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Selva? Será que não consigo usar outra palavra? “Selva” é um lugar comum tão insuportável! Mas frequentemente os lugares comuns são assim: incontornáveis (Oops! Não é o Pedro Correia que odeia esta palavra?).
Pois seja: a escola era uma selva, que começava por nos ameaçar, mas que aos poucos íamos sentindo como nossa. Esse sentimento de posse excluía, sempre excluiu, os professores. Por isso nós, os donos daquele território – mesmo no tempo em que os docentes não tinham sido totalmente despojados de autoridade pelo sistema – éramos implacáveis e cruéis na avaliação que fazíamos deles.
O exame era sumário e realizado, invariavelmente, na aula de apresentação. Passados poucos minutos já todos tínhamos uma opinião, não raro unânime. Sempre me fascinou essa sintonia. Aos 13, 14, 15 anos dava comigo a interrogar-me sobre como é que fazíamos aquilo. Numa turma de 25, 30 almas tão desiguais, como é que quase todos, sem sabermos uns dos outros, cheirávamos nos primeiros minutos se o professor que estava naquele momento na arena iria ser, ao longo do ano, respeitado ou torturado por nós? Era incrível como ficava quase tudo decidido nesse primeiro encontro e como as nossas expectativas relativamente ao estilo de relação que iríamos estabelecer com ele se confirmavam com o passar do tempo. Questão de instinto? I guess... Na selva os bichos também fazem assim.
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os jornalistas são 99% de esquerda. uma 'sociedade...
Caro Anónimo, aconselho-o vivamente a voltar para ...
Ha muito deixei de ver programas de debate, em áre...
Fala quem quer, ouve quem quer. Tal como na media ...