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Há criaturas - e algumas dedicaram-se à política - que trazem colado na testa o selo dos predestinados. Sabem-no, naturalmente. Sentem-se dotadas das condições pessoais que distinguem um tal escol, e têm pressa de inscrever, no papel, na pedra ou no aço, o nome que o mesmo papel, a mesma pedra ou o mesmo aço projectarão na História. Infelizmente, o destino já não é o que era, fez-se esquivo, até tortuoso, conluiando-se com a sorte e desvalorizando selos de garantia. E é por isso, só por isso, que o nosso ministro Mendonça, uma das criaturas de que falo, anda em pulgas. O destino, padrasto, decidiu atribuir-lhe o ministério em 2009, no momento errado - na verdade, num dos momentos mais fortemente depauperados da vida nacional de que consegue lembrar-se - e nem as suas firmes crenças, nem as suas juras e trejuras se revelam capazes de recuperar a situação dos cofres do Estado, relançar o seu plano grandioso de obras públicas e recolocar o seu futuro sobre carris. Pela minha parte, recomendar-lhe-ia um comportamento discreto; melhor dizendo, que redefinisse, para o ministério que lhe coube, uma política modesta, conforme às finanças disponíveis. Assim não entra na História? Pois não. Mas mostrando tamanho bom-senso, talvez o destino o recorde daqui a dez ou vinte anos, numa conjuntura favorável a uma dúzia de linhas de TGV, duas dúzias de novas auto-estradas, meia dúzia de aeroportos e outras tantas pontes sobre o Tejo, e lhe conceda o raro privilégio dessa segunda oportunidade. O ministro Mendonça é novo e parece-me a mim que não fará um sexagenário de deitar fora.
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