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De entre todas as tropelias (para ser meigo nas palavras) que se conhecem de José Sócrates, uma das mais hilariantes é, sem dúvida, a que respeita à sua inenarrável licenciatura na pretensa universidade independente, onde pontificava o amigo Manuel Pedro. Sim, o 'bode expiatório' que ficou como arguido no processo Freeport e que, apesar de tratar Sócrates por tu ainda nos anos 90, este garantiu mais tarde não o conhecer…
Ainda recordo aquele o célebre cartão oficial manuscrito e assinado por José Sócrates, na qualidade de secretário de Estado adjunto do ministro do Ambiente, enviando ao então reitor do estaminé, Luís Arouca, a seguinte elucidativa prosa: "Meu caro, como combinado aqui vai o texto para a minha cadeira de Inglês". Um aluno modelar...
Essa cadeirita seria, aliás, ‘feita’ com data posterior à própria emissão do certificado de habilitações de conclusão do seu curso, o tal que ele terá concluído a um Domingo.
Isto para já nem falar do facto singular de José Sócrates ser o único político português que tem dois registos biográficos de deputado (um em que se qualifica como Engenheiro e outro em que o lic. cavalga o Engenheiro) ambos sem dúvida preenchidos por si e com a mesma data (mas com, talvez, uns 20 anos de diferença…), inexistindo, porém, o respectivo original. Coincidências muito convenientes que na Assembleia da República os boys ou, talvez mais provavelmente, as girs socialistas lhe proporcionaram.
Mas enfim, são estas histórias do nosso ainda premier, que são bem a marca da sua incontinente cabulice e a prova de que o seu canudo universitário muito deveu à cunha e à esperteza saloia em que ele é, reconhecidamente, mestre.
Com um cadastro destes, sempre julguei que José Sócrates não ousasse perorar acerca da qualidade do sistema de ensino nacional, o qual, aliás, anda pelas ruas da amargura, muito devido à incapacidade pedagógica e avaliadora do Ministério da (des)Educação, ao facilitismo instalado e à própria redução do sucesso educativo a uma mera estatística vazia de conteúdo.
Enganei-me. Não é que esse notável pedagogo e intelectual veio agora novamente cavalgar, desta feita um relatório da OCDE onde, garante, se afiançam os maiores progressos da estudantada cá do burgo (em termos de literacia a português e ciências, já que na matemática parece continuar tudo como antes)?
É claro que, só para se ter uma ideia da credibilidade que o referido relatório, aliás muito criticado por especialistas, merece, basta verificar que o mesmo conclui que os estudantes portugueses estão melhor preparados que os seus congéneres austríacos, espanhóis, italianos e luxemburgueses, isto para só mencionar uma das suas conclusões mais bizarras.
De resto, não se pode ignorar que, apesar de toda a propaganda governamental, Portugal mantém posições pouco invejáveis, porque medíocres, no contexto dos 65 países analisados, encontrando-se abaixo da média no ranking global (489 pontos contra 493), mas também a Matemática (487 pontos contra 496), a Ciências (493 pontos contra 501) e mesmo na capacidade de integrar e interpretar textos (487 pontos contra 493).
Mas nada importa: de relatório em punho, o nosso impagável Sócrates sentencia, impante, que "Esta é a prova dos nove: os nossos alunos sabem mais".
Vindo de quem vem, só posso concluir que o homem continua o mesmo: usa a forma para mentir na substância. E enganar os tolinhos que ainda caiem nas suas esparrelas de licenciado ao Domingo.
(imagem retirada do Público)
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