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Gestão um bocado aérea

por José Mendonça da Cruz, em 24.01.10

 «Cidades-donut» são Lisboa e Porto, mas o Porto tem quem o administre. Através da Porto Vivo, Sociedade para a Reabilitação Urbana, até 2012 serão aí investidos 580 milhões de euros, 444 de privados e 136 de entidades públicas. Lisboa, entretanto, gasta em aviões e outras acrobacias. A Red Bull Air Race ... aí está, precisamente, uma boa maneira de comparar dois tipos de gestão, segundo mais novidades que ontem o Expresso contava:

- que (já sabíamos) a Câmara de Lisboa comprometeu-se a pagar 3,5 milhões de euros por aquilo que a Gaia e ao Porto custou 400 mil euros;
- mas também que a «contratação, gestão e custo de todo o sistema de apoio» que no Norte corria pelos privados, em Lisboa estará a cargo de bombeiros, PSP, Polícia Marítima, etc;
- que a publicidade do evento que, no Porto, era assunto dos privados, em Lisboa compete às entidades camarárias;
- e que, por fim, a criação de zonas de observação e espaços de lazer que, no Norte, eram dever contratual da empresa privada que explorava o evento, em Lisboa compete às câmaras de Lisboa e Oeiras.
Os bons negócios, de facto - pensará a Red Bull e as pérfidas línguas - fazem-se é com os socialistas.
Costa e o voo picado.

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Santana Lopes: o antídoto da esperança

por João Távora, em 17.10.08

Carregado de razão está Pacheco Pereira ao clamar contra a escolha no PSD de Pedro Santana Lopes para candidato à Camara Municipal de Lisboa. Com mais ou menos justiça, mais ou menos inabilidade, Santana Lopes foi a face visível dos mais patéticos momentos da política nacional dos últimos trinta anos. Tendencialmente apreciado pelo jornalismo estabelecido, suspeito que também o é secretamente pelos adversários à esquerda, na expectativa dum caminho fácil rumo aos seus objectivos.

Com a Câmara Municipal de Lisboa em profunda crise, da qual nenhum dos partidos tem as mãos limpas, as eleições que se avizinham apresentam-se como uma oportunidade clara para uma desforra à direita. Assim, sendo estas uma das mais importantes eleições do regime, as candidaturas à presidência da CML deveriam ser levadas a sério pelos partidos da oposição, com escolhas de primeira linha, descomprometidas e de cadastro limpo. Com  autoridade para reclamar uma vida nova na gestão da capital do país. Se é que isso ainda é possível.

Seria tarde para mudar

por Teresa Ribeiro, em 14.09.08

Ouve-se para aí dizer que, depois de José Sá Fernandes, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, pôs a Helena Roseta no bolso. Quem refere o acordo recentemente estabelecido com o Cidadãos por Lisboa tendo como propósito elogiar a habilidade política de António Costa, argumentará com toda a justiça e propriedade. Mas que não se confunda o que parece ser um bom acordo para ambas as partes (Cidadãos por Lisboa ganham poder de intervenção e PS alarga a sua área de influência) com a capitulação de uma mulher que provou ao longo de mais de 30 anos que não se deixa comprar por ninguém. Ela merece que se lhe faça essa justiça.

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Diz que fazia falta...

por Teresa Ribeiro, em 07.09.08

 

Cruzo a cidade com vagar. É domingo, está sol e apetece andar a pé. Atravesso o Saldanha, sigo na direcção da Praça José Fontana e chego ao Jardim Henrique Lopes de Mendonça. Deserto. Quer dizer, só eu é que caminho por ele, mas na verdade não posso dizer que esteja deserto. Conto-os. São seis, distribuídos por vários bancos, tudo a dormir, com a moca, ou a cozer a bebedeira, não sei.
Ao centro, o lindo coreto onde às vezes eu brincava em criança, está coberto de graffiti e – reparo depois – foi convertido em T zero. Não descortino bem os ocupantes porque estão tapados por cobertores.
Lembrei-me então que já tinha ouvido dizer que aquele jardim de Lisboa, que ainda por cima fica mesmo em frente a uma escola secundária, anda infrequentável há anos.
Numa zona nobre da cidade, a dois passos do Marquês de Pombal, é com este espectáculo que deparamos. Pergunto-me o que anda a fazer aquele senhor que diz que fazia falta. Como é que se chama? Já não me lembro...

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