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por Luís Naves, em 30.04.09

No sempre excelente Hoje Há Conquilhas, Tomás Vasques refere os números da crise em vários países. O autor não vai além da enumeração do problema, no entanto tenho visto na área socialista tendência para concluir que a dimensão das dificuldades dos outros iliba os nossos governantes de qualquer responsabilidade na actual situação.

A tese esquece um detalhe: quando a Alemanha, a Irlanda ou os Estados Unidos terminarem o período de crise, Portugal ainda continuará a sua. Os nossos problemas não se vão resolver quando o crédito e o consumo recomeçarem a circular. Será difícil atrair investimento externo e recuperar o emprego, mas haverá demasiados desempregados. Teremos de cumprir os critérios do euro e cortar nas despesas, o que até agora ninguém conseguiu. Os subsídios europeus deverão diminuir depois de 2014. O crescimento lento dos últimos anos era sintoma de uma doença mais funda, que não está curada: em conjunto, o País vive acima das suas posses e o dinheiro dos impostos está mal distribuído.

A Alemanha recuperará quando os seus mercados de exportação recuperarem e a Irlanda logo que recomece o investimento internacional. O caso português será bem mais difícil.


10 comentários

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De Anónimo a 30.04.2009 às 16:07

Às vezes pergunto-me. Com este discurso qual o contributo dos jornalistas/bloguistas para o crescimento do PIB nacional?
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De Luís Naves a 30.04.2009 às 19:16

É pagar impostos
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De Anónimo a 01.05.2009 às 01:31

Nos impostos todos participamos, não estou a duvidar. Mas esses (os impostos) só contribuirão para o PIB quando aplicados em investimento. E, mesmo assim, se o investimento for produtivo, sendo que a situação financeira de Portugal não o permite. Em primeiro lugar estarão sempre os aspectos sociais- subsídio de desemprego, rendimentos mínimos, reconversão profissional,etc - gostaria que o pagar impostos não fosse desculpa para criticar tudo, a torto e a direito. Pagar impostos é tão só um dever de cidadania. E todos conhecemos os princípios da Ética. Os Jornalistas não são donos da verdade absoluta e o pagar impostos deve ser a última razão para criticar algo, isso está reservado ao cidadão comum. Será assim ?
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De Luís Naves a 01.05.2009 às 10:38

A sua crítica não faz sentido. O jornalista deixou de ser cidadão? Perdeu o direito a dizer aquilo que pensa? Não vê que está a defender o indefensável?
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De l.rodrigues a 30.04.2009 às 16:08

Confirmo que o Luis Naves está convencido de que esta é uma crise como as outras. Em U, na terminologia gráfica dos economistas.
Todos concordam que esta crise rivala com a de 29. Essa resolveu-se apenas com uma guerra mundial. Acha mesmo que daqui a uns anos volta tudo ao mesmo e é apenas uma questão de tempo?
Tenho dúvidas. E tenho esperança de que assim não seja, também. Porque se for, em meia duzia de anos cai tudo de novo.
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De Luís Naves a 30.04.2009 às 19:11

Temos todos dúvidas e esperanças. O que dizem os organismos internacionais é que em 2010 haverá recuperação de algumas economias, nomeadamente a alemã e a norte-americana
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De o_blase a 30.04.2009 às 16:44

Luis Naves

Já agora, qual seria a sua ideia para sairmos da crise?
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De Luís Naves a 30.04.2009 às 19:15

E esta pergunta é o quê? Uma provocação? Uma tentativa de fazer graça?
Para saírmos da crise é preciso trabalharmos mais, não irmos em cantigas e promessas. É preciso poupar e não ser blasé
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De o_blase a 30.04.2009 às 21:03

Luis Naves

Lamento imenso, a sua, resposta ao meu comentário.

Para mim, ter um blog, ou escrever num blog, significa interagir com os outros, trocar ideias, opiniões, desenvolver debate sobre os assunto, Aprender.

Lamento imenso, tê-lo incomodado. E já agora, apenas esclarece-lo, que não deve saber bem, qual a definição de blasé, no seu sentido original. A vida é um continuo processo de aprendizagem.

Com os melhores cumprimentos, e uma vez mais, as minhas desculpas pelo incômodo
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De Luís Naves a 30.04.2009 às 21:38

Esta ainda entendi menos. Lamenta porquê? a minha resposta é banal. o tom da sua pergunta era estranho e perguntei se se tratava de uma provocação ou uma graça. Não esclareceu. Depois, tento responder à pergunta, apesar de a considerar estranha. Mas esta reacção é definitivamente esclarecedora. a ideia inicial era mesmo provocar. E como respondi com ironia, ofende-se. Vivemos tempos em que alguns se sentem ofendidos por pouco. Quer discutir as questões, discuta. Quer rebater a minha opinião, rebata. Mas não se ofenda com pouco, não vale a pena.

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