por Pedro Correia, em 01.05.06
Ontem - domingo, véspera de feriado - o centro de Lisboa, na zona do Marquês de Pombal, estava cheio de turistas. Mas à hora do almoço nenhum deles encontrou um só restaurante aberto. Se quisessem comer, restava-lhes entrar num hotel ou no Palácio Sottomayor, agora transformado em centro comercial. Se quisessem comprar um exemplar do El Pais, o melhor era mudar de ideias: não havia um só quiosque aberto. Se quisessem adquirir um vulgar recuerdo alfacinha, batiam com o nariz na porta: o "pequeno comércio" que tanto clama contra a má sorte de telejornal em telejornal, estava de portas fechadas. Ontem, feriado, repetiu-se o cenário. Felizmente o Sottomayor mantinha-se aberto, com empregados (só brasileiros...) a servir o público.
Fala-se muito em crise entre nós. Mas a maior de todas é esta: a crise da falta de iniciativa e da falta de vontade de trabalhar.
8 comentários
De Anónimo a 02.05.2006 às 16:23
Entre galegos e portugueses, de facto, a diferença é nenhuma...
De Anónimo que nem um cacho a 02.05.2006 às 14:47
A Galiza não vale. Não é Espanha. Eles querem ser portugueses, até falam como nós...
De António Correia Novais a 02.05.2006 às 12:40
Não é só em Portugal.
Este fim de semana estive na Galiza e à excepção dos tradicionais comes e bebes estava todo o comércio fechado.
Resultado, nada de "recuerdos"
De Rui Castro a 02.05.2006 às 11:31
É de facto transcendente. Mas há que saber a razão do fecho. Será que a legislação permite a sua abertura nestes dias? E se permitir será que os empregados são obrigados a trabalhar?
De Anónimo a 01.05.2006 às 17:56
Se o comércio espanhol não tivesse aberto há uns anos as portas em Portugal, a situação ainda seria pior.
De Anónimo que nem um cacho a 01.05.2006 às 17:19
Já se diz à boca cheia na Europa que o português tem o gene fraco! Sempre foi um paizeco periférico e não é agora que é diferente. Olhem para Espanha, até dá gosto os ver a fazer riqueza.No feriado está tudo aberto. Cá vão chorar para a SIC com aqueles dentes poderes a dizer, "Ai menina, isto está muito mal..." E nós a sustentar esta gente!
De MB a 01.05.2006 às 15:55
Nem mais. Depois queixem-se do Corte Inglês e dos continentes!!
De Sofia Loureiro dos Santos a 01.05.2006 às 14:23
Por isso é que considero cada vez mais revolucionário... o trabalho!