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Não sei se já repararam: um dos factos políticos mais relevantes das últimas semanas tem sido o silêncio de Santana Lopes. Direi melhor: o sábio silêncio de Santana Lopes. Enquanto Menezes demonstrava uma incontinência verbal e uma inconsistência mental em doses galopantes, enquanto Alberto João Jardim deixava os jornalistas de fora do congresso da Madeira (e os órgãos de informação acataram respeitosamente esta regra, em vez de mandarem o congresso às malvas), enquanto Ângelo Correia ensaiava os primeiros malabarismos tácticos que o farão descolar da actual liderança a curto prazo, Santana guardava um prudente recato. Começa a parecer um estadista em comparação com a restante turma. Bem escusam Paula Teixeira da Cruz, José Pacheco Pereira, lord Borges e tutti quanti de procurarem ansiosamente um sucessor para Menezes: ele já anda por aí e tem o nome do primeiro Papa. O problema, para o PPD, não é ter um "líder" que não sai "nem à bomba": é ser um partido que não muda de características nem à bomba. Quem quer mudança, fará melhor em fundar outro partido. Ainda há tempo: falta um ano e meio para as próximas legislativas.
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