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Decorreriam uns anos até voltar a ver o Adolfo Ernesto. Nesse tempo abardinado em curso, a Walther andava sempre comigo, não fosse necessário enfiar uns supositórios num comuna ou noutro daqueles guedelhudos ainda mais esquerdalhos que me infernizavam a vida lá na herdade.
Em Lisboa, onde me encontrava por causa de uns negócios a ver com Angola que não interessam para esta história, havia-os aos pontapés, literalmente falando. Preparava-me certa noite para negociar o preço do serviço de uma empresária em nome individual, ali para os lados do Técnico, quando vi um grupo de gajos à porrada e a dar novos e contundentes usos a paus de bandeira e baldes de tinta vermelho-Mao.
À margem da turba, olhando em tique-taque da esquerda para a extrema-esquerda, uma silhueta cujo desequilibrado gigantismo me pareceu familiar. Dei uns disparos para o ar com a minha «Amélia» e a maralha dispersou em tropel de rebanho, com excepção do dito cujo, com uma boina sebenta de pastor de cabras na cabeça. Cheguei-me ao pé dele e, calculando que tivesse algum atraso mental, gritei-lhe ao ouvido:
«Então pá?!!! Não sabes afinfar uma berlaitada nesses copinhos de leite morno»?
«Desculpa lá», murmurou ele com ar ausente.
«Desculpo-te o quê, ó gabiru»?
«Não ter levado a taça de branco traçadinho à tua amiga».
Por improvável que pareça, foi aí que se fez luz. Lembrei-me do impúbere troglodita que nunca regressara naquela noite que não esqueci, após o Tarzan Taborda me ter enfiado para dentro do estômago a 4ª e a 5ª costelas. E foi então que decidi convidar o Adolfo para continuarmos a noite num outro lugar…
Atenção: Relembro-vos que me limito a reproduzir uma série de textos recebidos sob anonimato, por isso não me chateiem.
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