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António Louro

por henrique pereira dos santos, em 25.07.17

Conheci António Louro há uns anos quando comentou uns posts sobre fogos no blog Ambio.

Eu disse uns disparates, António Louro corrigiu, eu argumentei, as contra-respostas eram sólidas e consistentes e, como habitualmente faço, disse que mais valia discutir o assunto no terreno. Marcámos uma visita e andei por Mação um dia inteiro, guiado por António Louro, demonstrando que o que dizia estava mais certo que o que eu pensava.

Depois fomos tendo contactos esporádicos por mail ou outros meios virtuais, sobretudo por causa de fogos e gestão florestal, mas também porque Mação tinha um projecto de "transporte a pedido" que eu gostaria de conhecer melhor e saber os resultados. Os contactos foram tão esporádicos que cheguei ao ponto de passar a vergonha de o encontrar numa ocasião social sobre gestão florestal e fogos e não o ter reconhecido (em minha defesa tenho a minha péssima memória que me faz trocar e esquecer os nomes dos meus filhos, mas poucas vezes me senti tão envergonhado por não reconhecer uma pessoa que evidentemente tinha obrigação de conhecer e por quem tenho um manifesto respeito).

Ultimamente, a frequência das suas intervenções públicas por causa dos fogos e da gestão florestal - para além de Vice-Presidente da Câmara de Mação, é Presidente do Fórum Florestal - permitiu que confirmasse a solidez do que diz e o raro bom senso do que vai dizendo sobre fogos (e isso é independente de eventuais diferenças de pontos de vista num ou noutro aspecto).

Noto particularmente uma intervenção sua, penso que no Expresso da Meia-Noite, em que o elogio do jornalista ia no sentido de dizer que desde que a Câmara de Mação tinha aprendido com as lições de 2003 e adoptado uma série de procedimentos alternativos, não ardia grande coisa em Mação.

Em vez da atitude habitual de um político, que seria confirmar a bondade da sua acção política, atribuindo-se a si próprio os méritos pelos resultados em Mação, António Louro foi claríssimo a responder que era uma questão de tempo até voltar a ter grandes fogos em Mação. Aconteceu logo no dia seguinte ao programa em causa, mas sobretudo ontem e hoje.

O que me parece relevante é o que aparentemente (não tenho informação mais sólida que a dos jornais, o que não me deixa seguro) está descrito nesta peça: uma clara noção de riscos, uma clara noção de prioridades e uma organização preparada para não pôr pessoas em risco de vida.

É tão raro ouvir um Presidente de Câmara ser tão lúcido como neste parágrafo: "“Não há combate nem estratégia que valha durante a noite, com este vento que se fez e faz sentir. A nossa principal preocupação é proteger e salvar pessoas e bens”, disse Vasco Estrela" que achei por bem assinalar que há exemplos que demonstram que trabalhar com bases sólidas parece ser bem mais útil que a habitual fanfarronice dos meios, dos teatros de operações, das projecções das equipas em triangulação e outros narizes de cera habituais.

Obrigado, António Louro.



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