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A minha leitura é diferente das que ouvi dos vários comentadores. Penso que Marcelo Rebelo de Sousa não fez um discurso para crucificar o primeiro-ministro socialista, que fez sim um discurso para ajudar António Costa a ultrapassar esta fase negra da sua governação (cheio de falhas e sem ninguém para servir de bode expiatório - já que saiu Passos Coelho). Por um lado para lhe dar o argumento que lhe faltava para não cumprir o compromisso que assumiu com Constança Urbano de Sousa, sua amiga, de a manter como Ministra da Administração Interna, apesar das tragédias dos incêndios. Por outro para o reforçar no Parlamento durante a moção de censura apresentada pelo CDS, quando diz: "Se há, na Assembleia da República, quem questione a atual capacidade do Governo para realizar estas mudanças inadiáveis e indispensáveis então que, nos termos da Constituição, esperemos que a Assembleia diga soberanamente se quer ou não manter este Governo”. Sabendo que jamais uma moção de censura do CDS recebe votos do PCP e do Bloco de Esquerda, o acto parlamentar vai servir para reforçar a legitimidade do Governo. Em troca o que vai dar Costa? A cabeça da Ministra, já no próximo sábado, no Conselho de Ministros extraordinário. O motivo para quebrar a promessa com a amiga? O discurso do Presidente da República.
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