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De Vital Moreira a José Sócrates.
Manuela Ferreira Leite, com apenas 37,91% dos votos dos militantes e sem assento na Assembleia da República, prepara-se para governar um partido dividido em três. Não lhe gabo a sorte.
Algumas frases que Pacheco Pereira escreveu há oito meses no seu blogue, a 29 de Setembro de 2007, poucas horas após Luís Filipe Menezes ter vencido a eleição para líder do PSD.
- "Em matéria do PSD este é o blogue do mau perder. Direi mais ainda, do péssimo perder. E continuará assim até a bandeira ficar direita, se é que alguma vez fica direita."
- "Uma coisa que morreu ontem: os últimos restos do processo de refiliação de Rui Rio, os últimos restos de alguma moralização da vida interna para garantir a democracia dentro do partido."
- "A blindagem contra surpresas futuras vai ser total, porque eles não brincam em serviço. Se alguém pensa que Manuelas Ferreira Leite, Rios, Relvas, ou seja lá quem for podem ganhar alguma vez contra alguns daqueles profissionais, está bem enganado."
- "O PSD tinha até ontem uma crise de afirmação, mas estava a atenuar a crise de credibilidade. Hoje voltou em pleno à crise de credibilidade, e vai continuar a ter a crise de afirmação."
- "A outra razão pela qual Menezes ganhou, a mais importante para os votos que obteve, tem a ver com a incapacidade do PSD suportar mais tempo de oposição e ter "pressa" de chegar ao poder. Por isso acredita no Houdini, no milagre salvador."
Convém ter memória. Há oito meses foi assim: Menezes, que acabara de vencer a eleição por 56%, não teve um momento de trégua interna. O que sucederá agora a Manuela Ferreira Leite, com uma vitória bem mais escassa? Não custa vaticinar. Reparem nas setas, lá em cima - viradas para baixo. Onde terei eu já visto este filme?
O jornal Expresso faz hoje uma análise noticiosa semelhante à análise que JPP tanto critica. Mas, como se trata do Expresso e o colunista mais tendencioso da imprensa portuguesa depende daquele grupo de comunicação, nada diz. Calado, caladinho.
Sob o título "Sondagens a pedido", aquele semanário diz que "45% é a pior expectativa (melhor é ficar acima de 50%) para Ferreira Leite, segundo uma sondagem encomendada pela sua candidatura. PPC seria o 2º (entre 25 e 30%) e PSL o 3º (entre 14 e 18%). 39% é o máximo que Manuela conseguirá, de acordo com outra sondagem encomendada pela candidatura de Santana Lopes. Santana é o 2º , com 38,1 e Passos o 3º, com 22,3%. 40% é o número que dará a vitória a Pedro Passos Coelho, segundo sondagem encomendada pela sua candidatura, que dá o 2º lugar a Ferreira Leite (37,2%) e o 3º a Santana Lopes (22,6%)".
Perante isto, e usando o Expresso os mesmos dados que serviram de base para a notícia alvo do post infeliz de JPP, espera-se a todo o momento que o comentador mais tendencioso da imprensa portuguesa se retracte. Ou então que volte a defender, se tiver coragem para isso, o mesmo destino para a excelente jornalista que assina a peça. Claro que nada disso irá acontecer, porque JPP tem sempre dois pesos e duas medidas.
O Rock in Rio-Lisboa encheu ontem, não só por causa de Amy Winehouse, mas sobretudo por causa deste senhor. Grande show de Lenny Kravitz.
Ainda bem que não fugi com a Grace Jones
O Corta-Fitas, pela mão do Pedro Correia, desenrolou uma passadeira vermelha para um texto meu. Fiquei bloqueado. Há dias assim. Sento-me à frente do computador há pelo menos cinco dias e... nada. O ecrã continuava branco... quando hoje me vi em Hollywood a pisar uma passadeira vermelha ao lado da Faye Dunaway, no lugar do canastrão do Warren Beatty, agarrar-lhe na mão e voltar às estradas americanas como Bonnie and Clyde. Não recebi nenhum Oscar mas foi um momento único. Até à data nunca tinha pisado uma passadeira de tal cor nem conhecido uma estrela de cinema. O melhor que consegui, até hoje, foi viajar com a Grace Jones. Foi num vôo de Turim para Londres. Mas ela não me ligou nenhuma. Eu também não lhe dei confiança para grandes intimidades. Nunca saberei o que teria acontecido se lhe tivesse dado confiança. Possivelmente não estaria para aqui a bater no teclado e a fazer um intervalo para ir ver a final da Champions que o Manchester venceu injustamente. Mas lá estava, agora em Moscovo, mais uma passadeira vermelha que nunca pisarei. O jogo foi bom mas o melhor foi a cerimónia da entrega da taça com a presença de Bobby Charlton que há 50 anos sobreviveu ao acidente de Munique e que há 40 levantava esta mesma taça numa final, em Wembley, contra o Benfica também com prolongamento mas sem penaltis. Ainda bem que não fugi com a Grace Jones.
António Pais (do blogue Fim de Semana Alucinante)
O HOMEM DAS PISTOLAS DE OURO
(Warlock, 1959)
Realizador: Edward Dmytryk
Principais intérpretes: Richard Widmark, Henry Fonda, Anthony Quinn, Dorothy Malone, Dolores Michaels, Wallace Ford, Tom Drake, Richard Arlen, DeForest Kelly, Regis Toomey
"Um triangulo amoroso, um triângulo de ciúmes, um triângulo de poder. (...) É um monumental western, sob todos os pontos de vista."
(Henrik Sylow)
Os caminhos do socialismo e da social-democracia
Portugal é – pode começar a cair o Carmo e a Trindade! - o país da Europa com maior desigualdade entre ricos e pobres, atrás da pérfida América.
Não deixa de ser curioso que o seja, já que cerca de 50% da riqueza produzida é canalizada para o Estado, para que este promova a sua redistribuição, segundo os critérios de uma das Constituições mais socialistas em vigor no espaço europeu. Se a esta notícia juntarmos outras, conhecidas esta semana, que diziam que os jovens, entre os 25 e os 34 anos, têm um rendimento médio abaixo dos 700 euros, ou que os reformados, como escrevi na 'Atlântico', em 2006, tiveram uma pensão média de 462 euros (o que significa que a maioria recebe abaixo deste patamar), é caso para dizer: que raio de socialismo é este, são estes os caminhos da social-democracia?
Se são, então digo: não, obrigado… passo.
Haverá certamente quem clame, em face destes tristes resultados, pela necessidade de acentuar ainda mais a intervenção do Estado na redistribuição da riqueza, na prestação dos "serviços públicos essenciais", na educação, na saúde, na tributação da riqueza.
Talvez tenha chegado, porém, a hora de concluirmos que o socialismo em Portugal é uma utopia utilizada para mascarar a apropriação da riqueza por alguns, à custa dos restantes, sob o manto de uma vaga ideia auto justificada de "bem-comum". E que a social-democracia nacional, de tanto clamar pelo "social" e pela protecção dos mais pobres, sem colocar no topo do discurso – e, sobretudo, da prática política – o que realmente interessa – educação, exigência, inovação, produtividade, exportações – está a tornar o País ainda mais fraco, ainda mais pobre.
É que não há país que tenha reduzido a desigualdade colocando tanto ênfase no discurso miserabilista. Foi tornando os cidadãos mais competentes, mais capazes, mais autónomos e as instituições (públicas e civis) mais sólidas que os países reduziram a pobreza.
O mundo está cada vez mais difícil, e os líderes políticos, em vez de apelarem ao rigor, ao optimismo, ao trabalho, ao arregaçar de mangas, conjugarem apenas, educação na exigência e na competência, produtividade, exportações, não, perdem-se na batalha por saber quem é mais "humano", mais "social", mais preocupado com "os pobres e desfavorecidos".
Num país de mariquinhas e medricas, é nisso que os nossos políticos do centrão nos querem tornar? Foi a explorar as fraquezas de espírito que os nossos reis conseguiram resistir a mouros, espanhóis, franceses, foi para acabarmos assim que explorámos mares e continentes, e emigrámos para todos os cantos do mundo? Estamos assim tão mal, para ficarmos paralisados e obrigados a aturar políticos que acham que somos todos uns clones do Calimero?
Para quando um líder político disposto a explorar as capacidades dos portugueses, e o espírito de iniciativa e risco que, felizmente, ainda não morreu em Portugal?
Rodrigo Adão da Fonseca (do blogue Blue Lounge)
1. Gosto do novo visual da Controversa Maresia. E do que lá se escreve.
2. A Isabela também deu nova imagem ao seu blogue. O Mundo ficou ainda mais Perfeito.
3. A Praça da República já conta cinco anos. Vai daqui um abraço de parabéns ao João Espinho.
4. Quatro anos de Aliciante. Cada vez a fazer mais jus ao título.
Amanhã a passadeira vai estender-se para o Sérgio Lavos e o Vítor Cunha.
Graças ao serviço público de um blogue que leio diariamente, o excelente Blasfémias, tive acesso à famosa "reportagem" da SIC sobre os perigos (The horror!) da Internet, com direito ao tradicional debate onde todos estavam de acordo. Um naufrágio de banalidades.
Esta malta não se enxerga? Será assim tão difícil compreender que o novo meio permitiu aumentar as liberdades da nossa sociedade?
Eles estão convencidos de que podem assustar as pessoas. Para eles era melhor que não houvesse evolução nos costumes e que toda a gente visse a televisão tradicional e a bola e os concursos descerebrados e a informação inovadora e atenta que fazem. A liberdade assusta e pede controlo.
No suposto debate, só escapou um, José Gameiro, que tentou reflectir sobre o tema, mas esta "reportagem" torna evidente que os media tradicionais não entendem o fenómeno dos blogues e estão até muito alarmados.
Pretender impressionar o eleitorado por se saber identificar os problemas do país
Pacheco Pereira, sempre indignadíssimo com os jornais (excepto aquele onde escreve regularmente), as revistas (excepto aquela onde pontifica uma vez por semana), as rádios (excepto aquela que o escuta como comentador) e as televisões (excepto aquela onde debita sentenças nas noites de quinta-feira), optou aqui por um discurso rasteiro, insultando em vez de argumentando. Cada vez menos racional, cada vez mais passional. Em defesa da sua dama.
É uma pena.
Ora aqui está um sério caso de insanidade política. JPP acha-se um monumento, como tal pensa que pode dizer e escrever as maiores baboseiras que jamais se viram. Desta vez, contudo, foi longe demais. E terá que provar o que afirmou, sob pena de o caso ser tratado noutras instâncias.
Caros leitores do Corta-Fitas,
O que me preocupa não é a desproporção entre os salários médios dos trabalhadores e os dos altos dirigentes das empresas, de que Cavaco Silva voltou hoje a falar. Eu pagava era para saber qual a relação entre o que eles ganham e os resultados da sua gestão.
A passadeira continua estendida. Amanhã avançam o António Pais e o Rodrigo Adão da Fonseca.
Quando esta manhã reabastecia de gasóleo o carro, um esguicho matreiro do precioso líquido sujou-me as calças. Em resultado disso, durante o resto do dia o meu perfume caro foi várias vezes enaltecido. Por vezes pressenti até alguns olhares esquivos e silêncios cobiçosos. Vou mas é para casa tomar um duche e mudar de roupa!
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