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O tempo dará razão a Pedro Passos Coelho

por Maria Teixeira Alves, em 19.08.17

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A promessa de um contrato de trabalho passou a ser suficiente para os imigrantes se legalizarem em Portugal. Esta nova realidade legal criada pela esquerda foi criticada por Pedro Passos Coelho num comício do PSD. Mais uma vez a cegueira ideológica travou a razão o que levou muitos a chamarem racista e xenófobo ao líder do PSD (bastava olhar um bocadinho para a sua vida para ver que Pedro Passos Coelho de racista tem zero). 

Ora eu acho que Pedro Passos Coelho tem razão e o tempo dar-lhe-á razão (chamem-me o que quiserem como diria o Henrique Monteiro). A nova lei é absurda e kamikaze. Reparem: um estrangeiro só precisa de apresentar a “promessa de um contrato de trabalho” para garantir autorização de residência em Portugal, não precisando sequer de visto de entrada no país. Esta nova medida faz parte da alteração à lei de estrangeiros publicada em Diário da República, seguindo propostas do PCP e do BE, e aprovada pela esquerda contra o parecer do próprio Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). 

Estas medidas vão em sentido contrário ao que está a ser seguido no resto da Europa, e pretendem simplificar o processo de legalização de imigrantes, mas terão apanhado desprevenidos os próprios responsáveis do SEF. Nem eles concordam.

É preciso não esquecer que a nova legislação revoga assim a exigência de entrada legal em Portugal ou no espaço Schengen de imigrantes já com contratos de trabalho, previsto no anterior regime para os casos de legalização, a título excecional. Além disso, impede que imigrantes que tenham cometido crimes como homicídios, roubos violentos ou tráfico de droga sejam expulsos do país.

Parece evidente que esta medida de abertura à imigração aumenta o perigo da criminalidade, cria problemas de emprego, aumenta a precaridade e aumenta o risco de pobreza extrema. 

Não se pode aprovar medidas destas sem que o país tenha uma estrutura que permita integrar esses imigrantes no mercado de trabalho (e não só).

Lembro o discurso inteligente do presidente do Llodys Bank, António Horta Osório, nos 180 anos da Câmara do Comércio, em que apelou a que o Governo adoptasse políticas de imigração inteligentes, ou seja, captar pessoas com os “skills” que Portugal precisa.

Citou os casos de Singapura, Canadá e Austrália, que promoveram a recepção de imigrantes nas áreas em que mais precisavam. Assim a população dobrou em 20 anos e a economia cresceu.

“Se não fizermos isso estaremos dependentes do rácio reformados versus pessoas ativas”, disse referindo-se à relação entre população ativa e o crescimento da população.

António Horta Osório lembrou que apesar da população mundial continuar a crescer, a portuguesa continua queda. E isso é “dramático, pois daqui a 15 anos, apenas teremos 89% das pessoas que trabalham hoje e em pouco mais de 30 anos teremos apenas 73%. Vamos ter dois reformados por três trabalhadores ativos. Portugal está a perder população e isso não é sustentável em termos de estrutura de custos fixos do país, de rácio de dependentes por trabalhador. Temos atraído estrangeiros com os vistos gold e impostos favoráveis mas o Governo devia pensar numa política de imigração inteligente, tal como já acontece em Singapura, no Canadá, e na Austrália", disse o banqueiro e são palavras sábias.

O envelhecimento da população afecta Portugal e daqui a 15 anos será critico. Este é que é o problema que deve orientar as políticas de imigração. Os sentimentalismos superficiais, longe de ajudarem, criam problemas que não vamos ser capazes de resolver.

O atentado terrorista em Barcelona não pode ser ignorado pelo nosso país, e não pode ser afastado desta discussão. Como é que esta lei garante que não aumenta o risco de atentados de terrorismo?

Portugal tem vindo a crescer economicamente essencialmente devido ao boom do turismo. Um atentado em Lisboa acabaria com esse el dorado. Não se esqueçam disso.


9 comentários

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De Poisé... a 20.08.2017 às 14:41

Se pensa que é fácil arranjar um contracto de trabalho na tugulândia, inscrevas- se.
Nem os portuguas de gema conseguem um miserável contracto, quanto mais os 
que vêem de barco de borracha...
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De Manuel Moço a 20.08.2017 às 20:32

Ele nunca deixou de ter razão. É das pessoas mais sérias que alguma vez o país teve.
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De Pois... pois... a 21.08.2017 às 13:27

Ehehehhe...!


É tão sério que nem pagava impostos, assim também eu fica cheio de "papel".
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De O SÁTIRO a 21.08.2017 às 01:10

a extrema esquerda....pois é isso que são PCP..BE    e grupelhos marxistas....vive obcecada em dizer e fazer tudo o que possa criar problemas.....porque a culpa é sempre do capitalismo....e neste caso, como nos outros todos, quanto pior ficar Portugal, melhor para eles......pensam eles.coitados....


as autárquicas vão mostrar que o BE é um flop...que o PCP sobrevive porque tem acordo tácito com o PS/GOVERNO para deixarem as suas Câmaras em paz (ou seja, corrupção e roubalheira á vontade, não serão fiscalizadas..ou o pcp apoiava a geringonça sem contrapartidas???)
infelizmente, o psd vai voltar a perder
há 4 anos por causa de erros crassos, suicidas de M RELVAS..agora, porque PPC não mudou o discurso de atacar frontalmente a geringonça.....em vez de se preocupar com o livro do saraiva  ou se o ps deixa ou não falar o Sócrates.


assim NÃO VAI LÁ
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De Pois... pois... a 21.08.2017 às 13:28

Então?
Fomos lá com o Salazar o com o Marcelo que mais queria ?
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De O SÁTIRO a 23.08.2017 às 02:14

na década de 1960, o PIB português crescia á média de 8 a 10%..
Portugal seria uma nova coreia do sul, em 1980.....diziam TODOS OS relatórios de fmi, ocde, efta, cee     etc...


isto depois de tirar Portugal da bancarrota republicana, ter construído grandes hospitais....liceus...escolas do centenário...
E TER LIVRADO PORTUGAL DA II GRANDE GUERRA....único aspeto relevante  k ficará na HISTÓRIA DO SÉC XX...daqui a 500 anos.
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De OO Simões! Trás os remos e as galochas a 23.08.2017 às 19:16

rescimento económico em Portugal nos anos de 1960-73 : alteração estrutural e ajustamento da oferta à procura de trabalho 1. INTRODUÇÃO Os anos 60 e princípio dos anos 70 foram o período mais longo de crescimento económico acelerado da história recente da economia portuguesa. Tomando como base anos de expansão rápida nos ciclos de crescimento económico, verifica-se que a taxa média anual de crescimento do PIB (a preços constantes) entre 1960 e 1973 1 foi de 6,9 %, em comparação com 4,3 % em 1954-60 e 2,7 % em 1974-79 (cf. quadro n.° 1). Para os anos a seguir ao fim da segunda guerra mundial e princípio dos anos 50, a escassez de dados impede o cálculo de taxas de crescimento na mesma base que o das anteriores. Mas refira-se que, entre 1947 e 1958 (ambos anos de crescimento económico reduzido), a taxa de crescimento foi de....
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De OO Simões! Trás os remos e as galochas a 23.08.2017 às 19:21


E TER LIVRADO PORTUGAL DA II GRANDE GUERRA



E depois levamos com 14 anos de guerra colonial com a respectiva queda do Império que ficará na História para todo o sempre....


OOOOOOOOOOOO Simões !! quando é que chegam os remos e as galochas Páááá!!??
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De Anónimo a 22.08.2017 às 10:13

Curioso! Alguém que valoriza um sujeito que nunca nada fez na vida. Falamos de politico de carreira. Falamos de individuo, que nunca provou qualquer competencia, em autarquias ou outro local de relevo. Estamos perante um protegido de A.Correia, que o tem "segurado" até perante investidas internas. Opiniõies tão surpreendentes como inacreditáveis portanto. Enfim, em Portugal tudo vale.

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