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Excelentíssimo Senhor Presidente da República, gostaria de lhe fazer uma sugestão.
Em Covas do Monte andou um rebanho, conhecido, aliás, por sofrer bastantes ataques de lobo.
Nos últimos tempos até andavam dois, um rapaz novo, depois de acabar a escola profissional (penso que em gestão do desporto, ou coisa semelhante), tinha retomado o pastoreio, mas estava apenas a aproveitar o tempo em que não tinha trabalho e não tinha a certeza se ia continuar com o gado porque, dizia ele, não dava para o ganho (na verdade o que o preocupava era depois ter de descontar para a Segurança Social quando acabasse o tempo em que tinha isenção, porque com esses descontos dizia que já não pagava o trabalho).
Nos grandes fogos de Arouca/ São Pedro do Sul, no ano passado, foi exactamente nas pastagens de Inverno dos rebanhos desta aldeia que o fogo foi travado, sendo das poucas áreas, logo a seguir ao fogo, em que havia pasto.
Com certeza recebe muita gente ao almoço e em jantares, mais ou menos formais.
A minha sugestão é a de que se lembre destes rebanhos e diga aos seus serviços para arranjarem maneira de servir cabrito, não digo sempre, claro, mas de vez em quando, nestas ocasiões, mas que garantam que o cabrito vem destes rebanhos e que é pago a um preço que incorpore o serviço de gestão de combustíveis e de conservação do lobo que é prestado por estes pastores.
E que não só sirva este excelente cabrito aos seus convidados, como que lhes explique de onde vem o cabrito e porquê.
E depois veja com os seus serviços que mais fornecedores conseguem mobilizar para garantir uma contribuição, por pequena que possa parecer, para a gestão dos matos e dos fogos noutras zonas do país.
Com sorte um dos seus convidados é um empresário que decide que na cantina da fábrica 5% dos produtos, ou uma vez por mês, se faz uma refeição que contribua para a gestão do fogo. Ou é a selecção nacional e os atletas das modalidades mais ricas e com maior exposição pública resolvem fazer algum gesto no mesmo sentido. Ou é um responsável político que usa as compras públicas que dele dependem, no mesmo sentido.
Enfim, é só uma sugestão e nem sequer sugiro que seja fácil de executar, vão falar-lhe do preço mais elevado, das dificuldades de logística, do risco de fraudes, etc., etc., etc..
Nessa altura diga-lhes para se deixarem de desculpas e que os contribuintes lhes pagam para resolver esses problemas, alguns deles inegavelmente complicados, mas a memória dos que morreram nos fogos não lhes permite desistir sem tentar.
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