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Opíparo, meus senhores!

por João Távora, em 08.07.14

Os nossos leitores não sabem, mas isto de ter um blog colectivo o melhor que tem é mesmo o convívio e as jantaradas. E se Jesus Cristo fundou a Igreja à mesa com os apóstolos, nós portugueses cedo percebemos que é à mesa que se podem resgatar as almas das trevas. Afinal quando as coisas correm bem “é o que levamos daqui”, como diz a sabedoria popular.
E assim foi, debaixo de um majestoso pôr-do-sol na Praia da Poça em São João do Estoril, que decorreu ontem mais um dos já afamados jantares do Corta-fitas. Foi a segunda vez que um destes acontecimentos saiu de Lisboa, depois de uma inesquecível experiência há uns anos na Ericeira e pode dizer-se que descontando as notadas ausências da Luísa e dos correspondentes do Norte, Vasco Lobo Xavier e João Afonso Machado, foi um sucesso. De notar que mesmo assim a incidência de "Vascos" foi marcante, com os Vascos Rosa e Mina a tirarem claramente vantagem pelo facto. O Peixe-galo foi comido em saborosos filetes que é o que se aconselha a uma segunda-feira mesmo num restaurante à beira-mar. Por diversas vezes foram as conversas convenientemente interrompidas com sonoros brindes de Saúde a Ricardo Salgado, tristes compungidos e solidários que estavam os presentes com as recentes arrelias do demissionário banqueiro. Chegados aos cafés, acesos os cigarros e cigarrilhas, o Duarte Calvão não se coibiu de humilhar os presentes com um enorme charuto com que aliás acompanhou mais um brinde ao Dr. Ricardo Salgado – inteiramente correspondido com chávena em punho pela nossa especialista em assuntos de banca, a Maria Teixeira Alves.
Com o ventinho enregelado a chegar aos ossos, o José Mendoça da Cruz que percebe destas coisas, convidou os comensais para fecharem a noite com um último copo na sua acolhedora casa, gentileza bem recebida por todo o grupo, não sem antes, divididos em três carros, fazermos uma ruidosa paragem na bomba de gasolina para municiamento de whisky e tabaco. Foi quando eu me senti rejuvenescer trinta anos, e reviver por instantes os tempos da minha juventude rebelde.
Já nos aposentos do nosso anfitrião, ainda tivemos a oportunidade de, mais uma vez, beber uma saúde ao malogrado Dr. Salgado, que não lhe falte nada na velhice, amigos e consolo dos que lhe são chegados - foram os nossos sinceros votos. 

 

PS.: Da próxima levo a minha grafonola e uns quantos Foxtrots e Ragtimes que é um regalo.

Retratos de Lisboa (8)

por João Távora, em 17.07.08

Após as trágicas trapalhadas da l Republica, eis a alvorada da segunda: prédios da Rua São Filipe Neri atingidos na sequência da Revolta de Fevereiro de 1927. Hoje os corta-fiteiros vão jantar aqui tranquilamente.

 

Imagem daqui

Do vinil ao digital numa mesa para muitos

por M. Isabel Goulão, em 28.03.07

Impressionistas? Digo, impressionados? Na ausência dos maravilhosos fotógrafos deste blog, foi a fotografia possível. Têm razão:pior era impossível. Eu estraguei o resto.
Pois foi mais um jantar de Corta-Fitas sem gravatas nem passwords. E um convidado de quem é difícil não simpatizar. Foi um prazer Rui Castro. Mesmo longe de Porto de Mós (viras à esquerda a seguir ao sinal), o Duarte não se livrou das graçolas do costume, do cabrito, das batatinhas, isso é que é comida, nem dos pratos ou dos vinhos. Ter um gastrónomo entre nós é um privilégio.
A blogoesfera tem destas coisas. Gente que se encontra dentro e fora do blogger, que se cruza aqui e ali, que se importa, que se alegra com as vitórias, que se entristece com o sofrimento, que brinda à felicidade, aos convidados, a nós e à nossa vida. O blog é um pretexto, um fantástico pretexto para sair do blogger, beber gins tónicos, sumos de tomate, comer risotto ou penne, com cortes epistemológicos entre duas garfadas.
E rir, dizer mal, dizer bem, as mulheres (as giras), os blogs, quem nos lê, quem nos comenta (obrigada a todos) e as confidências que (também) nos unem.
Falou-se dos resultados do referendo ali do lado, com a "penalização da posse e consumo do pó de talco" a ganhar com um grande margem e discutiu-se o tema do próximo inquérito. Lamentavelmente estava a falar com alguém e não percebi nada.
A grappa final foi já tarde e a más horas, mas dias não são dias e nem todas as noites são assim.
E é tudo. Foi o relato possível. O nosso bem-haja aos nossos leitores. Também são eles que nos unem. Por cá, vamo-nos cruzando entre uma draft e um publish. Foi um prazer. Uma boa noite e mais um copo de água.


Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



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