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jornalismo (I)

por Corta-fitas, em 04.07.06
Duas interessantes reflexões na blogosfera sobre a Imprensa, aqui, no Corta-Fitas, pelo Pedro Correia, e em kontratempos, da autoria de Tiago Barbosa Ribeiro. Em relação ao que escreve o Pedro, concordo inteiramente: o conteúdo e a qualidade vão determinar a sobrevivência dos jornais e a Imprensa tem de saber aproveitar as diferentes plataformas tecnológicas existentes para transmitir (sob as várias formas possíveis) a sua matéria-prima: informação. Isto parece-me óbvio e até consensual no meio.
Nesse sentido, serve este post sobretudo para comentar a opinião de Barbosa Ribeiro. Ali surgem, em todo o seu esplendor, alguns equívocos sobre os media contemporâneos. Importa tentar rebater conceitos menos claros.
Em primeiro lugar, parece-me péssimo o exemplo de título que o autor usa para explicar a sua tese: trata-se de um texto de um dos melhores repórteres em Timor (isento e corajoso). Na citada reportagem, João Pedro Fonseca afirma que “Xanana Gusmão foi apupado por gente da Fretilin” e logo Barbosa Ribeiro conclui que se trata de uma frase ideológica.
Não consigo descortinar onde esteja a ideologia e discordo da conclusão central, de que os jornais são hoje “mais actores do que mediadores”. O autor de kontratempos tem lido, em jornais de referência, inúmeras “passagens de factos que não existem”.
Sou jornalista há 20 anos e acredito que os jornais podiam ser melhores. Mas a segunda afirmação é absurda.


9 comentários

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De ni a 05.07.2006 às 13:12

Nos tempos do arquitecto Saraiva houve uma manchete no EXPRESSO ligando o BES a um abate de sobreiros.De seguida, noticiou-se amplamente a zanga entre Ricardo Salgado (dono do banco) e Balsemão (dono do jornal, sic e visão). Pelo caminho o BES anunciou o fim da publicidade. [Na altura até correu a piada gozando também com um anúncio da instituição financeira: "preciso de arrancar dois mil sobreiros. Já falaste ao teu banco? não falei ao BES"]Depois Saraiva saiu da direcção do jornal e a publicidade voltou. Ainda por cima, Balsemão é jornalista e não um novo patrão dos media. Teoria da conspiração?

No blog o Bem Amado volta-se ao tema:
"mensalão
este fim-de-semana o expresso tinha cinco páginas inteiras de publicidade ao grupo espírito santo. vão longe os tempos das relações cortadas entre balsemão e a família dos banqueiros. agora fazem eventos juntos sob o signo do patriotismo e até se dão ao luxo de oferecer uma bandeira de portugal com o logótipo do jornal e do banco. o que eu gostava era de saber o que fez o expresso da sua grande investigação ao caso do mensalão."

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