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Estive a ver uma reportagem absolutamente absurda sobre o fogo do pinhal de Leiria.
Absurda porque ninguém com um mês de antecedência consegue antecipar condições excepcionais como as de 15 de Outubro em lado nenhum do mundo (muito menos uma conjunto alargado de madeireiros que fazem reuniões que não deixam rasto), absurda porque se mostram evidências como púcaros de resinagem num pinhal como evidências de fogo posto, absurda porque se mostram garrafas de plástico intactas e cheias de combustíveis em áreas em combustão, absurdas porque se encontram garrafas de vidro envolvidas em prata como forma de não explodirem (para a próxima que puser uma cerveja no congelador vou tentar esta técnica para evitar que a garrafa rebente, para o caso de me esquecer dela tempo a mais no congelador), absurda porque tanto se diz que se vendem pinhais por um décimo do preço depois de um fogo como se diz que o preço desceu menos de trinta por cento, etc..
Mau jornalismo não me espanta, embore me espante a quantidade de pessoas com informação, formação e treino na análise do mundo que está disposta a embarcar na primeira teoria de conspiração que lhes sirva para pôr responsabildiades "neles" em vez de pensar objectivamente no que podemos nós fazer, mesmo quando a teoria é tão infantilmente sustentada em coisa nenhuma.
Mas o que verdadeiramente me intriga na reportagem é isto: o que leva uma jornalista filha de um silvicultor, e que atribui suficiente importância a essa circunstância para o referir quando lhe dizem que não percebe nada de silvicultura, a fazer uma peça inteira, de quase meia hora de televisão, sobre fogos, gestão florestal e comércio de madeiras, sem entrevistar um único silvicultor ou qualquer pessoa qualificada para fazer gestão florestal, seja por formação ou experiência, com a excepção do presidente do ICNF que está ali a desempenhar um papel institucional e não técnico?
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