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Porque hoje é sexta

por Corta-fitas, em 23.11.07

“Ruth sabia do caso com Ayala e sofria muito. Eu, por meu lado, odiava-a por ela não me obrigar a escolher entre as duas e por aquela sabedoria discreta que a aconselhava a esperar. Sofrer e esperar: nem uma só vez durante aqueles meses horríveis se mostrou zangada ou hostil, mas também não manifestava qualquer submissão, nem me deixava perceber a sua humilhação. Pelo contrário: eu era o macho com cio, acalorado, que andava à roda de duas mulheres sem saber o que queria. E no rosto sem beleza de Ruth via toda a sua força e sabedoria: os seus movimentos eram mais lentos que nunca. Irradiava dela um aviso sereno: era extremamente forte; como qualquer ser humano, continha em si forças muito grandes e perigosas e por isso tinha que agir com moderação; para não ferir os outros, tinha que se conter e ter paciência: sugerir sem gritar, propor sem impor. Eu odiava-me pelo sofrimento que lhe causava.” – David Grossman in Ver: Amor


7 comentários

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De Pedro Correia a 23.11.2007 às 19:17

Fiquei muito curioso. Hei-de pedir-te esse livro emprestado.
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De Mike a 23.11.2007 às 14:05

... fiquei curioso... gostei do Someone to Run With (creio que a edição inglesa é da Bloosbury mas já não me lembro). E não voltei mais ao autor... obrigado pela dica, teresa ribeiro.
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De perdão, anónimo a 23.11.2007 às 14:04

(de lançar a confusão)
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De Anónimo a 23.11.2007 às 13:29

O anónimo das 12:19 agradece o esclarecimento, que era na realidade uma pequena provocação com a finalidade de provocar confusão.
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De j.c. a 23.11.2007 às 13:12

Bem escrito e menos bem traduzido: «tinha 'que'» é apenas um exemplo menor. Se o caso for a tribunal...
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De teresa ribeiro a 23.11.2007 às 12:58

Ayala é mesmo nome de mulher em Israel, que é onde decorre a história que Grossman nos conta em "Ver: Amor", um romance interessante e muitíssimo bem escrito
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De Anónimo a 23.11.2007 às 12:19

Ayala é nome de mulher ou o "macho" da história andava na realidade à volta de uma mulher e de outro "macho"?

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