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Costa chama-lhes usualmente "Oposição", ao PSD e ao CDS. E "parceiros", ao PCP e ao BE. (Enquanto Manuel Alegre se comove e chora ao ver a Esquerda unida.) Num país normal, atento e informado, seria quanto bastava. Em Portugal não.
Em Portugal, os parceiros (PCP e BE) servem para votar contra a Oposição (PSD e CDS) e a Oposição pretende-se sirva para bombo de festa ou para - subitamente - acudir ao partido minoritário no Governo, quando os parceiros batem o pé e dizem não.
Tudo isto a flagrante propósito da "discussão TSU". Desce ou não desce? Creio bem, a abundancia dos argumentos dos economistas, a favor ou contra, são de momento o menos importante. Até por isto: Costa persiste em afirmar está tudo a correr pelo melhor.
E se está, está. Se não está, Costa mente e urge os portugueses se apercebam disso.
O ruído é imenso. Talvez a Oposição seja, no imediato, a grande perdedora por não votar ao lado do PS na "questão TSU". Tanto Passos como Cristas ficam a anos-luz da falácia e do descaramento de Costa, que já lhes lançou à cara a ignomínia toda. Mas não haja pressa! É de esperar o programa educativo do imparável ministro Brandão Rodrigues dê frutos e o eleitorado aprenda finalmente a distinguir (agora e nas urnas) a oposição dos parceiros do Governo.
Enquanto não, Costa continuará a jurar que os gatos são lebres. Mas, costuma dizer-se, à primeira quem quer cai, à segunda cai quem quer.
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