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Domingo (3º da Quaresma)

por João Távora, em 03.03.13

Evangelho segundo São Lucas

Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».


 Da Bíblia Sagrada

Instantâneos de Lx

por Luísa Correia, em 02.03.13

"Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a Madrugada.
Mas ela, de tão 'stouvada,
nem sabe como se chama.

Mora num' água-furtada
que é a mais alta de Alfama
a que o sol primeiro inflama
quando acorda à madrugada".

David Mourão-Ferreira

Machado, Fm

por João-Afonso Machado, em 02.03.13

O single, insignificante, com a chancela do Zip-Zip, apareceu um dia em casa de uns tios, de Manuel Freire nada sabiamos, mais um cançonetista talvez. Mas, em desespero de causa... A Pedra Filosofal, o que será isso?..., olha, põe lá no gira-discos, deve ser uma porcaria.

Estava-se em 1973. Não cedo de mais para que a atenção se nos prendesse logo aos primeiros versos de Gedeão, buscando os contornos do sonho entre a força das suas palavras. Numa cadência sempre mais acelerada, passarola voadora, locomotiva, foguetão, e depois naquela final contemplação - eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida, que sempre que o homem sonha o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança...

Onde existe o sonho, a multidão estará sempre arredada...

Manifestação

por João Távora, em 02.03.13

Alguém que explique por favor àqueles senhores dos sindicatos, do PCP e do BE que hoje nas TVs têm um privilegiado tempo de antena: pelas regras por eles conhecidas e aceites (?), a avaliação da prestação dum qualquer governo (de qualquer um, mesmo que não seja de esquerda) é feita pelos representantes do povo no parlamento, e em último caso nas urnas por voto secreto e universal, de preferência no final da legislatura. Uma manifestação é uma manifestação, é legítimo e faz bem aos nervos, mas não é uma sondagem, muito menos um referendo.

Esta, hoje, não me sai do ouvido!

por Luísa Correia, em 02.03.13

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Correio do Minho

por João-Afonso Machado, em 02.03.13

Preclarissimo Senhor: Militante das Manifestações

M. Pombal - Pr. Comércio (Lisboa)

 

 

Irreverent.mo Iluminado:

Com certeza erguereis hoje bem forte a vossa voz contra aquele casalinho que a SIC acompanhou anteontem na sua viagem do Porto a Londres: com somente dois mil euros no bolso, sem uma morada de referência. Mas à procura de melhor vida que terão encontrado logo ao segundo dia, trabalhando como recepcionistas de hoteis. Oitenta horas por semana, explicaram eles, felizes, e nessa felicidade residirá certamente a vossa indomável raiva. Como oitenta horas por semana? Como não metade, apenas?

Foi o que também lhes perguntei, levando por resposta estarem ali para dar o litro, organizar a vida, comprar uma casa, terem um dois filhos, se calhar e se chegássemos a entrar mais adentro na sua privacidade.

E, tinham eles concluido, não era com manifestações, pedras e canções, muito menos com orações à Senhora de Grândola, que atingiriam os seus desideratos. Calei-me, então, macambuzio, desprovido de argumentos. Recordando tudo o que foi a nossa emigração nos 60's. O que foi, talvez, a vida dos senhores vossos pais para que andeis, vós agora, aos berros avenida abaixo, incomodando toda a gente para proveito de ninguém.

Aqui para cima - onde ainda ontem se lia num jornal que é uma terra pobre mas, curiosamente, com muita qualidade de vida - abriu entretanto a pesca à truta. Lá iremos esta tarde, eu e a minha eleita, a ver que tal correm os nossos ribeiros. E vai também a perdigueira, porque insisto que ainda hei-de apurar uma raça canina de caça e de pesca. Coisa única no mundo, de exportação garantida para os quatro cantos do globo. Um potencial caudalosissima fonte de emprego...

Mas nessa altura, Irreveret.mo Iluminado, não conteis comigo e com um lugar na minha Empresa. Soam ainda no ar as provocações, os dichotes, os petardos, as pedras e as latas, as horas seguidas de desafio à paciência policial. Para no fim sairdes de lá um mártir! Não, Irreverent.mo Iluminado, nunca mais aqui teriamos o sossego de que as cadelas precisam para parirem.

É essa a vossa sina e a vossa ocupação: desocuparde-vos por vocação.

Tentai antes, por isso, um sindicato. De preferência com quotas em dia...

Que sejais muito menos maçador do que estas minhas letras, é o que melhor vos pode desejar o

 

JAM

Lili a caminho do Far West

por João-Afonso Machado, em 01.03.13

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É notícia recentíssima: farta da crise, Lili Caneças decidiu abalar para os States. Mais concretamente para Los Angeles, na ponta de lá (se, por acaso, se encontrar com o velho Jim, Lili, mande-lhe imenso abraço - há quem diga ele nunca se deixou estar pelo Père Lachaise...), cidade naturalmente muito do seu conhecimento e da sua vivência.

Tudo porque Lili está farta desta pobreza, desta desgraça, de tanta miséria.

Sinal - bom sinal - de que o forró se anda comedindo.

Mas em LA (woman!) fazendo o quê? Não se sabe. Os convites são aos magotes e tudo apontará para serviço público em galeria de arte californiana.

O importante é que, segundo a própria Lili, «Portugal os próximos dez anos vai estar muito desinteressante, as pessoas mais cultas, mais inteligentes, mais preparadas, vão-se embora, só ficam... não sei».

Também não. E acrescento: tivesse eu mais uns anitos... - igualmente partiria. Com Lili, naturalmente.

Desabafo...

por Luísa Correia, em 01.03.13
É verdade que "água mole em pedra dura tanto dá até que fura". Mas pode acontecer - e geralmente acontece - que o furo não danifique a essência da pedra e apenas sirva para pôr termo à persistência da água, fazendo que se escoe para outras paragens.
Nós, por cá, convivemos com muitas águas moles. Mas pior do que moles, sujas. Já tínhamos a comunicação social. Temos agora umas movimentações peregrinas, que se entretêm a imolar animais na ara das ideias ocas. No meu tempo de estudante, sempre se lutava por coisas mais substanciais, elevadas, exequíveis. E nunca vi que se sacrificassem os mais fracos. Por estes dias, confesso, sinto vergonha de pertencer à corporação dos que trabalham com leis.
Não há, felizmente, nada que a pedra dura - a gente, e a portuguesa como todas - tanto abomine como o descarado facciosismo e a descarada manipulação. É que tentem, sem a menor subtileza, lavar-lhe o cérebro; é que desdenhem da sua inteligência ou da sua capacidade de entrever a realidade que está para além dos punhados de areia grossa que lhe lançam aos olhos.
A pedra vai furar, sim, mas o furo servir-lhe-á de cano de esgoto.

Portugal e os portugueses

por João Távora, em 01.03.13

Bem conseguido, o novo vídeo institucional que o Turismo de Portugal apresentou ontem em estreia absoluta nos prémios da revista Publituris: curto e cativante está bem focado nos nossos segmentos prioritários. Apenas ressalvo que 15 segundos gastos com os alguns monumentos mais emblemáticos, mesmo em fundo, não teria sido má ideia. A História também reflecte as pessoas, a nossa gente.


Publicado originalmente aqui.

Sexta-feira da paridade

por Luísa Correia, em 01.03.13
Já aqui realçámos Daniel Day-Lewis na condição de óptimo actor. Acaba de arrebatar o seu terceiro Óscar com uma insuperável encarnação de Lincoln. Mas o perfil do Presidente, meio "agafanhotado", transcende o plano um tanto básico em que nos situamos nestas Sextas-feiras da paridade, como transcendem, em geral, os perfis das personagens protagonizadas por Daniel Day-Lewis. A sua especialidade não são os galãs. Ainda assim, quando lhes vestiu a pele, fê-lo com um brio que não passou despercebido. Deliciosamente diletante em "A idade da inocência", intensamente romântico (e bem apessoado!) em "O último dos moicanos", Daniel Day-Lewis merece que também aqui o realcemos na condição de óptimo homem.

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Corta-fitas

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