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Hoje fui surpreendida com uma invasão de comentários de indignação ao vídeo de uma miúda gira e feliz sobre os seus desejos para 2013 (sinceros e egoístas, como o são os desejos sinceros da maioria das pessoas),de seu nome Filipa (Pepa) Xavier, numa campanha da Samsung.
A miúda que diz querer mais tempo para ela e poder comprar uma carteira (ela começa por dizer mala, pecato) da Chanel, preta. São desejos fúteis e egoístas. Mas não posso deixar de sair em defesa da profundidade, que a futilidade paira por aí muitas vezes disfarçada de ética e moral, e que ninguém se indigna com ela. E atenção que ser coquete pode não ser sinónimo de futilidade. Veja-se a Agustina Bessa Luís que disse uma vez que o sucesso não é nada comparado com um vestido bonito.
Mas voltemos ao tema da futilidade e da indignação barata que pulula por aí. Ó arautos da moral, dos pobres e oprimidos, arautos da profundidade do espírito e da cultura, onde é que vocês estão quando passa em horário nobre na TVI a Casa dos Segredos? Onde é que estão quando há opinions makers que falam de temas sérios sem os estudar a fundo e apanhando apenas aqui e ali uns highlights para depois produzir um discurso, que passa em horário nobre da televisão, que não passam de soundbytes? Onde é que vocês estão quando os livros que dominam os tops são "As Cinquenta Sombras de Grey"? Para já não falar de toda a literatura fútil de autores portugueses que as editoras publicam e são devorados pelos mesmos que se indignam agora com a Pepa Xavier.
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