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Os nossos leitores não sabem, mas isto de ter um blog colectivo o melhor que tem é mesmo o convívio e as jantaradas. E se Jesus Cristo fundou a Igreja à mesa com os apóstolos, nós portugueses cedo percebemos que é à mesa que se podem resgatar as almas das trevas. Afinal quando as coisas correm bem “é o que levamos daqui”, como diz a sabedoria popular.
E assim foi, debaixo de um majestoso pôr-do-sol na Praia da Poça em São João do Estoril, que decorreu ontem mais um dos já afamados jantares do Corta-fitas. Foi a segunda vez que um destes acontecimentos saiu de Lisboa, depois de uma inesquecível experiência há uns anos na Ericeira e pode dizer-se que descontando as notadas ausências da Luísa e dos correspondentes do Norte, Vasco Lobo Xavier e João Afonso Machado, foi um sucesso. De notar que mesmo assim a incidência de "Vascos" foi marcante, com os Vascos Rosa e Mina a tirarem claramente vantagem pelo facto. O Peixe-galo foi comido em saborosos filetes que é o que se aconselha a uma segunda-feira mesmo num restaurante à beira-mar. Por diversas vezes foram as conversas convenientemente interrompidas com sonoros brindes de Saúde a Ricardo Salgado, tristes compungidos e solidários que estavam os presentes com as recentes arrelias do demissionário banqueiro. Chegados aos cafés, acesos os cigarros e cigarrilhas, o Duarte Calvão não se coibiu de humilhar os presentes com um enorme charuto com que aliás acompanhou mais um brinde ao Dr. Ricardo Salgado – inteiramente correspondido com chávena em punho pela nossa especialista em assuntos de banca, a Maria Teixeira Alves.
Com o ventinho enregelado a chegar aos ossos, o José Mendoça da Cruz que percebe destas coisas, convidou os comensais para fecharem a noite com um último copo na sua acolhedora casa, gentileza bem recebida por todo o grupo, não sem antes, divididos em três carros, fazermos uma ruidosa paragem na bomba de gasolina para municiamento de whisky e tabaco. Foi quando eu me senti rejuvenescer trinta anos, e reviver por instantes os tempos da minha juventude rebelde.
Já nos aposentos do nosso anfitrião, ainda tivemos a oportunidade de, mais uma vez, beber uma saúde ao malogrado Dr. Salgado, que não lhe falte nada na velhice, amigos e consolo dos que lhe são chegados - foram os nossos sinceros votos.
PS.: Da próxima levo a minha grafonola e uns quantos Foxtrots e Ragtimes que é um regalo.
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