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Uma história sem moral

por João Távora, em 27.02.08
No outro dia, ao contornar a sumptuosa estátua do Marquês de Pombal, a minha filha de sete anos perguntou-me quem era aquele personagem de cabeleira lá em cima de tão magnificente pedestal. Falei-lhe então do Sebastião José, politico astuto, ambicioso e visionário. Acontece que por razões óbvias e para não faltar à verdade não pode ignorar o seu carácter facínora. Logo notei como criara a confusão naquela cabecinha maniqueísta e cheia de conceitos absolutos. Perguntou-me a seguir como é que aquele senhor, depois de ter mandado matar os Távoras e os padres Jesuítas não tinha sido preso pela polícia; ao que eu, encurralado, elucidei-a  que era ele que mandava na policia, e que na realidade a vida era complicada e nem sempre era justa. Expliquei-lhe ainda, com afecto, que ao contrario das histórias do Tintim que lhe leio à noite, e dos contos da Disney que ela consome deliciada, na vida real nem sempre ganham os bons. Já em silêncio, cruzámo-nos então com a estátua do António José de Almeida a caminho da casa da avó que agora mora ali prá Almirante Reis.


6 comentários

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De ergela a 27.02.2008 às 18:05

Tem razão João, a história portuguesa nem sempre é feita de conquistas e feitos heroicos.
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De sAPO a 28.02.2008 às 09:10

E o cachecol do Sporting que lá puseram, que é feito dele?
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De Anonimo Campo de Ouriquense a 28.02.2008 às 09:27

Fez-me lembrar o outro post sobre campo de Ourique que finalizava com a Távora Júnior á janela... Ambos deliciosos e impregnado de um salutar espírito de família... Melhores desejos de muitas felicidades a todos...
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De Dynamite a 28.02.2008 às 10:30

Deviam ter dinamitado a estátua, como fizeram em Santa Comba Dão a seguir ao 25A.
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De O Réprobo a 28.02.2008 às 14:33

Meu Caro João,
espero ter sido dada à Menina a nota de Esperança que Lhe faça acreditar em poder a disponibilidade para a luta evitar que facínoras ascendam ao Poder.
Entretanto, a propósito do aniversário do meu Clube, decidi observar os imperativos da Bíblia e de João Távora, lá pelo meu canto.
Abraço
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De J.C. a 28.02.2008 às 14:51

Se eu tivesse sido confrontado com tais realidades, entre o Sebastião José, o António José de Almeida e o Almirante Reis, acho que até da minha avó começaria a ficar desconfiado...

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