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Curioso como quase sempre recordamos os nossos mortos pelos seus traços principais, momentos luminosos, devidamente despoluídos das mesquinhezes, desgastantes rotinas e conflitos. É uma questão de sobrevivência pois que somos também feitos dessas memórias, e por isso resguardamos as boas, que dessa forma nos completam e animam no projecto de sermos gente pela vida fora. Só assim é possível prestarmos tributos, amar os nossos heróis, construir os nossos panteões. Chegamos à idade adulta quando não dispensamos os nossos mortos, assim idealizados e suportados nas suas grandezas, perdoadas e resolvidas as disputas e mal entendidos. Assim nos integramos numa comunhão de pensar, ás vezes até em diálogos íntimos como preces, sobre tudo e sobre nada, sábios conselheiros que eles são.
Assim pela vida fora os nossos mortos ajudam-nos a crescer. Precisamos de amar os nossos mortos, e a nossa memória encarregar-se-á de arrumar a casa toda. Distanciados pelo tempo entendemos as precariedades mundanas e os pecadilhos terrenos. Perdoando-os também aprendemos a nos perdoar, a entender o difícil caminho da santidade, esta eterna construção. Que é permanecer com os nossos, pelos nossos depois da nossa vez. No sentido da Luz.
Foto: O meu irmão e eu nas docas de Alcântara por volta de 1967
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