
Um homem quando soma décadas julga-se sábio. Sensação de falsa segurança que o deixa incauto. É, portanto, a história de um homem colhido pela surpresa a que se segue. A ofensiva, dotada da rapidez felina e da suavidade da passagem do tempo, não tem origem renal ou pulmonar, apesar de a respiração poder ser momentaneamente arrítmica. Dá-se, contudo, no músculo que os poetas garantem tornar-se inexpugnável com o passar do tempo. Gente pouco credível.
 
O homem de que vos falo era confesso amante das ciências exactas, habituado ao lugar das coisas, circulava entre divisões com funções catalogadas mentalmente. As regras nasciam com naturalidade própria, não sendo impostas ou ditatoriais, mas sendo sempre respeitadas. Os objectos dessas salas, de épocas que pululam na linha temporal, interagiam com a memória deste homem. Paciência houvesse para o detalhe de prosa, e à boa maneira académica as peças eram descritas com a paciência resgatada do Museu de Arte Antiga. Este discurso de pormenor escondia uma característica menos nobre, mas humana. O conhecimento adquirido sobre as coisas só se exercia em pleno quando associado à posse das mesmas. Nada que se tornasse um problema para este homem, que longe estava de ter parcos recursos. A vertigem da compra era calculada e a partir daí a retórica sobre o objecto encetada.
 
Ninguém lhe merecia tanto detalhe de prosa. A surpresa colheu o homem quando ele se viu capaz de falar de alguém como falava das coisas. E ao contrário das coisas, esse alguém nem sempre se deixava possuir. Foi, desta forma, que foi privado do objecto de retórica, de uma ou outra faculdade racional e dos freios do comportamento. O impossível tinha acontecido.   

A boutade que faltava

por João Villalobos, em 28.07.08

Não percebo a indignação de alguns ou por que razão Cravinho havia de ser a excepção: Há muito tempo que se sabe que José Sócrates não recebe lições de ninguém. 



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