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Este texto de Nuno Ramos de Almeida, em 5 Dias, deixou-me algo perplexo. Escreve o autor que “a maioria das escolhas dos eleitores dos EUA, mesmo desde antes da eleição de Reagan, foram profundamente reaccionárias e imbecis”.
Penso que teses como esta prolongam o mito absurdo, muito caro a alguns comentadores, segundo o qual os americanos são uma espécie de tontinhos do mundo, sem qualquer sofisticação ou inteligência.
Ora, porque votam as pessoas? Para defender os seus interesses ou o que acreditam ser os seus interesses.
Se as escolhas dos americanos foram reaccionárias e imbecis (“mesmo antes de Reagan”, vamos admitir que o autor se refere ao período a partir de George Washington), então os interesses dos eleitores têm sido sistematicamente prejudicados, pois o país não anda para a frente e elege políticos que cometem demasiados erros.
Nesse caso, como se explica que os EUA sejam a maior potência mundial, a maior economia do mundo, com um rendimento per capita médio 20% superior ao europeu? Como se explica a capacidade militar global e a política externa assente numa rede de alianças sólidas que equivale a três quartos dos recursos do planeta? Como se explica que esta potência não tenha rivais à altura ou não se vislumbre uma verdadeira ameaça nos próximos 25 anos?
Tudo isto, claro, só foi possível com duzentos anos de decisões eleitorais imbecis ou pelo menos com 40 anos delas.
Acrescente-se que este país de idiotas domina a cultura popular global, a tecnologia, a ciência e algumas das artes, pelo menos com a mesma intensidade com que o faz na economia e na política.
Decisões eleitorais reaccionárias e imbecis? Estará o Nuno Ramos de Almeida a falar de alguma América que exista, por exemplo, em Marte?
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