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Ouvi ontem alguns minutos do Prós e Contras dedicado à inevitável (há quem diga incontornável...) questão do mano a mano entre a professora de francês e a aluna do liceu portuense a propósito do malfadado telemóvel que tem enchido horas de telejornais.
Lá compareceu em força a habitual plêiade de pedagogos, com ou sem aspas, debitando frases como estas, onde não faltava a habitual evocação nostálgica do Maio de 68:
"Um adolescente tem que transgredir."
"Um aluno pode saber mais do que o professor."
"O aluno não pode nunca ser expulso da escola."
Reparei que algumas vozes, cheias de bom-senso, tentavam remar contra a maré - entre elas a do Carlos Abreu Amorim. Escusado: o que prevalecia no conjunto eram aquelas sentenças dos tais "pedagogos" (agora com merecidas aspas) que servem de caução moral a todo o género de desmandos nas salas de aula. Depois queixem-se.
ADENDA: Ler o Carlos B. Oliveira, nas Crónicas do Rochedo.
"És um criminoso, Bush! Um homem desprezível! Mereces o Inferno!", diz o boneco palestiniano antes de atravessar com "a espada do Islão" o outro boneco, que representa o presidente dos Estados Unidos. Esta cena, protagonizada por desenhos animados, foi transmitida num programa infantil da televisão Al Aqsa, que emite na Faixa de Gaza.
Telefonam-me de um jornal a perguntar se a revista Atlântico vai acabar ou se, como ouviram dizer, vai "apenas" mudar de mãos. Não sei. Não percebo por que carga de água havia de saber. Devo ter uma fama de coscuvilheiro que faz favor.
Só espero que seja fumo sem fogo embora, infelizmente, assim não pareça. Nunca lá escrevi uma linha mas sempre achei, e continuo a achar, que a revista é preciosa e veio preencher um vazio de debate e de ideias por parte de uma nova geração. O "projecto" é hoje mais do que isso e o PPM, como seu líder, aguentou-se à bronca bem mais do que muitos outros em aventuras similares. A Atlântico vai fechar? Rapaziada, por favor desmintam-me.
A conclusão parece-me simples: O Pedro Marques Lopes defende a privatização da RTP e, aplicando em seguida o raciocínico acima expresso, que ela seja depois manipulada pelos seus novos proprietários, aliás «com toda a legitimidade». É isso não é? Porque se a lógica é outra então não percebi.
Sei do prestígio de que gozavam os professores do secundário no tempo dos meus pais. Rómulo de Carvalho, Irene Lisboa, Mário Dionísio e Sebastião da Gama foram alguns dos que honraram a profissão tendo projectado o seu nome muito para além das paredes dos liceus onde leccionaram. Mas mesmo os que nunca saíram do anonimato não deixaram de ser, nas suas escolas, vedetas cuja fama muitas vezes os precedia: fama de exigentes, duros, excêntricos e até perversos na forma como exerciam a sua autoridade. Admirados por uns, detestados por outros eram, todavia, respeitados pelos seus vastos conhecimentos nas matérias que ensinavam.
Já não apanhei essa casta no activo, mas herdei alguns dos seus discípulos em fim de carreira. Destacavam-se dos mais novos pela atitude. Colocavam-se muito acima de nós, sem complexos.
Essa convicção inibia-nos. Até podíamos detestar aquele estilo anacrónico de dar aulas, mas o máximo que conseguíamos fazer era retalhá-los nos intervalos, a golpes de má língua e algum sentido de humor. Penso que era a sua estatura intelectual que nos apoucava e tolhia, mas sobre isso nunca falávamos. Era tabu. Reconhecer o ascendente de um professor sobre nós era sempre embaraçoso.
«A análise dos rendimentos per capita de acordo com a tipologia dos agregados permite identificar que são as famílias mais numerosas, e em particular as com crianças, aquelas que apresentaram menor nível de rendimento per capita e, consequentemente, uma maior precariedade económica». Agência Financeira
«Baixa fecundidade não permite renovação de gerações». Diário Digital
Também estou farta dos jovens, com ar de matraquilhos e mãozinha sobre o coração, a crucificarem os colegas na televisão e a exclamarem, com os olhinhos redondos: "Não fui eu, senhora professora! Eu quero aprender... A culpa é da sociedade".
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