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A princípio não percebi o que ouvia na televisão: “adoptar está na moda!”
O non sense chamou-me a atenção e continuei naquilo, que também continuou na mesma: “adopte com consciência!” Estranhei, mas a mensagem publicitária prosseguia com disparates em catadupa: “contacte o canil municipal ou as uniões zoófilas da sua área, adopte um animal! Contacte a SOS animal, adopte um animal!” Adopte um animal?!? Mas está tudo doido?!?...
Bateram leve, levemente, como quem chama por mim, pelo que fui ver. Ao dicionário.
Adoptar, segundo a Porto Editora, é “tomar (o filho de outrém) por filho próprio, perfilhar (…)”, e adopção é “acto ou efeito de adoptar, (…) criação (…) de um vínculo jurídico semelhante ao que resulta da filiação natural, independentemente dos laços de sangue, filiação legal, perfilhação, relação de paternidade e filiação (…)”.
“Adopte um animal” e “adoptar está na moda” (com relação a animais) são imbecilidades difíceis de compreender na mensagem publicitária. Supondo que os seus autores têm dicionários à mão, ou se consideram eles próprios uns animais ou vão naquela onda de que somos todos iguais, humanos e cães, e querem passar essa ideia.
Qualquer que seja a resposta à questão colocada, não podem eles incomodar-se por podermos considerá-los uns animais, e não seres humanos.
Adoptar, a adopção, os conceitos e a realidade que comportam não podem ser banalizados desta forma. Animalesca.
(*) Declaração de interesses: de entre outros, admiro imenso os cavalos e simpatizo bastante com os cães (embora preferisse que corressem mais do que os gatos). Também muitos outros, devidamente tratados com carinho e convenientemente temperados, são muito do meu gosto.
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