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Falar com teleponto ao Portugal sentado

por Pedro Correia, em 23.02.08

 

Uns professores que hoje ousaram descer à rua para contestarem a ministra da Educação e se atreveram a prestar declarações aos órgãos de informação foram imediatamente cercados por agentes da PSP, que lhes exigiram os bilhetes de identidade. Acabo de ver na SIC esta notícia que nos parece falar de um país longínquo. Mas não: estamos no Portugal de 2008. O mesmo que José Sócrates, no aconchego dos seus fiéis, garantiu hoje estar no bom caminho. "Governar bem é governar com competência e com rigor, é pôr sempre o interesse geral acima dos interesses particulares, é trabalhar a favor da estabilidade e da confiança nas instituições. É manter uma linha de rumo, é realizar um programa, é apresentar resultados", declarou o primeiro-ministro na abertura do Fórum Novas Fronteiras.

Quem o veja nesta sucessão de cerimónias propagandísticas é capaz de lhe dar razão. Mas perguntem a opinião aos professores descontentes que hoje desceram à rua debaixo de chuva e se viram cercados pela PSP como se fossem delinquentes. Que "interesse geral" levará a polícia a tratá-los como se a liberdade de expressão estivesse reservada apenas a quem fala com teleponto ao Portugal sentado?


22 comentários

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De Anónimo a 24.02.2008 às 02:31

Estes professores não sabem a matéria dada.
A lei portuguesa não obriga os cidadãos a fazerem-se acompanhar de BI.
Mas, a autoridade pode exigir a identificação de qualquer pessoa que "se encontre ou circule em lugar público, aberto ao público ou sujeito a vigilância policial, sempre que sobre a mesma pessoa existam fundadas suspeitas de prática de crimes contra a vida e a integridade das pessoas, a paz e a Humanidade, a ordem democrática, os valores e interesses da vida em sociedade e o Estado ou tenha penetrado e permaneça irregularmente no território nacional ou contra a qual penda processo de extradição ou de expulsão".
Ora, os senhores professores estavam a praticar um crime contra os valores e interesses da vida em sociedade.
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De Manuel Leão a 24.02.2008 às 14:54

Sr. Anónimo:

Facto provado, Anónimo escreveu:

«Ora, os senhores professores estavam a praticar um crime contra os valores e interesses da vida em sociedade».

Respondo:

Crime é quando a estupidez excede o limite do tolerável, embora não esteja incluído na citação.

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