por Francisco Almeida Leite, em 02.05.07
A frase que
Paulo Portas enunciou na Madeira - reproduzida na imprensa como "
Nós acreditamos que o trabalho liberta", frase que os nazis usavam nos campos de concentração - conseguiu ser ainda pior do que as palavras de ordem do PNR, ontem numa manifestação na capital onde surgiram ao lado dos nacional-socialistas alemães (que empunhavam cartazes e faixas com o ideário nazi). Foi pior porque a frase é dita pelo presidente de um partido com assento parlamentar e que pertence, como o próprio gosta de dizer, ao "
arco constitucional". Um "
partido de Governo", como diz também tantas vezes e não um partido irresponsável e demagógico, como o inútil PNR.
É o que dá tentar aparecer sempre, com coisas novas e supostamente inteligentes. Portas foi traído por ele próprio, mas quero acreditar que tudo não passou de uma indigesta
gaffe, que prova antes de mais aquilo que temos vindo a dizer: o regresso soa a
déjà-vu, só que numa versão que não surpreende, a não ser pela negativa como ontem. A ver vamos, este "Portas II" surge mais magro das idas ao ginásio, com os dentes mais brancos, só que anda a ler menos e tem muita falta de memória. Muita mesmo.